segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Entrevista do UOL EDUCAÇÃO com a presidente do INEP

A nova presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Malvina Tuttman, disse em entrevista ao UOL Educação que as últimas duas edições do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foram utilizadas como “projeto piloto”. Elas ficaram marcadas pelo vazamento da prova em 2009, que forçou o adiamento do exame, e pelos erros de impressão no caderno amarelo e na folha de respostas em 2010. "O Enem foi utilizado nos últimos dois anos como projeto piloto, ao avaliarmos o impacto, ao montarmos uma proposta de ampliação", afirma.

De acordo com Malvina, o governo estuda uma grande reformulação no exame que, diz, “pode incluir” duas provas por ano. Segundo ela, não está em discussão no Inep a criação da chamada “Concursobrás”, uma empresa pública que ficaria responsável pelo Enem.

Além do Enem, o Inep é responsável por aplicar avaliações como a Prova Brasil e o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). O órgão também coordena as divulgações de estatísticas como o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o IGC (Índice Geral de Cursos) e os censos da Educação Superior e da Educação Básica. O Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que usa as notas do Enem para seleção, é de responsabilidade da Secretaria de Educação Superior, vinculada ao MEC (Minstério da Educação).

UOL Educação - O Enem perdeu credibilidade com o vazamento da prova em 2009 e com os problemas de 2010. Como resgatar essa credibilidade? O quê dizer para um aluno que está desconfiando do Enem?

Malvina Tuttman - Discordo que o Enem perdeu credibilidade. Dou dois dados: é só nós compararmos os candidatos inscritos no primeiro exame e neste de agora. Outro dado: o numero de instituições que aderiram ao Enem de forma única ou parcial também se ampliou. Nesse sentido, a credibilidade não foi afetada. Se não, teríamos redução. Esse fato não aconteceu. Há todo um processo de logística, tanto das universidades ou faculdades que usaram. Nós estamos falando de 4 milhões de candidatos. Isso não justifica que tenhamos fragilidades, mas nos faz entender que essas fragilidades podem sim acontecer. As que aconteceram, nós já tomamos providências e aprendemos com ela. Possivelmente, outras questões poderão acontecer, não por falta de cuidado e planejamento sério da logística. O imprevisível acontece na nossa vida.

UOL Educação - O presidente da Câmara de Educação Superior do CNE (Conselho Nacional de Educação), Paulo Speller, sugeriu a regionalização do Enem e uma participação maior das universidades no processo. Isso está em discussão?

Malvina – É uma opinião que respeito muito, de um profissional, meu colega, reitor, mas foi uma opinião do professor, não foi do CNE. O que vou te adiantar é que nós estamos construindo uma agenda para o Enem. Estamos elaborando um projeto de aplicação no sentido de termos uma previsão de ampliação do Enem. O Enem foi utilizado nos últimos dois anos como projeto piloto, ao avaliarmos o impacto, ao montarmos uma proposta de ampliação. Não podemos avançar pontualmente. É preciso ter um avanço sistêmico que, brevemente, o ministro [Fernando Haddad] vai apresentar.

UOL Educação - E a proposta de fazer dois exames por ano?

Malvina – Nós não vamos mais pontuar, fazer essa mudança aqui, essa mudança ali, acrescentar isso, diminuir aquilo. Vamos ter uma ideia global de como o Enem vai ser enraizado no nosso país. Teremos uma agenda sistêmica: agora, vamos fazer 'isso'. Daqui a pouco, te digo: vamos fazer mais 'aquilo'. Vamos colocar de pé o Enem.

UOL Educação - Mas a ampliação inclui os dois exames?

Malvina – Pode incluir os dois Enem. Vamos apresentar todo o bolo. Vamos apresentar a proposta completa. Vamos ter a noção toda.

UOL Educação – Como seria essa reformulação do Enem?

Malvina – Não usaria a palavra reformulação. Usaria “projeto Enem para os próximos anos”. Uma proposta [que será feita] o mais rápido que puder, ouvindo todas as partes. Poderia te apresentar uma daqui a duas horas. Mas, aí, seria da professora Malvina. Melhor que tenhamos um prazo um pouco mais elástico e uma proposta mais consolidada.

