quarta-feira, 26 de setembro de 2012

RELAÇÃO CANDIDATO VAGA UNICAMP 2013


A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) recebeu 67.403 inscrições para o vestibular 2013 e registrou recorde de número de inscritos. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, é o quarto ano consecutivo que a Unicamp registra crescimento do número de candidatos. No ano passado, foram recedidas 61.509 inscrições. 
Medicina é o curso mais concorrido, como acontece desde que a Unicamp desenvolveu vestibular próprio, com 13.998 candidatos - são 127,3 candidatos por vaga. Em seguida, aparece o curso de arquitetura e urbanismo (97,1 c/v), medicina na Famerp (72,0 c/v), engenharia civil (51,9 c/v) e engenharia química - Integral (44,7 c/v). 
No total, são oferecidas 3.444 vagas em 68 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp (Faculdade pública de Medicina e Enfermagem de São José do Rio Preto)


Relação candidatos-vaga
Quadro comparativo 2012/2013
  Cursos
Vagas
Inscritos
Relação C/V
2012
2013
2012
2013
Variação
2012
2013
 Nº
%
Arquitetura e Urbanismo (Noturno)
30
30
2461
2913
452
18,4
82,0
97,1
Artes Cênicas (Integral)
25
25
469
503
34
7,2
18,8
20,1
Artes Visuais (Integral)
30
30
402
450
48
11,9
13,4
15,0
Ciência da Computação (Noturno) 
50
50
1076
1069
-7
-0,7
21,5
21,4
Ciências Biológicas (Integral)
45
45
1582
1619
37
2,3
35,2
36,0
Ciências Biológicas -  Licenciatura (Noturno)
45
45
449
438
-11
-2,4
10,0
9,7
Ciências do Esporte (Integral)
60
60
286
319
33
11,5
4,8
5,3
Ciências Econômicas (Integral)
70
70
1546
1723
177
11,4
22,1
24,6
Ciências Econômicas (Noturno)
35
35
786
690
-96
-12,2
22,5
19,7
Ciências Sociais (Integral)
55
55
447
414
-33
-7,4
8,1
7,5
Ciências Sociais (Noturno)
55
55
337
391
54
16,0
6,1
7,1
Comunicação Social - Habilitação: Midialogia (Integral)
30
30
1277
1339
62
4,9
42,6
44,6
Dança (Integral)
25
25
225
205
-20
-8,9
9,0
8,2
Educação Física (Integral)
50
50
341
371
30
8,8
6,8
7,4
Educação Física (Noturno)
50
50
293
327
34
11,6
5,9
6,5
Enfermagem (Unicamp) (Integral)
40
40
497
496
-1
-0,2
12,4
12,4
Engenharia Agrícola (Integral)
70
70
437
452
15
3,4
6,2
6,5
Engenharia Ambiental (Noturno)* 
60
 
832
   
13,9
Engenharia Civil (Integral)
80
80
3791
4151
360
9,5
47,4
51,9
Engenharia de Alimentos (Integral)
80
80
823
776
-47
-5,7
10,3
9,7
Engenharia de Alimentos (Noturno)
35
35
270
360
90
33,3
7,7
10,3
Engenharia de Computação (Integral)
90
90
1877
2046
169
9,0
20,9
22,7
Engenharia de Controle e Automação (Noturno)
50
50
1007
1068
61
6,1
20,1
21,4
Engenharia de Manufatura (Integral)
60
60
506
387
-119
-23,5
8,4
6,5
Engenharia de Produção (Integral)
60
60
2021
2059
38
1,9
33,7
34,3
Engenharia de Telecomunicações (Integral)* 
50
 
