domingo, 27 de maio de 2012

Fuvest divulga norma para isenção de taxa; inscrição abre dia 11


A Fuvest divulgou nesta terça-feira as regras para os candidatos solicitarem isenção ou redução da taxa do vestibular 2013. As inscrições começam no próximo dia 11 e deverão ser feitas pelo site da instituição até o dia 3 de agosto.
Neste ano, para requerer isenção total da taxa, o candidato deve ter renda individual de até R$ 809 ou ser integrante de família cuja renda máxima seja igual ou inferior a este valor por indivíduo. Se o rendimento estiver na faixa de R$ 809,01 até o máximo de R$ 1.555, o requerente terá direito a 50% de redução da taxa.
A SAS/USP, que ficará responsável pelo processo de seleção dos interessados, disponibilizará o e-mail isento2013@usp.br para receber e esclarecer dúvidas.
O valor da taxa de inscrição deste ano ainda será definido em reunião do Conselho de Graduação da universidade. As inscrições para o vestibular acontecerão entre 24 de agosto e 10 de setembro. Já a prova da primeira fase deve ocorrer em 25 de novembro.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fatecs abrem inscrições para vestibular 2012 de inverno; são ofertadas mais de 11 mil vagas


As Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo) recebem a partir desta sexta-feira (18) as inscrições para o vestibular 2012 de inverno. Os interessados devem se cadastrar pelo site, até às 15h do dia 11 de junho. A taxa custa R$ 70. Confira o manual do candidato:
São oferecidas 11.895 vagas, distribuídas entre 55 unidades e 62 cursos de graduação tecnológica gratuitos.

Provas

Os locais de prova serão publicados a partir do dia 26 de junho. O exame acontece em 1º de julho, das 13h às 18h. A prova será composta por uma redação e 54 questões de múltipla escolha, distribuídas da seguinte maneira:
  • Cinco questões relativas a cada uma das oito disciplinas que compõem o núcleo comum do ensino médio - matemática, português, física, química, biologia, história, geografia e inglês -, num total de 40 questões;
  • cinco questões com a finalidade de verificar a capacidade de raciocínio lógico do candidato;
  • nove questões que proporão a articulação de conhecimentos das disciplinas de ensino médio, para a solução de situações-problema.
O resultado final está previsto para o dia 20 de julho. A matrícula da primeira chamada acontece nos dias 23 e 24 do mesmo mês. A segunda chamada está prevista para o dia 25 de julho.
Outras informações podem ser obtidas no Manual do Candidato ou pelo site do vestibular.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fuvest divulga as 29 melhores redações do vestibular 2012


A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular da USP) divulgou nesta quarta-feira (16) as 29 melhores redações do processo seletivo de 2012. Os textos podem ser conferidos no site do processo seletivo.

A proposta de redação foi "Participação política: indispensável ou superada?", e trazia quatro trechos de textos, sendo um do filósofo Aristóteles, um de Mário Sérgio Cortella e de R. J. Ribeiro, um de Wislawa Szymborska e, por último, um do sociólogo Zygmunt Bauman e mais uma charge, publicada na Folha de S. Paulo, no dia 5 de outubro de 2011.
No vestibular 2012 o curso mais concorrido foi o de engenharia civil, em São Carlos, com 52,27 candidatos por vaga. Dos 146.892 candidatos inscritos, quase 18,8 mil (12,8%) eram treineiros.
  

Datas do vestibular 2013

As provas do vestibular 2013 da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, serão realizadas nos dias 25 de novembro (1ª fase) e de 6 a 8 de janeiro de 2013 (2ª fase). 
O manual do candidato será divulgado no dia 1º de agosto. As inscrições acontecem entre 24 de agosto e 10 de setembro. A primeira chamada está prevista para 2 de fevereiro de 2013. Confira o calendário completo do vestibular 2013 da Fuvest.

fonte: uol vestibulares

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Transposição do rio São Francisco


Essa é uma postagem que foi feita em 30 de abril de 2010, mas como o tema ainda é relevante e falei muito sobre hidrografia com meus alunos nas últimas semanas, vale a pena postar de novo.


Transposição do rio São Francisco

O Projeto de Transposição do Rio São Francisco não é uma ideia nova. Ampliado no governo Lula, ele existe há décadas. O plano básico é construir dois imensos canais ligando o rio São Francisco a bacias hidrográficas menores do Nordeste, bem como aos seus açudes. A seguir, seriam construídas adutoras, com o objetivo de efetivar a distribuição da água.

De acordo com o governo federal, o projeto seria a solução para o grave problema da seca no Nordeste, pois distribuiria água a 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte - uma população de 12 milhões de nordestinos. O prazo para realização do projeto é de 20 anos, a um custo total estimado, até meados de 2009, em R$ 4,5 bilhões.

A transposição, contudo, tem sido criticada por ambientalistas e representantes de outros setores da sociedade, incluindo a Igreja Católica. A resposta do governo é de que o número de empregos criados, direta e indiretamente, graças ao projeto, bem como a solução do problema da seca derrubam toda e qualquer crítica.

