quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ranking das Escolas no ENEM

O site IG, fez uma ferramenta de fácil acesso onde é possível ver o desempenho de todas as escolas do país. Podendo ver também por Estado, por Município, etc.

Se ficou com curiosidade de saber a média da usa escola, clique no link abaixo.

Ranking das Escolas no Enem

Lembrando que por diversos motivos este não é um indicador oficial da qualidade de ensino, como por exemplo a prova não é obrigatória.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

NOVO CURSO DA USP

Licenciatura em educomunicação é o novo curso de graduação da ECA para 2011

Luiza Caires
Da Agência USP
Em São Paulo

O mercado de trabalho para o detentor deste diploma é múltiplo, mas engloba dois ramos principais. Trabalhando nas escolas, para a educação básica, especialmente o ensino médio, e no terceiro setor, ele poderá atuar como professor de comunicação ou consultor para projetos pedagógicos que envolvam qualquer uma das mídias: rádio, TV, jornal, internet, cinema. E trabalhando nas próprias empresas de mídia, ele será produtor ou consultor para projetos educacionais.

Para o professor Ismar Soares, chefe do Departamento de Comunicações e Artes da ECA, a comunicação é um processo transversal a todas as ações humanas, e as crianças e jovens precisam aprender desde cedo a se relacionar com as mídias de maneira a tirarem o melhor proveito delas. Além disso, ao colocar este público como produtor de mídia, fornecendo uma “alfabetização midiática” – como já fazem diversos projetos em ONGs e escolas públicas –, trabalha-se com um paradigma educacional em que o aluno é o ator principal de um conhecimento mais diretamente relacionado ao seu cotidiano. “Tal perspectiva é benéfica na construção da auto-estima destes jovens, sua leitura do mundo, articulação e expressão. Facilita ainda a gestão de suas próprias vidas e a relação com a comunicação e o ambiente”.

Formação

Ismar explica que a importância de uma graduação na área é que ela vai formar um especialista na interface entre o ensino e a comunicação, processo cujo preparo é complexo o suficiente para exigir mais do que um curso de extensão ou oficinas, que já existiam inclusive dentro da própria ECA. “As experiências realizadas com a separação rígida dos dois campos de atuação – educadores e professores – foram malsucedidas. Um exemplo é boa parte da TV educativa produzida até os anos 1980: chata, inadequada”, conta.

Segundo o docente, dos anos 1990 em diante é que essa área de trabalho interrelacionada emerge com mais força em todo mundo, incluindo a América Latina, como identificou uma pesquisa realizada no Núcleo de Comunicação e Educação da ECA de 1997 a 1999 – e que foi um dos embasamentos para a criação do curso. Como exemplos, temos os canais de televisão Futura e Discovery Channel; a Associação Cidade Escola Aprendiz; o Instituto Ayrton Senna, e a Revista Viração, entre outros. “Estes profissionais já existiam há algum tempo, com um referencial teórico e metodológico comum, se reconhecendo como autodidatas. A ECA não inventou a educomunicação, apenas demos um nome ao que já se fazia.” Antes da criação do curso de graduação, aliás, a Escola já era referência na área, oferecendo assessoria e consultoria para órgãos públicos como prefeituras municipais e o próprio Ministério da Educação.


É preciso ressaltar que a formação para educomunicador não habilita o profissional a atuar como jornalista, relações públicas, publicitário ou em outras áreas profissionais da comunicação. Muitas delas têm regulamentação própria e exigências legais para o seu exercício, necessitando, portanto, formação específica. Porém, ele deve conhecer todos os processos da comunicação e da educação em sua profissão.

Ingresso

Por se tratar de uma nova carreira, entre as 200 que a USP já oferece, a admissão se dá exclusivamente através do vestibular, via Fuvest.

As informações sobre inscrição e provas serão divulgadas no Manual do Candidato Fuvest 2011, disponível para consulta no site www.fuvest.br a partir de 2 de agosto.

O curso oferecerá 30 vagas no período noturno, e terá a duração de quatro anos.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

UNASUL

Unasul (União de Nações Sul-Americanas) é uma organização supranacional baseada no modelo da União Européia, formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela; México e Panamá também integram a Unasul, porém na condição de observadores.