172
   
3,4
Engenharia Elétrica (Integral)
70
70
1202
1383
181
15,1
17,2
19,8
Engenharia Elétrica (Noturno)
30
30
455
542
87
19,1
15,2
18,1
Engenharia Mecânica (Integral)
140
140
3156
3653
497
15,7
22,5
26,1
Engenharia Química (Integral)
60
60
2489
2684
195
7,8
41,5
44,7
Engenharia Química (Noturno)
40
40
855
982
127
14,9
21,4
24,6
Estatística (Integral)
70
70
221
481
260
117,6
3,2
6,9
Estudos Literários (Integral)
20
20
182
176
-6
-3,3
9,1
8,8
Farmácia (Integral)
40
40
959
859
-100
-10,4
24,0
21,5
Filosofia (Integral)
30
30
228
229
1
0,4
7,6
7,6
Física - Licenciatura (Noturno)
40
40
169
276
107
63,3
4,2
6,9
Física/Matemática/Matemática Aplicada e Computacional (Integral)
155
155
627
842
215
34,3
4,0
5,4
Fonoaudiologia (Integral)
30
30
204
284
80
39,2
6,8
9,5
Geografia (Integral)
20
20
178
182
4
2,2
8,9
9,1
Geografia (Noturno)
30
30
164
220
56
34,1
5,5
7,3
Geologia (Integral)
20
20
618
621
3
0,5
30,9
31,1
Gestão de Comercio Internacional (Noturno)
60
60
778
782
4
0,5
13,0
13,0
Gestão de Empresas (Noturno)
60
60
707
752
45
6,4
11,8
12,5
Gestão de Políticas Públicas (Noturno)
60
60
281
323
42
14,9
4,7
5,4
Gestão do Agronegócio (Noturno)
60
60
271
176
-95
-35,1
4,5
2,9
História (Integral)
40
40
657
776
119
18,1
16,4
19,4
Letras - Licenciatura (Integral)
30
30
363
379
16
4,4
12,1
12,6
Letras - Licenciatura (Noturno)
30
30
344
359
15
4,4
11,5
12,0
Licenciatura Integrada Química/Física (Noturno)
30
30
146
152
6
4,1
4,9
5,1
Linguística (Integral)
20
20
104
97
-7
-6,7
5,2
4,9
Matemática - Licenciatura (Noturno)
60
60
407
344
-63
-15,5
6,8
5,7
Medicina (Unicamp) (Integral)
110
110
12586
13998
1412
11,2
114,4
127,3
Música: Composição (Integral)
7
7
42
48
6
14,3
6,0
6,9
Música Erudita: Instrumentos (Integral)
20
20
131
102
-29
-22,1
6,6
5,1
Música: Licenciatura (Integral)
15
15
91
96
5
5,5
6,1
6,4
Música Popular: Instrumentos (Integral)
20
20
217
222
5
2,3
10,9
11,1
Música: Regência (Integral)
3
3
22
21
-1
-4,5
7,3
7,0
Nutrição (Integral)
60
60
604
635
31
5,1
10,1
10,6
Odontologia (Integral)
80
80
1314
1483
169
12,9
16,4
18,5
Pedagogia - Licenciatura (Integral)
45
45
199
292
93
46,7
4,4
6,5
Pedagogia - Licenciatura (Noturno)
45
45
352
311
-41
-11,6
7,8
6,9
Química (Integral)
70
70
691
760
69
10,0
9,9
10,9
Química Tecnológica (Noturno)
40
40
298
296
-2
-0,7
7,5
7,4
Sistemas de Informação (Integral)* 
45
 
272
   
6,0
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Integral)
45
 
186
   
4,1
 
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Noturno)
45
45
197
318
121
61,4
4,4
7,1
Tecnologia em Construção de Edifícios (Noturno)
80
50
225
315
90
40,0
2,8
6,3
Tecnologia em Controle Ambiental (Integral)
40
40
208
104
-104
-50,0
5,2
2,6
Tecnologia em Controle Ambiental (Noturno)
80
50
455
166
-289
-63,5
5,7
3,3
Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações (Integral)
50
 
67
   
1,3
 
Totais
3320
3320
56856
62563
5707
10,0
17,1
18,8
 
Enfermagem (Famerp) (Integral)
60
60
265
235
-30
-11,3
4,4
3,9
Medicina (Famerp) (Integral)
64
64
4388
4605
217
4,9
68,6
72,0
Totais
124
124
4653
4840
187
4,0
37,5
39,0
 
Total Geral
3444
3444
61509
67403
5894
9,6
17,9
19,6
* Novos cursos para ingresso a partir do Vestibular 2013.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Pré-sal vai responder por metade da produção nacional de petróleo em 8 anos


De acordo com estimativa da Petrobras, produção nacional vai dobrar até 2020 e chegar a 4,2 milhões de barris por dia