Além da interligação das bacias, o governo também pretende executar um projeto de recuperação do rio São Francisco e de seus afluentes, pois vários desses rios sofrem problemas de assoreamento, decorrentes do desmatamento para agricultura.

Prós e contras

• 1. Diante da alegação de que o projeto resolveria os problemas sociais existentes na região semiárida do Brasil, o geógrafo Aziz Ab'Saber argumenta que “o Nordeste Seco abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 km
2, enquanto que a área que receberá benefícios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilômetros nas bacias do rio Jaguaribe (Ceará) e Piranhas/Açu, no Rio Grande do Norte”.

• 2. Se a transposição pretende levar água a regiões massacradas pela seca, Aziz Ab'Sáber, olhando a questão por outro lado, faz as seguintes ponderações: “Deve ser mantido um equilíbrio entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio – Paulo Afonso, Itaparica e Xingó –, pois a energia ali produzida, e transmitida para todo o Nordeste, constitui um tipo de planejamento da mais alta relevância para o espaço total da região”.

• 3. Segundo o governo, 12 milhões de pessoas serão beneficiadas e a irrigação de polos agrícolas aquecerá a economia e aumentará o número de empregos. Na opinião de Aziz Ab'Sáber, no entanto, “os ‘vazanteiros’ – responsáveis pelo abastecimento das feiras do sertão – que fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano serão os primeiros a ser prejudicados. Serão os fazendeiros pecuaristas que terão água disponível para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da região não correm. Nesse sentido, os maiores beneficiários serão os proprietários de terra, residentes longe, em apartamentos luxuosos em grandes centros urbanos”.

• 4. Enquanto o governo reforça que as margens do rio São Francisco serão revitalizadas e que o tratamento de água diminuirá a poluição, os ambientalistas dizem que o projeto causará danos à fauna e à flora da região – e que serão desmatados 430 hectares.


Aspectos positivos

Mas há quem defenda o projeto. Esses especialistas salientam os aspectos positivos da obra:

1. A transposição provocará, a longo prazo, um significativo aumento dos números referentes a emprego e renda na região.

2. Quase 13 milhões de pessoas que vivem em centros urbanos de diferentes proporções passarão a ser abastecidas de água para consumo diário.

3. Cerca de 400 pequenos centros urbanos, espalhados pelo interior do Nordeste, receberão chafarizes públicos.

4. Áreas abandonadas por falta de irrigação na zona rural voltarão a se tornar produtivas, criando novas fronteiras agrícolas. Até 2025, cerca de 160 mil hectares se tornariam produtivos.

5. As águas do São Francisco também melhorariam a qualidade das águas nas chamadas "regiões receptoras", o que traria inúmeros benefícios em termos de saúde pública, inclusive com uma drástica diminuição no número de óbito
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UFSCar promove 14º Universidade Aberta nos dias 15 e 16 de maio

UFSCar promove 14º Universidade Aberta nos dias 15 e 16 de maio

A UFSCar realiza nos dias 15 e 16 de maio o 14º Universidade Aberta, no campus São Carlos. O evento é destinado a alunos do Ensino Médio, cursinhos e últimos anos do Ensino Fundamental e tem como objetivo apresentar a Universidade e seus cursos aos futuros universitários, além de aumentar o interesse desses jovens pelo conhecimento, ciência, profissões e pela continuidade de seus estudos.

Na programação da 14ª edição do Universidade Aberta são apresentados estandes dos cursos, palestras, visitas pelo campus, aos laboratórios de ensino e pesquisa e à Biblioteca Comunitária. Todas as atividades e visitas são gratuitas e monitoradas pelos alunos da UFSCar. Simultaneamente ao Universidade Aberta, e seguindo o mesmo cronograma de horários, ocorre o evento de divulgação científica “Circo da Ciência - UFSCar”, que conta com exposição de experimentos, oferecimento de atividades internas e apresentação de peças teatrais, envolvendo o lado teórico e prático de fenômenos e conceitos em todas as disciplinas da Ciência (Biologia, Química, Física e Matemática), mostrando como ela pode ser fácil e divertida. Graduandos e docentes da UFSCar são os responsáveis pelas apresentações, efetivando a integração de ações e troca de conhecimentos com a comunidade externa, bem como dentro da própria Universidade.

As escolas interessadas em participar devem acessar o site do evento e fazer sua inscrição de acordo com o horário de interesse. A organização da Universidade Aberta solicita que os responsáveis pela visita leiam o tópico "Informações importantes" contido no site. Nos dois dias, as atividades acontecem das 8 horas às 15h50, com pausa para almoço, e no dia 15/5 também estão programadas atividades no período noturno das 18h45 às 20h30. Já a visitação à Biblioteca Comunitária acontece das 8 às 17 horas, em ambos os dias, e das 18 às 21 horas apenas no dia 15.