A organização é fruto do desejo de aprofundamento das relações regionais entre os países da América do Sul iniciado há oito anos atrás, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso propôs uma reunião entre diversos presidentes sul-americanos e expressou a idéia de união no subcontinente. As bases necessárias para a criação da Unasul foram construídas em 8 de dezembro de 2004 na Declaração de Cuzco, a qual pregava a necessidade de integração entre as nações sul-americanas.
Em longo prazo, o objetivo da criação da organização é se transformar em uma área de livre-comércio, unindo o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN); e construir uma cidadania sul-americana. Embora seja algo bem mais difícil, existe a intenção de criação de uma moeda, passaporte e um parlamento comum entre os países-membros.

No dia 23 de maio de 2008 foi assinado o documento que oficialmente criou a União das Nações Sul-americanas e estabelece as principais diretrizes de funcionamento na nova instituição. Juntas, as nações participantes da organização totalizam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 1,229 bilhão e uma população de mais de 376 milhões de pessoas.

Por Tiago Dantas

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DICA CULTURAL

Faz tempo que não dou uma dica de filme e já que estamos em período de férias para alguns e ainda por cima hoje é sexta feira, ai vai a dica.

Estava dando aula sobre transportes no Brasil quando lembrei do filme:
Mauá - O Imperador e o Rei.

O filme retrata a vida do gaucho Irineu Evangelista de
Sousa. Conhecido como barão de Mauá, foi considerado um grande empresário brasileiro, responsável por tomar iniciativas inovadoras e modernas no decorrer do século XIX.
Com 30 anos se tornou o homem mais rico do Brasil e entre suas realizações podemos destacar a fundação do Banco do Brasil e a Construção da primeira ferrovia brasileira, em 1854. Já aos 60 anos falido resolve retornar aos negócios, pagou suas dividas e novamente se tornou um dos homens mais ricos do Brasil.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Oferta de cursos tecnológicos cresce 135% em institutos federais

Como parte da política federal de aumentar o número de pessoas com ensino superior e qualificar mão de obra o Brasil tem visto um grande aumento no número de curso tecnológicos. É uma boa opção para quem precisa entrar rápido no mercado de trabalho. Estes cursam visam a formação de profissionais qualificados e menos de pesquisadores.

veja a reportagem que saiu na Folha.com:

Com foco no mercado de trabalho, os cursos superiores de tecnologia cresceram nos últimos anos em ritmo acelerado, assim como a economia do país.
Responsáveis por grande parte das vagas oferecidas no Sisu (sistema do Ministério da Educação que usa a nota do Enem), os institutos federais estão distribuídos por todos os Estados --alguns têm até mais de um.

Dados de 2008 do Censo da Educação Superior, do MEC, mostram que o número de cursos de tecnologia nos institutos, que eram conhecidos como Cefets, cresceu 135% em seis anos --de 146, em 2002, para 343, em 2008.

Um dos motivos é que esses cursos podem formar profissionais especializados mais rápido. Em média, os tecnológicos duram de 2 a 3 anos, enquanto os bacharelados podem chegar a 5.

"Parte do mercado de trabalho não pode esperar tanto tempo [por um bacharel], e os tecnólogos têm uma formação tão qualificada quanto os bacharéis, só que mais específica", afirma o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.

O projeto de expansão dos institutos federais também faz parte de uma política do governo Lula, que pretende oferecer ensino superior gratuito nas cidades do interior.

Outro objetivo é criar cursos que possam suprir necessidades regionais do mercado. A carga horária costuma ser intensa, com cursos de período integral. "É muito bom, mas bem puxado", afirma Cássia Cabral, 23, que faz engenharia de controle e automação no IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de SP).

DIFICULDADES

Uma das dificuldades dos institutos é mostrar que os cursos de tecnologia são de ensino superior, e não de nível médio, como os técnicos. "O tecnólogo não é um técnico melhorado. [O tecnológico] É um curso superior, e quem sai dele pode fazer mestrado, doutorado", diz Consuelo Sielski Santos, reitora do instituto de SC.

A falta de parceria com empresas para realizar pesquisas é outro problema que alguns institutos encontram. "A maioria das empresas não nos conhece", diz Yoshikazu Suzumura Filho, reitor em exercício do IFSP.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cuba libera presos políticos


Pressionada por autoridades internacionais, a ditadura cubana decidiu libertar 52 presos políticos no período entre julho e outubro de 2010. O primeiro grupo, composto por 11 dissidentes e seus familiares, chegou à Espanha entre os dias 12 e 15 de julho, onde os exilados foram recebidos como imigrantes comuns.