UOL Educação – Está sendo discutida a criação de uma autarquia ou estatal para o Enem, que já está sendo chamada de Concursobrás?

Malvina – Não está em discussão. Não existe nesse momento nenhuma expectativa em relação à questão do Enem. O Enem faz parte do conjunto de ações do Inep. Por isso, vamos apresentar uma proposta completa, ampla.

UOL Educação – Então a proposta de criação da Concursobrás não está sendo discutida?

Malvina – O Inep não está nesta discussão.

UOL Educação – A área de TI (tecnologia da informação) é a mais sensível do Inep, vide o vazamento de dados de alunos no site do órgão no ano passado. O quê fazer para resolver esse problema?

Malvina – Todos nós somos responsáveis pelo Enem. Só que existem no MEC diferentes unidades. O Inep é uma dessas. Cabe ao Inep a tarefa de aplicar e elaborar a prova. Cabe à Sesu [Secretaria de Educação Superior, vinculada ao MEC] a tarefa de usar os dados do Enem que são fornecidos pelo Inep e pelo conjunto de profissionais ligados à TI do Inep. Os nossos profissionais têm trabalhado junto aos profissionais da Sesu na questão da TI para que as questões que ocorreram não mais aconteçam. Mas a equipe do Inep trabalhou cumprindo exatamente aquilo que lhe competia.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Matrícula de aprovados no Sisu começa nesta quinta-feira

UOL Educação

A matrícula dos estudantes aprovados no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) se inicia nesta quinta-feira (27); é possível fazer o registro também nesta sexta (28) e na segunda-feira (31). Foram convocados 82.949 candidatos; veja a lista no site do Sisu.

A documentação necessária para se matricular deve ser consultada no boletim individual, disponível no sistema e na própria instituição. O horário de funcionamento das instituições também deve ser consultado junto às universidades e institutos federais participantes.

Primeira chamada

Resultado24 de janeiro
Matrícula dos candidatos selecionados27, 28 e 31 de janeiro

Há mais duas chamadas e a lista de espera. Se o candidato foi aprovado em sua primeira opção na primeira chamada, será automaticamente retirado do sistema, fazendo ou não sua matrícula na instituição. Ou seja: ele não poderá participar das outras chamadas do Sisu. Essa norma vale para aprovações em primeira opção nas próximas chamadas do Sisu. Veja o calendário:

Segunda chamada

Resultado4 de fevereiro
Matrícula dos candidatos selecionados8 e 9 de fevereiro

Terceira chamada

Resultado13 de fevereiro
Matrícula dos candidatos selecionados15 e 16 de fevereiro

Lista de espera

Declaração de interesse em participar da lista13 a 17 de fevereiro

Entre os dias 16 e 20 de janeiro, o sistema recebeu 2.020.157 inscrições, feitas por 1.080.194 candidatos. O número de inscritos representa aproximadamente um terço do total de candidatos que participaram do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010.

Problemas

O Sisu foi marcado por problemas de informática e uma batalha judicial que continuou até depois de o sistema ter sido fechado, em 20 de janeiro.Questionado sobre as falhas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o ministério precisa reforçar sua área de infraestrutura de tecnologia da informação.

Haddad negou ainda que tenha havido falha de planejamento. Ele disse que aguarda, em menos de 30 dias, resultado de uma auditoria para saber a origem dos problemas no sistema. Adiantou, no entanto, que suspeita que o erro tenha origem na configuração de uma das máquinas que foram substituídas no meio do processo. “Sei o que não causou: não foi falta de planejamento, nem [falha de] internet, nem rede, nem capacidade de rede, não foi aplicativo”, disse.

Superior Tribunal de Justiça

Na sexta (21), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) cassou todas as liminares das Justiças Federais dos Estados contra o Sisu. “Juízes de primeira instância estavam tomando decisões incoerentes entre si. Isso torna qualquer procedimento executivo inviável", disse Haddad em entrevista coletiva. "Como pode o Poder Público atender uma e deixar de atender a outra?”, questionou.