A programação e mais informações podem ser obtidas no site www.visite.ufscar.br.

sábado, 12 de maio de 2012

domingo, 6 de maio de 2012

Educação A polêmica do sistema de cotas



Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de abril, que o sistema de cotas raciais em universidades não contraria a Constituição brasileira. O resultado do julgamento sanciona a prática, adotada por instituições públicas de ensino superior, de manter reservas de vagas para estudantes negros, pardos e índios.


O objetivo das cotas é corrigir injustiças históricas provocadas pela escravidão na sociedade brasileira. Um dos efeitos desse passado escravocrata é o fato de negros e índios terem menos oportunidades de acesso à educação superior e, consequentemente, ao mercado de trabalho.

Brasileiros brancos têm, em média, dois anos a mais de escolaridade do que negros e pardos, de acordo com dados de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi esse argumento – de que o sistema de cotas é uma forma de combater a herança escravagista do século 19 – que prevaleceu entre os ministros do Supremo, cuja decisão foi unânime.

Eles julgaram uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas na UnB (Universidade de Brasília), adotado em 2004. A instituição reserva 20% das vagas para candidatos que se declarem negros ou pardos. O partido sustentou que a medida viola o princípio constitucional de igualdade e é discriminatória.

As cotas raciais fazem parte de um modelo de ação afirmativa criado nos anos 1960, nos Estados Unidos. A proposta era de amenizar o impacto da desigualdade social e econômica entre negros e brancos. Hoje, apesar da reserva de vagas ser considerada ilegal nos Estados Unidos, as universidades americanas usam as ações afirmativas para selecionar alunos negros e hispânicos com potencial.

No Brasil, o sistema de cotas raciais não beneficia apenas negros, mas pardos e índios. Há ainda as chamadas cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e deficientes físicos, e cotas mistas, para estudantes negros que estudaram na rede pública de ensino, por exemplo.

Para concorreram a essas vagas, os candidatos devem assinar um termo autodeclarando a raça e, em algumas instituições, passar por entrevistas.

O problema é que, em uma sociedade mestiça como a brasileira, há o risco de distorções no processo de seleção. O caso mais conhecido ocorreu em 2007. Dois irmãos gêmeos univitelinos (idênticos), filhos de pai negro e mãe branca, inscreveram-se como candidatos no sistema de cotas da UnB. Após uma entrevista, somente um deles foi considerado negro e conseguiu a vaga. Houve repercussão na imprensa e a pressão fez a universidade rever a decisão.

Preconceito

O episódio se tornou emblemático para aqueles que são contrários à adoção do sistema de cotas raciais. Justamente por ser uma sociedade mestiça, diferente da norte-americana, não haveria como aplicar o mesmo tipo de ação afirmativa no Brasil.

O sistema de cota, dizem, poderia até ter um efeito contrário, estimulando a segregação racial em um país onde, a despeito do preconceito, ela não existe. Segundo dados do IBGE, em 2008 apenas 6,1% da população se autodeclaravam negros, e 45,1% se definiam como pardos. Cotas para negros, dessa forma, discriminariam aqueles que se definem como pardos.

Críticos da proposta argumentam ainda que, também diferente dos Estados Unidos, os negros nunca foram impedidos de frequentar universidades brasileiras por uma questão racial, mas por motivos socioeconômicos. Por esta razão, as cotas deveriam privilegiar alunos pobres, sejam eles brancos, pardos ou negros. O critério de diferenciação seria a renda, não a raça.

No atual contexto, alguns candidatos optam pelo sistema de cotas não para contornar a segregação racial, mas apenas para buscar um acesso mais fácil ao ensino superior. Com isso, seria transferido para o ensino superior um problema de competência escolar que o governo deveria resolver na educação básica e profissionalizante, em escolas públicas.

Universidades

De qualquer forma, a decisão do STF deve exercer pressão sobre universidades para que empreguem o sistema de cotas raciais.

A ONG Educafro estima em mais de 180 o número de instituições públicas de ensino superior que utilizam esse tipo de reserva de vagas. Segundo a entidade, São Paulo é o Estado com maior número de instituições com cotas (57), a maioria em Faculdades de Tecnologia (Fatecs), do governo estadual.

No Brasil, de um total de 59 universidades federais, 36 possuem alguma forma de ação afirmativa e, em 25 delas, reservas para negros, pardos e índios (42,3% do total). A primeira universidade a adotar as cotas foi a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2002, por conta de uma lei estadual.

Uma pesquisa do IBGE apontou que, entre 1998 e 2008, o número de negros e pardos no ensino superior aumentou, mas que ainda é metade do número entre brancos. A porcentagem de jovens brancos com mais de 16 anos que haviam frequentado universidades em 2008 era de 60,3% do total, enquanto o de negros e pardos era de 28,7%. Em 1997, a diferença era de 33% para 7,1%, respectivamente.

O ensino superior é um retrato de desigualdades sociais e raciais. O modo como a sociedade e o governo devem tratar a questão, seja como sistema de cotas raciais ou outra proposta, ainda não é consenso no país.

José Renato Salatiel