De acordo com dados da Comissão Cubana de Direitos Humanos, órgão independente que não é reconhecido pelo governo comandado pelo ditador Raúl Castro, a ilha possui 167 presos políticos, o menor número desde a Revolução Cubana em 1959. Portanto, se todos os 52 forem soltos, restarão ainda 115 pessoas encarceradas por crimes de consciência.

Desde 1998, quando 101 presos foram postos em liberdade, por ocasião da visita do papa João Paulo II, não se libertava em Cuba um grupo tão numeroso.

O anúncio da libertação foi feito em 7 de julho, pelo Arcebispado de Havana. As negociações com o governo foram intermediadas pelo cardeal Jaime Ortega e pelo ministro espanhol de Assuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos.

Todos os presos beneficiados com a medida fazem parte do "Grupo dos 75", constituído por 75 dissidentes presos em março de 2003 durante a "Primavera Negra", como ficou conhecido um dos muitos períodos de severa repressão. Eles foram processados por atividades subversivas e condenados a penas que variam de 14 a 27 anos de prisão. Alguns deles já haviam sido libertados por apresentarem graves problemas de saúde.

Greve de fome

A pressão internacional começou após a morte de Orlando Zapata Tamayo, ocorrida no dia 23 de fevereiro de 2010, após 85 dias em greve de fome. Zapata tinha 42 anos e era um dos mais importantes dissidentes políticos do "Grupo dos 75". Ele jejuava em protesto contra as condições desumanas dos cárceres de Havana.

No dia seguinte à morte de Zapata, outro detento, Guillermo Fariñas, iniciou greve de fome em homenagem ao companheiro e para pedir a libertação de outros 26 presos políticos que estavam doentes. À época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita oficial a Cuba, foi criticado por não se solidarizar com os ativistas e por compará-los a presos comuns.


Fariñas interrompeu o jejum de alimentos sólidos e líquidos, mantido por 134 dias, depois que o presidente Raúl Castro se comprometeu a soltar os 52 presos. Mesmo assim, de acordo com os médicos que o acompanham, ele corre risco de morrer em decorrência de complicações associadas ao período de abstinência. "O primeiro gole de água que deu depois de tanto tempo provocou em seu ressecado esôfago a sensação de uma língua de fogo que o queimava por dentro", disse Yoani Sánchez em seu blog, o Generatión Y (ver livro indicado abaixo).

Adversário histórico

O governo dos Estados Unidos, histórico opositor do regime castrista, aprovou a operação que beneficia cubanos reconhecidos como presos de consciência pela Anistia Internacional. Segundo Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano, foi um "acontecimento positivo" e "um avanço para um respeito maior aos direitos humanos e às liberdades fundamentais em Cuba".

A imprensa internacional, porém, foi cética quando a uma eventual abertura do regime comunista, em vigor desde que Fidel Castro, Che Guevara e o Exército Rebelde tomaram a capital em 1º de janeiro de 1959, depondo o ditador Fulgencio Batista.

Em abril de 1961, os Estados Unidos fizeram uma tentativa frustrada de invasão na Baía dos Porcos, em Cuba, aumentando a tensão com a antiga União Soviética. O episódio foi um dos mais emblemáticos da Guerra Fria (1945-1989). Nas décadas seguintes, Washington impôs um embargo comercial à ilha, cujo regime comunista resistiu até mesmo ao esfacelamento da União Soviética e à abertura econômica na China.

Fidel deixou a presidência em 2006, passando o cargo a seu irmão, Raúl Castro. Os diálogos visando a suspensão do bloqueio foram retomados com a chegada de Barack Obama à Casa Branca. Os americanos exigem, como contrapartida ao fim do embargo, avanços na área de direitos humanos.

Próximos da lista

Os 11 presos que chegaram à Espanha fazem parte de uma primeira leva de 20 dissidentes que foram autorizados a deixar o país. Outros seis cubanos consultados pela Igreja Católica decidiram permanecer em Cuba após serem soltos. O governo cubano, contudo, não ofereceu garantias de que eles não sofrerão represálias.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Espanha, os exilados não receberam status de asilados políticos para que possam trabalhar no país. Outros ativistas, que continuam em Cuba, acreditam que essas medidas sejam os primeiros passos para reformas políticas.