Segundo o STJ, seria um risco manter as decisões das Justiças Federais dos Estados, por representar um "conflito de competências". A decisão foi do ministro Félix Fischer, que afirmou que "o deferimento indiscriminado de liminares" para prorrogar prazos do Sisu iria ter impacto no calendário das instituições, "ocasionando, também, prejuízos àquelas instituições e estudantes que se valem do Prouni (Programa Universidade para Todos)".

Batalha jurídica

Com essa decisão, cai a liminar que permitia o acesso à correção das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Já havia caído a liminar que prorrogava as inscrições do Sisu apenas para o Rio de Janeiro. O MEC fechou o sistema ontem e não o reabriu na manhã desta sexta (21), apesar da decisão da Justiça.

Durante a quinta-feira (20), houve uma batalha jurídica o MEC e a Justiça Federal em vários Estados. A Justiça Federal no Ceará autorizou o acesso à correção das provas do Enem 2010 e a possibilidade de entrar com recursos, caso houvesse irregularidades no resultado.

Pouco antes, a Justiça Federal em Pernambuco também já havia negado o pedido de a suspensão do funcionamento do Sisu, que havia sido feito pelo MPF/PE.

Já em São Paulo, um estudante conseguiu uma liminar para ter acesso às provas, conforme divulgou a Justiça Federal no Estado no começo da noite desta quinta. O candidato afirma ter preenchido corretamente a cor do caderno de questões e assinado a ata de sala (que confirma sua presença no segundo dia de provas). No entanto, ele diz que teve suas notas zeradas.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sai Primeira Chamada do SISU.

O MEC antecipou e publicou hoje a primeira chamada do SISU. Quer ver CLIQUE AQUI

Importante Lembrar que ainda não saíram resultados de algumas universidades públicas de grande porte, como USP, UNESP e UNICAMP. Isto significa que as listas ainda devem rodar bastante. Quando ocorrer as matrículas das primeiras listas destas universidades a lista do SISU deve chamar muita gente.

Boa sorte!
E comentem que curso passaram e onde.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vai fazer segunda fase da Unicamp 2011? Veja dicas para o exame

A segunda fase do vestibular 2011 da Unicamp (Universidade Estadual de campinas) começa neste domingo (16) e vai até a terça-feira (18). Apesar de ser, assim como a Fuvest, um exame discursivo, as provas têm diferenças: conheça algumas dessas particularidades e alguns dos assuntos que podem cair no vestibular.

A prova
Nos três dias da segunda fase, a entrada nos locais de prova ocorrem até as 13h. O local do exame não é necessariamente o mesmo do da primeira fase, é preciso consultá-lo aqui. Os organizadores do processo seletivo aconselham os vestibulandos a chegar ao local de prova às 12h e a sair de casa com antecedência, para evitar trânsito e congestionamento.

Nos Estados em que não há horário de verão, será seguido o horário local e não o de Brasília. A prova tem duração de quatro horas e permanência mínima de 2h30. A Unicamp orienta ainda que os candidatos façam o percurso até o local de prova antes do dia do exame, para conhecerem o caminho.

Veja o que será cobrado em cada dia:

  • 1º dia (16/1) – Prova de língua portuguesa e de literaturas da língua portuguesa (12 questões) e prova de matemática (12 questões);
  • 2º dia (17/1) – Prova de ciências humanas e artes (18 questões) e prova de língua inglesa (6 questões);
  • 3º dia (18/1) – Prova de ciências da natureza (24 questões).


Os candidatos convocados para a segunda fase devem fazer todas as provas desta etapa, independentemente do curso escolhido. As provas de habilidades específicas para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música serão realizadas entre os dias 24 e 27 de janeiro.

Veja dicas para cada disciplina cobrada no exame:

Português
Uma recomendação da professora Liliane Negrão, do cursinho Oficina do Estudante, de Campinas (SP), é revisar o resumo dos livros de literatura cobrados no vestibular. "Em literatura, a Unicamp trabalha com trechos de obra. Uma dica é revisar os resumos para relembrar a trama da história e a que escola literária ela pertence", diz.

