quarta-feira, 29 de abril de 2015

CALENDÁRIO VESTIBULAR 2016 - UNICAMP, UNESP E ITA

eja as datas:
Calendário Unicamp 2016
3/8/2015 a 3/9/2015Período de inscrições
22/11/2015Primeira fase
14/12/2015Convocados para a segunda fase
17, 18 e 19/1/2016Segunda fase
12/2/2016Divulgação da primeira chamada
16/2/2016Divulgação da segunda chamada
Calendário Unesp 2016
14/9/2015 a 13/10/2015Período de inscrições
15/11/2015Primeira fase
13 e 14/12/2015Segunda fase
5/2/2016Divulgação do resultado
Calendário ITA 2016
1/8/2015 a 15/9/2015Período de inscrições
15, 16, 17 e 18/12/201515, 16, 17 e 18/12/2015
30 ou 31/12/2015Divulgação do resultado

quinta-feira, 23 de abril de 2015

DICAS PARA PROVAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA

Essa postagem surgiu de uma aula que se questionava porque não conseguia o desempenho esperado nas provas de múltipla escolha. Muitos alunos vão melhor em questões discursivas do que objetivas.
Espero que essas dicas possam ajudar.
Dicas para provas de múltipla escolha:
1. Leia a questão por inteiro antes de responder a ela. Muitos alunos cometem o erro de responder à questão antes de lê-la na íntegra e, às vezes, escolhem uma alternativa que, embora seja verdadeira, não é a resposta à pergunta. Trata-se de uma “pegadinha” muito comum. De fato, o tempo é limitado, mas leia todas as questões do começo ao fim!
2. Após ler a questão inteira, pense na resposta antes de ler as alternativas. Desse modo, há menos chance de você se deixar confundir por alternativas parecidas e ambíguas.
3. Elimine as alternativas que são obviamente incorretas. Em cada questão, há geralmente uma ou duas alternativas que são gritantemente erradas – muitas delas nem fazem sentido. Mesmo que você não saiba a resposta à pergunta, ao eliminar as alternativas que são evidentemente incorretas, passa a ter mais chances de escolher a resposta certa. Por exemplo, se conseguir eliminar duas alternativas, e não tiver ideia da resposta correta, há 1/3 de chance de você escolhê-la. Afinal, sobraram três alternativas possíveis. Escolha uma delas. Se de cada três questões de cuja resposta você não tem ideia, você acertar uma, seu resultado na prova será melhor. Isso pode fazer toda a diferença e garantir sua vaga na faculdade e no curso de sua escolha.
4. Leia todas as alternativas antes de escolher uma delas. Em várias questões, há diversas respostas plausíveis. É importante lembrar: você precisa escolher a resposta que melhor responde à questão, e não simplesmente uma resposta que, teoricamente, pode ser considerada verdadeira.
5. Se a prova não o penaliza por escolher uma alternativa incorreta, responda a todas as questões. Não deixe nenhuma delas em branco, mesmo que não tenha a mínima ideia da resposta. Não responder à questão equivale a escolher a resposta incorreta. Mas se você adivinhar a resposta, há pelo menos a possibilidade de ter adivinhado corretamente. Os corretores da prova não têm como saber se você respondeu à questão corretamente porque sabia a resposta ou porque adivinhou e, para eles, não faz diferença. O que vale é a escolha da alternativa correta. Portanto, preencha uma resposta para todas as questões da prova.
6. Após responder a uma questão, não mude a resposta, a menos que tenha certeza de que errou. Estudos demonstram que a primeira escolha é geralmente a correta. Portanto, não se deixe levar por dúvidas e mudar suas respostas. Mude-a apenas se notar que preencheu a alternativa de forma incorreta (por exemplo, você pretendia escolher a alternativa b e, sem querer, escolheu a alternativa c) ou se, de repente, se lembrar de algum fato relevante à questão do qual não se lembrara quando a respondeu.
7. Em provas de múltipla escolha, é comum que haja opções como: “Todas as alternativas estão corretas” e “Nenhuma das alternativas está correta”. Se você tem certeza de que uma delas é correta, evidentemente não escolherá a resposta “Nenhuma das alternativas está correta”. Se tem certeza de que uma das alternativas é incorreta, tampouco escolherá a alternativa “Todas as alternativas estão corretas”. Essa dica parece óbvia, mas, frequentemente, esse tipo de pergunta confunde o aluno, em especial se ele estiver nervoso durante o exame.
8. Se houver alguma pergunta com alternativas “Todas as alternativas estão corretas” e “Nenhuma das alternativas está correta”, e você notar que há, no mínimo, duas alternativas corretas, é provável que a resposta certa seja “Todas as alternativas estão corretas”. Mas mesmo que você saiba que duas delas estão incorretas, pense bem antes de marcar “Todas as alternativas estão incorretas”. Dificilmente essa será a resposta certa, pois o exame quer testar seu conhecimento, e não sua habilidade de detectar o que é falso ou incorreto. “Nenhuma das alternativas” é usada com frequência porque quem escreveu a questão não consegue pensar em mais de três ou quatro alternativas plausíveis para ela. Obviamente, não podemos garantir que seja sempre esse o caso. Nosso propósito aqui é oferecer dicas, não garantias.
9. Em muitos casos, a alternativa correta é a mais longa – a que traz mais informação. Se você não tem ideia da resposta e não consegue eliminar nenhuma das alternativas, escolha a mais longa.
10. Se há duas alternativas antitéticas, isto é, uma é o oposto da outra, é provável que uma delas seja a correta. Portanto, se você não tiver ideia da resposta, escolha uma dessas duas.
11. Se você conhece o assunto testado por uma questão, mas está tendo dificuldades em responder a ela porque parece haver mais de uma resposta possível, compare-as com cuidado. Deve haver algum detalhe em uma das alternativas que a torne incorreta. Caso contrário – se houver mais de uma alternativa correta – a questão será eliminada, o que é algo constrangedor para os autores e administradores do exame. 
12. Lembre-se de que você está sempre buscando a melhor resposta – uma afirmação ou fato que seja sempre verdadeiro, sem exceção.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Em três anos, número de engenheiros formados já supera em 2,5 vezes demanda prevista para 2020