NO RESUMÃO


A ditadura cubana decidiu libertar 52 presos políticos nos meses de julho a outubro de 2010. O anúncio da soltura foi feito em 7 de julho. As negociações foram intermediadas pela Igreja Católica cubana e pelo governo espanhol. O primeiro grupo, composto por 11 dissidentes e seus familiares, chegou à Espanha entre os dias 12 e 15 de julho.

Todos os presos beneficiados com a medida fazem parte do "Grupo dos 75", composto por 75 dissidentes presos em março de 2003 durante a "Primavera Negra". Eles foram processados por atividades subversivas e condenados a penas que variam de 14 a 27 anos de prisão.

A pressão internacional pela libertação começou após a morte de Orlando Zapata Tamayo, ocorrida no dia 23 de fevereiro de 2010, após 85 dias em greve de fome. No dia seguinte à morte de Zapata, outro preso político, Guillermo Fariñas, iniciou greve de fome, só suspensa após o comunicado oficial de que os ativistas seriam colocados em liberdade.


José Renato Salatiel

quarta-feira, 14 de julho de 2010

IDEB é alguns pensamentos soltos

O IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.

Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação.

O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos
Os cálculos são feitos bianualmente tendo iniciado a primeira medição em 2005. Após a primeira análise, já houve mais duas medições, em 2007 e 2009.

Todavia, fica evidente a necessidade de uma análise crítica a respeito do índice.

Ensino Fundamental – Anos finais
2005 - 3,5
2007 - 3,8
2009
- 3,9

Ensino Médio
2005 - 3,4
2007 - 3,5
2009 - 3,6

Fonte: http://portal.mec.gov.br

Pensamentos Soltos


Vi no Blog do Italogeo uma post sobre esse assunto, e foi de lá que tirei inspiração pra falar disso aqui. Na verdade o que está aqui foi um comentário que fiz no blog do parceiro. Quer ver o post lá clica aqui

Existe em muitas escolas a coação de professores para aprovarem certa quantidade de alunos, vale ressaltar que no Estado de São Paulo usa-se a progressão continuada.
No ensino fundamental o aluno só é reprovado por milagre, o resultado é uma quantidade imensa de alunos chegando ao ensino médio com defasagens absurdas, sem a menor condição de acompanhar um Ensino com um mínimo de qualidade.
Trabalhei com EJA e recebia alunos que passaram por todo o ensino fundamental sem saber ler e escrever. Não conseguia ler um texto. COMO QUE TAXA DE APROVAÇÃO PODE SERVIR DE INDICADOR NUM ESTADO QUE NÃO SE REPROVA.

Tem eleição este ano!!!! se liga ai JOW!

terça-feira, 13 de julho de 2010

DIA MUNDIAL DO ROCK!!!!

Hoje, dia 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock.

No ano de 1985, Bob Geldof, organizou o Live Aid - festival pelo fim da fome na Etiópia - nodia 13 de julho, a partir daí ficou conhecido como o dia mundial do rock.

O Live Aid foi um festival que aconteceu simultaneamente na Filadélfia (EUA) e em Londres (Inglaterra) e trouxe nomes como Black Sabbath (com Ozzy), Status Quo, INXS, Loudness, Mick Jagger, David Bowie, Dire Straits, Queen, Judas Priest, Bob Dylan, Duran Duran, Santana, The Who e Phil Collins entre muitos outros. Aliás, Phil Collins abriu o show nos EUA e na sequência, voou para Londres para fechar o festival...

Curiosamente, não foi feito nenhum vídeo, CD, DVD sobre o festival até hoje, muito possivelmente pela grande quantidade de artistas envolvidos no projeto.

E pra comemorar o bom e velho rock!!!


Legendários Fail - o programinha xinfrim!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

9 de JULHO É FERIADO... SAIBA POR QUE

Dia 9 de julho é feriado em todo o Estado de São Paulo. Mas por que 9 de julho é feriado? E por que só em São Paulo? Nove de julho, além de ser o nome de uma das principais avenidas da maior cidade da América do Sul, marca o início da chamada Revolução Constitucionalista de 1932. Como o próprio nome diz, a revolução, que acabou com mais de 600 mortes, era uma reivindicação feita pela sociedade paulista por uma nova constituição após a entrada de Getúlio Vargas na Presidência do Brasil.