Em pouco menos de oito anos metade de todo o petróleo que o Brasil estiver produzindo virá de campos localizados na chamada camada pré-sal. De acordo com as estimativas da Petrobras, em 2020 o volume produzido no pré-sal será o equivalente à produção brasileira hoje, de cerca de 2 milhões de barris por dia. “A perspectiva é de que haja um crescimento natural no volume de produção do pré-sal, estamos entrando em fase de produção em vários campos nos próximos anos”, disse o gerente executivo de E&P Presal da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga. Em 2016, a estimativa é de que o pré-sal responda por 31% do petróleo produzido no País.
Reprodução
Infográfico do iG mostra como é o pré-sal
A Petrobras estima que a produção brasileira de petróleo vai dobrar até 2020, chegando à casa dos 4,2 milhões de barris ao dia. Atulamente, os campos produtores da camada pré-sal já são responsáveis por quase 10% da produção nacional. Neste mês, diariamente estão sendo extraídos 192 mil barris desses poços, um crescimento de mais de 100% sobre os números do ano passado.
Em setembro de 2011 o volume extraído era de 85 mil barris/dia. Pelas estimativas de Tadeu Fraga, até 2017 o volume produzido nos campos do pré-sal será da ordem de 1 milhão de barris ao dia.
A maior parte do petróleo que está sendo extraído do pré-sal vem da Bacia de Santos, que responde por 55% da produção. A tendência é que essa proporção cresça ainda mais nos próximos anos e a Bacia de Campos passe a ter um papel minoritário na produção de petróleo do pré-sal.
No plano de investimentos da Petrobras, 85% dos US$ 70 bilhões que serão aplicados no pré-sal vão para a Bacia de Santos. “Por uma questão geológica, quanto mais ao Sul maiores os desafios”, diz Tadeu Fraga. “Mas maiores são os prêmios também”. No acumulado dos últimos quatro anos já foram extraídos 100 milhões de barris de petróleo dos campos do pré-sal."
Fonte: IG

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Petrobras conclui perfuração em área do pré-sal da Bacia de Santos


Esta semana vou fazer algumas postagens sobre novidades do Pré Sal

Análises do óleo recuperado no quarto poço da cessão onerosa em reservatórios carbonáticos, abaixo da camada de sal, comprovam petróleo de boa qualidade

A Petrobras informou nesta quarta-feira (19) que concluiu a perfuração do quarto poço na cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos. A descoberta de petróleo já foi preliminarmente anunciada em 21 de agosto de 2012, quando o poço ainda estava sendo perfurado, na profundidade de 5.656 metros. Denominado 3-BRSA-1053-RJS (3-RJS-699), informalmente conhecido como Franco SW, o poço está situado em profundidade d'água de 2.024 metros, a cerca de 210 km da cidade do Rio de Janeiro e a 17 km a sul do poço descobridor 2-ANP-1-RJS (Franco).

Agência Petrobras
Poço 3-BRSA-1053-RJS (3-RJS-699), informalmente conhecido como Franco SW, no pré-sal da Bacia de Santos


Segundo comunicado da estatal, foi atingida a profundidade final de 5973 metros em horizonte estratigráfico estabelecido no programa exploratório da cessão onerosa. Análises do óleo recuperado em reservatórios carbonáticos, abaixo da camada de sal, comprovam petróleo de boa qualidade (de 28 a 30 o API). As amostras foram colhidas em reservatórios similares aos registrados no poço descobridor comprovando a extensão dos mesmos para o sul da área de Franco.
A coluna de hidrocarbonetos verificada é de 438 metros. A perfuração deste poço faz parte do Programa Exploratório Obrigatório (PEO) na área de Franco, onde a Petrobras contratou o direito de produzir até 3 bilhões de barris de petróleo e cuja fase exploratória prossegue e tem seu término previsto para até setembro de 2014.
fonte:IG 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Déficit habitacional: Brasil precisa de quase 8 milhões de moradias



Nas últimas semanas, dezenas de famílias perderam tudo o que tinham em incêndios que atingiram favelas na cidade de São Paulo. O tempo seco, o acúmulo de lixo e as ligações elétricas clandestinas estão entre as principais causas dessas tragédias