Liliane, chamada pelos alunos de "Lilica", diz que a universidade costuma ter mais perguntas relacionadas com gramática do que a Fuvest. "Tem muitos temas que as pessoas dizem que não caem mais, mas a Unicamp cobre", diz. Sintaxe, crase e concordância verbal são alguns deles. "A gramática presa aos livros nem sempre aparece, mas um acento, uma concordância e o sentido de uma piada para o entendimento de uma charge, por exemplo, podem cair", explica.

Matemática
Na Unicamp, é valorizada a transposição de linguagem, explica o professor Antonio Carlos Rosso Júnior, do cursinho Anglo, de São Paulo. Ou seja: o candidato deve entender como um problema pode ser formulado nas linguagens escrita, gráfica e matemática.

Uma dica do docente é olhar as provas dos dois últimos anos para se familiarizar com o modo como são formuladas as questões "para se habituar com a linguagem". Dentre os possíveis assuntos que o vestibular irá cobrar estão: principais modelos de função (logarítmos, função quadrática) e suas representações gráficas; conceito de taxa de crescimento; matemática financeira; análise combinatória; probabilidade; geometria plana; e trigonometria.

História
Na parte de história da segunda fase da Unicamp, o professor Marcus Vinicius de Morais, do Oficina do Estudante, ressalta que o estilo das questões - que trazem fragmentos de textos e pedem a reflexão dos candidatos - reflete o tipo de aluno que a universidade quer atrair.

"A Fuvest é uma prova muito mais técnica. Já na Unicamp tem mais leitura", explica Morais. Em história, as questões vêm em ordem cronológica e os temas cobrados, clássicos, segundo o docente. "Raramente vem um tema que ninguém viu", diz.

Morais aposta em assuntos como Renascimento, grandes navegações, história da América, história dos Estados Unidos, Guerras Mundiais e Independência do Brasil como os que, geralmente, são cobrados. O aniversário de Independência do México (1810), ocorrido em 2010, também é um forte candidato a cair no exame.

Como dica, ele aconselha os estudantes a olharem resumos que tenham feito durante as aulas. "Não adianta querer aprender o assunto inteiro em dois dias", diz. Ele aconselha a leitura dos resumos mais por segurança do que por necessidade: "é para evitar o branco e a insegurança, que é o que pesa mais na prova. Os candidatos costumam colocar um peso [no vestibular] que, depois de alguns anos, você vê que é desmesurado. Se eles conseguissem trabalhar essa ansiedade ficaria mais fácil", diz.

Geografia
Em geografia, o professor Daniel Simões, do Oficina do Estudante, lembra que são cobrados conhecimentos de leitura da linguagem cartográfica, ou seja, o estudante deve saber ler mapas, diagramas e tabelas.

A Unicamp cobra mais a geografia física, natural, diferentemente da Fuvest, que dá mais ênfase à geopolítica, explica Simões. Segundo o docente, assuntos que podem cair na disciplina são a interação entre sociedade e natureza, domínios morfoclimáticos (vegetação, clima, solo) e crescimento urbano, problemas ambientais (tais como ilhas de calor, enchentes, lixo, congestionamentos).

Em atualidades, o vestibular costuma cobrar que o candidato esteja informado quanto aos principais acontecimentos do ano passado, tais como o terremoto do Haiti, o acidente dos mineiros do Chile, a dificuldade dos EUA em desocupar o Iraque, o agravamento dos conflitos no Afeganistão e as crises econômicas européia e americana, dentre outros.

Inglês
Em inglês, a supervisora da disciplina no cursinho Anglo, Patrícia Senne dos Santos, lembra que as respostas devem ser dadas em português, "a não ser que seja pedido algo diferente este ano", pondera. Além disso, o conteúdo da resposta deve ser objetivo e curto, ou seja: transcrição de trechos de textos só devem ser feitas se isso for pedido no enunciado.