A data, no entanto, só se tornou feriado em 1997, por determinação do então governador Mário Covas. Conheça a seguir um pouco da história desses voluntários que perderam a guerra, mas conseguiram impor ao novo ditador a redação de uma constituição.

Revolução Constitucionalista de 1932

Até 1930, o Brasil passou por um período conhecido como República Velha. A principal característica dessa fase política era a alternância de poder entre as elites paulistas e mineiras, o que criou a chamada “política café com leite”, em alusão aos dois principais produtos destes estados. Assim, a cada quatro anos, ou um paulista ou um mineiro tornava-se presidente da República.

No final da década de 1920, essas forças políticas se tornaram débeis por causa de fatos como as greves operárias da década e o movimento tenentista (dissidência de oficiais do exército). Com a crise na Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, essa elite que dependia economicamente das exportações se enfraqueceu ainda mais.

Na época, havia eleições “diretas” para presidência. Esses votos, no entanto, não eram universais. Além das mulheres não poderem votar, as eleições eram amplamente fraudadas, com a utilização do chamado “voto de cabresto” (quando os líderes políticos vigiavam os votos dos seus eleitores, que não eram secretos). Disputaram o pleito o paulista Júlio Prestes e o gaúcho Getúlio Vargas.

Prestes “ganhou”, mas não levou. Antes da saída do então presidente Washington Luiz do poder, houve o assassinato do candidato a vice-presidência na chapa de Getúlio, João Pessoa, provavelmente fruto de um crime passional. A morte foi o estopim para a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas tomou o poder.

O governo provisório de Getúlio prometeu uma nova constituição, mas nada ocorreu no primeiro ano. Enquanto isso, principalmente em São Paulo, a resistência ao governo continuou. O movimento se ampliou depois que quatro manifestantes foram mortos por policiais durante um protesto pró-constituição no dia 23 de maio. Mário Martins de Almeida, de 31 anos; Euclydes Bueno Miragaia, de 21; Dráusio Marcondes de Souza, 14 anos, e Antônio Américo de Camargo Andrade, de 30, acabaram tornando-se símbolos do movimento. As iniciais dos seus nomes mais usados formaram a sigla M.M.D.C. (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) e batizou a campanha.

No dia 9 de julho, o ex-candidato Júlio Prestes, com apoio do interventor de São Paulo Pedro de Toledo, deu o estopim para a revolução. O Estado se mobilizou, milhares de pessoas tornaram-se voluntárias, moradores chegaram a doar jóias e ouro pela causa e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) determinou que várias indústrias produzissem material bélico. No final, São Paulo tinha 40 mil soldados, divididos em três frentes principais de combate: as fronteiras com o sul de Minas Gerais e o norte do Paraná e o Vale do Paraíba.
A desigualdade entre as tropas constitucionalistas e as getulistas era grande. Além de um arsenal menor, o número de soldados paulistas era pequeno em relação aos adversários. O governo federal fez uma campanha contra o movimento difundindo a idéia de que São Paulo queria se separar do Brasil, o que ajudou a angariar voluntários.

A intenção dos paulistas era receber apoio de setores insatisfeitos de outros Estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Esses movimentos, no entanto, foram rapidamente inibidos. Em 3 de outubro, as tropas se renderam, após serem negociadas a anistia para os soldados e o exílio para as lideranças.

Com mais de 600 mortos, principalmente paulistas, a revolução acabou, mas teve como fruto uma nova constituição, promulgada em 1934.