Para os moradores de 1.632 favelas da capital, a ameaça de incêndio faz parte da rotina. Somente neste ano foram registrados 32 casos. A precariedade das moradias – muitas feitas de madeira e coladas umas nas outras – e a dificuldade de acesso às vielas pelo Corpo de Bombeiros fazem com que o fogo se alastre rapidamente.
Em sua maior parte, essas comunidades estão localizadas em áreas invadidas e a prefeitura e concessionárias de luz e água não podem prestar serviços. Por isso, moradores improvisam instalações elétricas, o que provoca curtos-circuitos e acidentes. O lixo acumulado, em razão da falta de coleta e de famílias que sobrevivem da reciclagem, é outro fator de risco.
No último incêndio, ocorrido no Morro do Piolho, o tempo seco e os ventos ajudaram a propagar as chamas, que consumiram rapidamente 300 dos 700 barracos existentes no local. Mais de mil pessoas ficaram desabrigadas e perderam móveis, roupas e documentos.
O drama dessas famílias, no entanto, não é um caso isolado no país. Se no inverno os incêndios são o maior perigo, no verão, moradores de áreas de risco em morros sofrem com as chuvas. Há dois anos, 168 pessoas morreram em deslizamentos de terra em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Tanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos quanto a Constituição brasileira reconhecem que moradia é um direito fundamental do cidadão. Mas essa não é a realidade de milhares de brasileiros que moram em favelas, cortiços e comunidades carentes, sem saneamento básico (água potável e rede de esgoto), eletricidade e outras melhorias.
Entre os problemas sociais relacionados à falta de moradia estão a exclusão social, o desemprego e a violência. Na maioria das favelas, traficantes aproveitam a ausência do Estado para criar facções criminosas que cooptam e coagem as comunidades. Há ainda conflitos de natureza social e política envolvendo movimentos como os sem-terra e os sem-teto.
Déficit
Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, o déficit habitacional brasileiro é de 5,8 milhões de famílias, o que representa um índice de 9,3% de famílias que não têm onde morar ou vivem em condições inadequadas. Os dados foram obtidos com base no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, feito pelo IBGE.
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro possuem as maiores carências, com índices, respectivamente, de 19% e 9,3%.
Em outro relatório, divulgado há um ano pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), foi apontado um déficit de 7,9 milhões de moradias no país, o que corresponde ao total de 14,9% dos domicílios.
Uma pesquisa mais recente, divulgada pela ONU, mostrou que em toda a América Latina o déficit habitacional subiu de 38 milhões de residências em 1990 para algo entre 42 milhões e 51 milhões em 2011.
Segundo a ONU, trata-se de um dos maiores desafios dos países da região. Por outro lado, o índice de pessoas que vivem em condições precárias caiu de 33% em 1990 para 24% em 2010. No Brasil, o percentual é de 30%, de acordo com a ONU.
Migração
O déficit habitacional é causado pela falta de políticas públicas e por transformações sociais, como o êxodo rural e a mudança do perfil das famílias.
Em toda a América Latina, nas últimas décadas, houve um aumento da população urbana, provocando um crescimento desordenado nas grandes cidades. No Brasil, a migração de famílias do campo para as cidades, em busca de emprego no setor industrial e na construção civil, não foi acompanhada de uma política de urbanização. Tal fato contribuiu para o surgimento tanto das comunidades em morros cariocas quanto nas favelas paulistas.
Na década de 1960, pela primeira vez a população urbana ultrapassou em números a rural.  Nos anos 1990 houve o término do fluxo migratório e, no começo do século 21, a população urbana já representava 80% do total da população do país.
Soma-se a isso o envelhecimento da população e as mudanças no perfil familiar, com maior número de divórcios e solteiros na idade adulta, e há um aumento considerável na demanda por domicílios nas cidades.
BNH
Foi somente a partir dos anos 1960 que o governo brasileiro passou a desenvolver programas de planejamento habitacional, com o objetivo de reduzir o déficit de moradias.
Durante o período da ditadura, de 1964 a 1986, vigorou o BNH (Banco Nacional de Habitação), que era responsável pela construção de casas populares no país. O órgão financiou 4,5 milhões de casas para famílias de classe média, o que representou 24% de todo o mercado habitacional.
No entanto, especialistas apontam que o programa – reconhecido como o primeiro de abrangência nacional para a área de habitação – falhou em não atingir um público de baixa renda, sem condições de financiar uma casa própria, que por sua vez engrossou o contingente de moradores de favelas, cortiços e loteamentos clandestinos.
A partir de 2003, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a política habitacional foi concentrada no Ministério das Cidades. Nesse setor, o principal destaque é o programa Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009 com a meta de construir um milhão de moradias para atender famílias com renda até 10 salários-mínimos. O programa foi reformulado no governo da presidente Dilma Rousseff e objetiva construir mais 2 milhões de casas até 2014, 60% desse total voltado para famílias de baixa renda.