A Unicamp utiliza diversos tipos de textos em sua prova: reportagens, artigos científicos, trechos de romances, poemas, cartoons e até letras de música, por exemplo. Basicamente, as perguntas cobram a verificação da leitura do texto dado. Patrícia aconselha os candidatos a, antes de ler o texto, ler as perguntas referentes a ele. "As vezes ler a pergunta facilita o entendimento do texto e você já sabe o que procurar lá, serve como uma bússola", explica.

Nessa parte do vestibular, a docente explica que o importante é entender a ideia principal do texto. Para isso, é bom conhecer os marcadores de discurso que ligam as orações, como conjunções e pronomes (demonstrativos, possessivos, relativos e pessoais), por exemplo. "São os elementos que dão coesão e coerência ao texto", explica.

Biologia
O professor Carlos Sérgio Stocco, de Campinas (SP), lembra que a Unicamp cobra bastante interpretação de gráficos nos exames de biologia. "Isso está sempre na prova, e são gráficos principalmente ligados à fisiologia animal, tanto de aparelho circulatório quanto de sistema endócrino. Todo ano tem uma questãozinha lá", diz.

O docente também elenca alguns assuntos que sempre quase sempre caem no processo seletivo: evolução - principalmente teoria sintética da evolução, o "neodarwinismo"; evolução adaptativa dos seres vivos ao ambiente terrestre; e fisiologia celular - funções das principais organelas da célula.

Além destes assuntos, Stocco aponta a fermentação alcoólica por fungos, que ocorre na produção do etanol, como um dos possíveis assuntos a serem cobrados.

Física
As questões de física da Unicamp são "mais tradicionais" do que as da Fuvest, explica o professor Carlos Alberto de Oliveira, do Oficina do Estudante. "Física é bem abrangente, cai um pouco de tudo, num nível mais aprofundado. O aluno tem que dominar o assunto", diz.

Para Oliveira, nos últimos dias antes do exame vale a pena recordar alguns conceitos, não "formulinhas". Para os estudantes mais anciosos, ele recomenda: "Depois que chegar da prova não pode ficar olhando as resoluções, mas se preparar para o dia seguinte, o estudante deve se sair bem nos três dias", diz.

O professor aconselha os estudantes a se empenharem para fazer pontos tanto nas disciplinas em que terão peso 2 (de acordo com a área do curso) quanto nas que terão peso 1. "Se sou de exatas, é natural ir bem em exatas; então, o diferencial é ir bem também nas matérias de humanas, que também contam", explica. Para isso, ele recomenda estudar todas as disciplinas. "Assim você consegue se suprir no sentido oposto ao do concorrente", diz.

O docente, que acompanha o vestibular há cerca de 15 anos, aponta alguns assuntos que sempre caem: cinemática e dinâmica (que podem compor cerca de 30% do exame); e ótica (refração em lentes e reflexão em espelhos esféricos), dentre outros assuntos, que caem mais sasonalmente.

Química
De acordo com o professor Anderson Dino, do Oficina do Estudante, as questões de química talvez sejam as mais interdisciplinares do exame. "A Unicamp tem muito essa cara, não cobra o conhecimento fechado de química", diz.

Numa mesma questão pode haver itens fáceis e difíceis: a dica, portanto, é que, caso o estudante tenha dificuldade numa parte, que a deixe para o final e faça as partes fáceis primeiro. "Ele não pode perder muito tempo numa questão, pois pode acabar deixando o resto da prova malfeita", explica.

O professor ressalta alguns temas que a Unicamp "adora": cálculo estequiométrico, termoquímica, equilíbrio químico, processos industriais (que podem ocorrer, por exemplo, na produção de ferro, na extração de petróleo e na produção de plástico), e química orgânica.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Primeira chamada dos selecionados no Sisu sai em 22 de janeiro

As inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do primeiro semestre de 2011 começam no próximo dia 16, às 6h. De acordo com edital publicado no DOU (Diário Oficial da União), a lista dos aprovados em primeira chamada será divulgada em 22 de janeiro e todo o processo será concluído até 10 de fevereiro.