Constituição de 1934

Em 1933, foram eleitos os representantes da Assembléia Constituinte, pela primeira vez, com voto feminino. Em julho de 1934, ela foi promulgada. A Constituição de 1934 teve vários itens progressivos em relação as duas anteriores. As novidades da nova carta foram, entre outras:

  • ampliação do princípio da igualdade perante a lei, independente de cor, sexo, idade ou classe social;
  • voto secreto e obrigatório para todos os maiores de 18 anos; criação da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral;
  • nacionalização das riquezas de solo e fontes d´água;
  • proibição do trabalho infantil;
  • criação da jornada de trabalho de oito horas diárias, do descanso semanal remunerado, das férias de 30 dias e da indenização para o trabalhador demitido;
  • regulamentação os sindicatos
A Constituição de 1934 durou cerca de três anos apenas, com o menor tempo de vigência no Brasil até hoje. Em 1937, alegando problemas de segurança nacional, Getúlio Vargas instala o chamado Estado Novo, perseguindo inimigos políticos e abolindo as eleições, por exemplo. A nova Constituição só seria promulgada em 1946, depois da saída do ditador e o estabelecimento de um novo governo, presidido por Eurico Gaspar Dutra.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

UNESP usará o ENEM

Vestibular 2011 da Unesp vai utilizar nota do Enem 2010; USP e Unicamp já descartaram uso do exame

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) vai aproveitar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 apenas como porcentagem da primeira fase do seu vestibular 2011. E apenas para os candidatos que forem para a segunda etapa do processo seletivo. A nota do Enem 2009 também será válida nessa manobra.

A instituição adotou esse mesmo critério para o uso das notas do Enem, nos vestibulares de 2010 - verão e inverno.

A realização do Enem 2010, portanto, não é obrigatória para os vestibulandos que pretendem concorrer às vagas das universidades estaduais paulistas. USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já descartaram o uso do Enem no processo seletivo 2011.

Incompatibilidade de datas

Segundo as assessorias da USP e da Unicamp, as datas escolhidas para a aplicação das provas do Enem 2010, 6 e 7 de novembro, inviabilizam o seu aproveitamento nos vestibulares deste ano, que já estavam com o calendário

Federais Paulistas vão usar Enem

Diferentemente das universidades estaduais, a realização do Enem 2010 é obrigatória para os estudantes que pretendem cursar uma federal paulista em 2011.

UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e UFABC (Universidade Federal do ABC) irão disponibilizar todas as suas vagas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), do MEC (Ministério da Educação). Na Unifesp (Universidade Federal Paulista) a realização do exame é obrigatória, mas a forma de utilização ainda não foi definida.


INSCRISSÕES DO ENEM ACABAM SEXTA 09/07

terça-feira, 6 de julho de 2010

FÉRIAS DE JULHO...

A maior parte dos estudantes agora estão passando por um período de férias que na maior parte dos casos vai até o final do mês... mas para quem é vestibulando essa folga pode ser menor.
O importante é não perder o foco mesmo nas férias. Então o que fazer, vai lá algumas dicas minhas:
- descansar: é necessário dar uma relaxada, sair um pouco, jogar uma bola.

- estudar: não é porque não tem aula que tem que parar geral! manter um ritmo, mesmo que mais lento do que vinha é importante. As férias é perfeita para por os estudos em dia, fazer os exercícios que ficaram para trás.

- calendário: boa época para pegar seu calendário e anotar todas as datas importantes, dias de prova, datas de inscrissões, isenções e tudo mais.

Aprender com Lazer

Alguns filmes podem ser uma boa pedida nas férias, pois tratam de assuntos relevantes em uma linguagem menos cansativa. Eu indico estes:

- O que é isso Companheiro
- Olga
- Zuzu Angel
- O último Rei da Escócia
- Invictus
- Canudos
- Amistad
- American Pie - MENTIRAAAA!!!

Boas férias e até mais.

domingo, 4 de julho de 2010

JOSÉ SARAMAGO 16/11/1922 - 18/06/2010


Escritor defendeu comunismo e contestou dogmas católicos



Provocador tanto na escrita quanto na militância política, José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, no dia 18 de junho de 2010. Foi nessa ilha espanhola que o escritor, único Prêmio Nobel em língua portuguesa, escolheu para se autoexilar de Portugal e viver com a terceira mulher, a escritora espanhola Pilar del Rio.

Saramago escreveu dezenas de livros, entre romances, poesias, ensaios, peças de teatro, diários, crônicas e memórias. Sua obra foi traduzida para cerca de 42 línguas. Um dos seus mais famosos romances, O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), provocou embates com a Igreja Católica e levou o governo português a boicotar a indicação da obra para um prêmio europeu, fato que contribuiu para que o escritor deixasse o país.