Por Juliana Ewers
A máxima de que há um “apagão de mão de obra” na engenharia em relação à demanda supostamente crescente nos próximos anos não se sustenta, de acordo com as expectativas para o setor apresentadas hoje no seminário “Formação e Emprego de Engenheiros no Brasil: Tendências Atuais”, realizado pelo DPCT (Departamento de Política Científica e Tecnológica) e pelo PPG-PCT (Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Estudo realizado em 2010 pelo professor Sérgio Queiroz, que é doutor em economia, já apontava para o fato de o Brasil chegar em 2020 formando algo em torno de 80 mil a 107 mil engenheiros – à época, a pesquisa considerou variações de cenários, sendo o mais pessimista de 3% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e o mais otimista, de 6% – para uma demanda calculada, na melhor das hipóteses, de 60 mil novos postos de trabalho registrados, efetivamente, como engenheiros.
A atualização quanto ao número de formados apresentada hoje indica uma discrepância ainda maior nessa relação. Mantida a perspectiva de 60 mil vagas em 2020, o número de engenheiros que entrará no mercado saltou para 148 mil – 2,46 vezes mais do que será possível absorver.
Para o professor Renato Pedrosa, Ph.D. em Matemática e responsável pela nova pesquisa, esse aumento de formados se deve à contínua e crescente participação da rede privada, percebida principalmente depois de 2005, quando o número de ingressos nesse tipo de instituição de ensino superior ultrapassou as universidades públicas.
Em 2012, eram 713.558 estudantes nos cursos de engenharia no Brasil. Deste total, 267.512 haviam ingressado naquele mesmo ano, estando 78,5% matriculados em faculdades particulares. Ainda em 2012, 54.042 universitários concluíram a graduação – 61,9% em instituições privadas e 38,1%, em públicas. Os números da pesquisa indicam que, em 2017, 72% dos graduados – 106 mil – virão do ensino privado.
“Em termos quantitativos, não há sinais de apagão de engenheiros, como costuma-se falar. O que podemos questionar é se há escassez de engenheiros qualificados, bem-formados. É óbvio que existem excelentes faculdades particulares, que formam ótimos profissionais, profissionais bastante preparados. No entanto, temos aquelas instituições que só visam os fins lucrativos e acabam despejando uma grande quantidade de profissionais que não são suficientemente preparados”, analisou Pedrosa.
Quanto à qualidade do ensino, ao verificar o conceito Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) foi observado que as notas dos alunos das universidades públicas concentram-se entre 4 e 5. Já os estudantes das instituições privadas alcançaram, em sua maioria, notas 2 e 3.
“Estamos voltando àquela história do engenheiro que virou suco”, recordou Queiroz a história do engenheiro Odil Garcez Filho que abriu uma lanchonete na avenida Paulista com este nome e virou símbolo da recessão econômica na década de 1980. “A demanda para engenheiro é baixa frente ao volume de pessoas que estão se formando”, completou.
Em 2012, os cursos de engenharia com maior número de concluintes foram Produção, Civil e Construção, Eletricidade e Energia, Metalurgia e Mecânica, e Eletrônica. Em 2017, do total de graduados, 84.112 serão apenas de engenharia Civil, a especialidade que mais terá formados.
“O curso de engenharia está virando, se é que ainda não virou, como os de administração e direito. Antes, muitas pessoas iniciavam essas graduações apenas para ter um diploma. O que não podemos esquecer é que estudar engenharia é caro, muito caro. E, com o ProUni e Fies, temos dinheiro público sendo aplicado em formações, cujos profissionais não terão mercado suficiente”, afirmou Pedrosa.
A dificuldade para entrar no mercado passa também pela questão de não se conseguir cargos como engenheiro. Muitos profissionais acabam desempenhando funções técnicas ou de nível médio, mesmo depois de formados. “Não seria melhor então formar bons técnicos do que formar engenheiros para serem técnicos? É preciso que haja uma reestruturação da educação. Aqui no Brasil, fizemos ao contrário. Ao invés de investir na educação básica, fortalecer o ensino médio, para depois passar para o ensino superior, começamos ao contrário. Estamos expandindo o ensino superior sem criar uma base”, concluiu Pedrosa.
A pesquisa não considerou os chamados “cargos ocultos”, que dizem respeito aos profissionais de engenharia que assumem cargos de gestão, por exemplo.

Juliana Ewers

Juliana Ewers é formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e possui especialização em Gestão de Comunicação com o Mercado, pela Esamc. Atuou como repórter do Jornal Metro e do Grupo Bandeirantes de Comunicação . É editora assistente daInovação – Revista Eletrônica de P,D&I .