De 16 a 18 de janeiro, os candidatos devem acessar o Sisu e escolher duas opções de curso, elegendo a sua prioridade. Nesse período, ao final de cada dia, o sistema divulga a nota de corte para cada graduação. O estudante pode mudar a sua opção caso avalie que tem mais chance de ser aprovado em outra instituição ou em outro curso. Cada alteração invalida a opção feita anteriormente.

No dia 22 de janeiro, serão divulgados os resultados da primeira chamada. O candidato selecionado para sua primeira opção é automaticamente retirado do sistema e, caso não faça a matrícula, prevista para o período de 25 a 27 de janeiro, perde a vaga. Aqueles que forem selecionados para a segunda opção de curso ou não atingirem a nota mínima em nenhuma das graduações escolhidas permanecem no sistema e podem ser aprovados nas chamadas subsequentes. Não é necessário fazer uma nova inscrição.

O resultado da segunda chamada será divulgado no dia 1° de fevereiro, com previsão de matrícula dos alunos nas respectivas instituições para as quais foram selecionados nos dias 3 e 4 de fevereiro. No dia 10 de fevereiro, sai a terceira e última chamada, encerrando o Sisu do 1° semestre de 2011. Os aprovados nesta etapa devem matricular-se de 11 a 14 de fevereiro.

Após as três chamadas, o candidato que ainda não foi selecionado pode optar por participar de uma lista de espera que será gerada pelo sistema com base nas notas do Enem. Essa relação poderá ser utilizada pelas instituições a partir de 18 de fevereiro caso ainda haja vagas não preenchidas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Na geografia umas das coisas que mais causa confusão entre os alunos é o uso de alguns termos específicos. Isso é normal, afinal são muitos termos.

abaixo segue um link de um glossário de geografia

GLOSSÁRIO GEOLÓGICO ILUSTRADO - INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Cólera no Haiti

Uma epidemia de cólera matou, até agora, 1.110 pessoas no Haiti. De acordo com o governo, 18,3 mil haitianos foram hospitalizados com sintomas da doença desde outubro.

O caos na saúde pública provocou protestos que deixaram três mortos na capital, Porto Príncipe, a poucas semanas das eleições presidenciais e legislativas (marcadas para 28 de novembro).

O Haiti é um dos mais pobres do mundo. A situação do país se agravou com um terremoto de grau 7 na escala Richter que devastou Porto Príncipe, em 12 de janeiro. O tremor deixou 250 mil mortos e afetou um terço da população.

Desde então, 1,3 milhão de sobreviventes vivem em condições precárias em acampamentos improvisados. A falta de saneamento básico e de água potável contribuiu para que a doença se espalhasse rapidamente.

Cólera é uma infecção diarreica aguda, causada pela exposição ou ingestão de comida e água contaminadas pela bactéria Vibrio cholerae. Os sintomas são febre, diarreia e vômitos, causando desidratação. O tratamento é feito com reidratação e antibióticos.

Em todo o mundo, estima-se que, por ano, haja de 3 a 5 milhões de contaminados e de 100 a 120 mil mortes. Países pobres e em guerra são focos constantes da moléstia desde o século 19, quando foram documentados os primeiros casos na Índia.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Retrospectiva da década

Atentados terroristas retrataram começo de século

Os ataques às torres gêmeas do World Trade Center em Nova York, em 2001, compuseram a imagem mais emblemática da primeira década do século 21. Os atentados deram início a uma década de guerras contra o terrorismo. Os primeiros dez anos do século também trouxeram uma das piores crises econômicas da história, os efeitos do aquecimento global e a expansão do acesso a novas tecnologias.


Para o historiador Eric Hobsbawm, dois acontecimentos definiram o começo e o fim do século passado. O século 20 teria iniciado com a Primeira Guerra Mundial , em 1914, e terminado com a queda dos regimes comunistas no Leste Europeu.

Poderíamos dizer, do mesmo modo, que o atual foi inaugurado com os ataques aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. O presidente George W. Bush, recém empossado, respondeu a eles dando início a duas guerras no Afeganistão e no Iraque.