Além de escritor, Saramago também foi uma das vozes mais críticas do sistema capitalista e apoiou regimes comunistas, como o cubano. Ateu e comunista até o fim da vida, não se furtou, porém, de expressar uma visão quase mística em alguns de seus livros e de apontar as mazelas do próprio Partido Comunista Português, do qual era membro desde o final dos anos 1960.

Segundo a Fundação José Saramago, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos, decorrente de um câncer que o acometia desde 2007. O corpo do escritor foi velado em Lisboa, onde recebeu homenagens e foi cremado em 20 de junho.

No dia seguinte, jogadores da seleção portuguesa prestaram homenagens ao romancista durante a partida contra a Coreia do Norte, na Copa do Mundo da África do Sul. A pátria, enfim, acolheu seu mais célebre escritor desde Fernando Pessoa.

Começo difícil

O reconhecimento, entretanto, chegou somente após os 50 anos de idade. José de Sousa Saramago era neto e filho de camponeses. Nasceu em 16 de novembro de 1922, na aldeia de Azinhaga, na província de Ribatejo, a 100 km de Lisboa. Tinha dois anos de idade quando a família se mudou para a capital. Sem recursos, não pôde cursar uma universidade.

Antes de se dedicar somente aos livros, exerceu atividades de serralheiro, funcionário público, jornalista e tradutor - traduziu, entre outros, o poeta francês Charles Baudelaire e o escritor russo Léon Tostói.

Publicou seu primeiro romance, Terra do Pecado, em 1947. Neste mesmo ano, nasceu sua filha, Violante, do primeiro casamento, com a pintora Ilda Reis. Em 1970, se divorciou e iniciou um relacionamento com a escritora portuguesa Isabel da Nóbrega. Em 1986 conheceu a jornalista e tradutora espanhola Pilar del Rio, com quem se casou dois anos depois - ela aos 36 e ele com quase 66 anos de idade.

O prestígio internacional como escritor viria aos 60 anos com o romance Memorial do Convento. Em 1986 publicou O Ano da Morte de Ricardo Reis, considerado por muitos críticos (e, ao que parece, pelo próprio autor) como seu melhor livro. Mas foi pelo polêmico O Evangelho Segundo Jesus Cristo que ficaria mais conhecido.

O romance, que humaniza a figura de Jesus, foi condenado pela Igreja Católica. No Brasil e em Portugal, países católicos, também houve reações contrárias. No ano seguinte à publicação, António Sousa Lara, secretário de Estado e Cultura no governo de Cavaco Silva, impediu a candidatura da obra para o Prêmio Literário Europeu. "O livro não representa Portugal nem os portugueses", disse na ocasião. Por conta do clima "inquisitorial", Saramago deixou o país em 1993, para viver nas Canárias com sua mulher.

À parte as desavenças políticas e religiosas, o trabalho como romancista lhe rendeu vários prêmios. Em 1995, recebeu o Luís de Camões, considerado o mais importante em literatura portuguesa, pelo livro Ensaio Sobre a Cegueira, adaptado para o cinema pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles, em 2008. O Nobel de Literatura foi anunciado em 1998, quando Saramago tinha 76 anos, o primeiro e único conquistado por um escritor da lusofonia, ou seja, dos países nos quais o português é falado: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, Timor-Leste e Macau (uma Região Administrativa Especial da República Popular da China).

Revolução dos Cravos

As desavenças com a Igreja Católica (e com as religiões cristãs em geral) ganhariam novo ímpeto com a publicação do último romance de Saramago, Caim, em 2009. No livro, o escritor analisa a história de Caim e Abel no Antigo Testamento. Durante o lançamento mundial da obra, se referiu à Bíblia como "um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana", o que lhe rendeu acusações de superficialidade na leitura e intenções publicitárias com a provocação.

Como intelectual, foi um vigoroso opositor da sociedade capitalista desde os anos 1960. A militância no Partido Comunista Português, ao qual também não poupou críticas, visando sua modernização, o levou a defender - e, em raríssimas ocasiões, atacar - governos como o de Fidel Castro.

Portugal, do mesmo modo que outros países europeus - Alemanha, Itália e Espanha -, foi governado por um partido fascista durante parte da primeira metade do século 20. A ditadura salazarista foi instaurada em 1926, depois de um golpe militar, e durou quase meio século.