O Afeganistão foi invadido para obrigar o país mulçumano a entregar Osama Bin Laden, líder da rede Al Qaeda. Responsabilizado pelos atentados aos Estados Unidos, o terrorista até hoje não foi capturado. No Iraque, a justificativa para a deposição do ditador Sadam Hussein foi a existência de armas de destruição em massa, que nunca foram encontradas.

A partir de então, o medo de novos ataques terroristas se espalhou pelo mundo. Em 2004, dois atentados mataram centenas de pessoas no metrô de Madri , na Espanha, e na cidade de Beslan, na Rússia. Em julho do ano seguinte, explosões vitimaram 52 pessoas em Londres, no Reino Unido. O pânico levou a polícia londrina a executar o brasileiro Jean Charles de Meneses, confundido com um terrorista no metrô.

Economia

Outro grande acontecimento da década foi a crise econômica internacional, a pior desde 1929. O marco foi a falência do banco americano Lehman Brothers, em 15 de setembro 2008. Os efeitos da crise incluíram um longo período de recessão em países europeus e, indiretamente, a eleição de Barack Obama , o primeiro negro a ocupar o cargo em Washington.

Em meio ao caos no mercado financeiro, a China ultrapassou o Japão e se tornou a segunda maior potência econômica do planeta. Ao mesmo tempo, o regime comunista de Pequim virou alvo de críticas por violações dos direitos civis e degradação do meio ambiente.

Junto com a economia, o aquecimento global foi o assunto que mais reuniu líderes mundiais na década. Em fevereiro de 2007, um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) culpou a ação humana pelas mudanças climáticas. Os efeitos, porém, já eram sentidos em todo o planeta: ondas de calor na Europa, enchentes no Sudeste Asiático e furações na América, sem falar nos terremotos que devastaram o Chile e o Haiti e o em 2010.

Os cientistas ainda anunciaram o sequenciamento do genoma humano (2001), abrindo caminho para cura de doenças, e a primeira pandemia do século (2009), a gripe suína. Na área de tecnologia, o crescimento da internet, o surgimento das redes sociais e a sofisticação dos aparelhos celulares e computadores transformaram as relações humanas.

Brasil

No Brasil, a década começou com a chegada do primeiro sindicalista à Presidência. Se, como disse Maquiavel, a manutenção do poder se faz equilibrando virtudes naturais do governante (virtú) e a própria sorte (fortuna), pode-se dizer que Lula teve ambas.

Eleito em 2002, conseguiu dois feitos notáveis: manteve a economia nos eixos e melhorou a distribuição de renda. Além disso, o petista sobreviveu a escândalos políticos como o “mensalão”, em 2005, e tirou proveito da descoberta de reservas de pré-sal e da escolha do país para sediar a Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.

Mesmo assim, o Brasil atravessou a década com problemas antigos, de infraestrutura, saneamento, educação e saúde. Alguns deles até piores, como a violência urbana. Numa versão nacional do terrorismo, as duas maiores metrópoles do país foram vítimas de ondas de ataques do crime organizado: São Paulo, em 2006, e Rio de Janeiro, em 2010.

Pela TV, os brasileiros acompanharam “novelas reais” como o sequestro de Sílvio Santos, as mortes do prefeito de Santo André, Celso Daniel, e do repórter da TV Globo Tim Lopes, e os julgamentos de Suzane von Richthofen e do casal Nardoni.

Houve também as tragédias aéreas. A colisão de um avião da Gol com um jato da Embraer matou 155 pessoas (2006), e a queda de um Boing da TAM ao lado do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, deixou 199 mortos (2007).

Os dez primeiros anos do século 21 terminaram no país com a eleição de Dilma Rousseff , a primeira mulher na Presidência da República.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2011 já é!!!

FELIZ ANO NOVO!!!!

Como é bom essa folguinha. Ainda mais com 4 dias de praia!!!

Agora vamo que vamo que segunda da FUVEST é no fim de semana!