Oliveira Salazar governou por meio de um partido único, o União Nacional, de 1933 até 1968, quando se afastou por motivos de saúde. Seu sucessor, Marcelo Caetano, foi deposto pela Revolução dos Cravos, em abril de 1974. A revolução foi um movimento pacífico simbolizado pelo cravo vermelho, flor que era colocada no cano dos fuzis dos soldados que participavam da revolta (cravos vermelhos também foram depositados sobre o corpo de Saramago, no velório em Lisboa).

Numa época de divisões ideológicas, Saramago se opôs ao salazarismo e filiou-se ao Partido Comunista em 1969. Em seguida, iniciou a carreira de jornalista. Quando foi nomeado diretor-adjunto do jornal português Diário de Notícias, em 1975, perseguiu e demitiu colegas que não seguiam sua linha de esquerda. No mesmo ano, saiu do jornal para dedicar-se aos livros.

A atuação política de Saramago, contudo, continuou rendendo polêmicas. Em 2003, depois de décadas de aprovação, ele condenou Fidel Castro pela execução de três cubanos que haviam sequestrado um barco para tentar fugir para os Estados Unidos. Em artigo publicado no jornal espanhol El País, escreveu: "Até aqui cheguei. De agora em diante, Cuba seguirá o seu caminho, eu fico".

No ano anterior, uma declaração provocara mal-estar entre os judeus. Durante visita à cidade palestina Ramallah, o escritor comparou a ocupação de territórios palestinos na Cisjordânia com o campo de concentração nazista de Auschwitz: "É preciso dizer que o que acontece na Palestina é um crime que nós podemos parar. Podemos compará-lo ao que aconteceu em Auschwitz".

No Brasil, onde sempre foi acolhido por escritores e políticos, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, identificou-se com causas sociais. Chegou a participar como jurado, em Brasília, de um tribunal internacional simbólico para julgar o massacre de trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA), ocorrido três anos antes. Pelo mesmo motivo, recusou um doutorado honoris causa (dentre dezenas que recebeu) concedido pela Universidade do Belém do Pará.

Ponto final

O papel de contestador, na vida pública, refletia, de certa maneira, a escrita de Saramago, ousada na forma e cujas histórias interagiam criticamente com seu tempo. Em obras como O Evangelho Segundo Jesus Cristo, ele usa uma pontuação peculiar: evita pontos finais, marcando o ritmo e as pausas com vírgulas, e substitui o travessão como indicativo de diálogos por uma letra inicial maiúscula. Como nessa passagem:

"Disse Jesus, Estou à espera, De quê, perguntou Deus, como se estivesse distraído, De que me digas quanto de morte e de sofrimento vai custar a tua vitória sobre os outros deuses, com quanto de sofrimento e de morte se pagarão as lutas que, em teu nome e no meu, os homens que em nós vão crer travarão uns contra os outros, Insistes em querer sabê-lo, insisto, Pois bem, edificar-se-á a assembleia de que te falei, mas os caboucos dela, para ficarem bem firmes, haverão de ser cavados na carne, e os seus alicerces compostos de um cimento de renúncias, lágrimas, dores, torturas, de todas as mortes imagináveis hoje e outras que só no futuro serão conhecidas (...)"

A intenção dessa escrita - iniciada com o romance Levantado do Chão - era deixar o texto mais próximo da tradição oral.

Saramago também misturava, em suas narrativas, fatos históricos e ficção para construir parábolas, como em Memorial do Convento, A Jangada de Pedra e A Viagem do Elefante. Em Ensaio sobre a Cegueira, por exemplo, que conta a história de uma estranha doença que deixa a população de uma cidade cega, o escritor usa a premissa da privação do sentido para apontar os defeitos da sociedade de consumo, que coloca em primeiro plano as aparências. Somente depois de cegos os personagens conseguem enxergar as qualidades que os distinguem como seres humanos.

Saramago deixou um livro inacabado, Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas!, que fala sobre o tráfico de armas. O título é uma referência a um verso do dramaturgo português Gil VIcente. Ainda não há previsão para a publicação do romance.

José Renato Salatiel

Livros mais importantes

  • Levantado do Chão (Bertrand Brasil)
  • Memorial do Convento (Bertrand Brasil)
  • O Ano da Morte de Ricardo Reis (Companhia das Letras)
  • História do Cerco de Lisboa (Companhia das Letras)
  • O Evangelho segundo Jesus Cristo (Companhia das Letras)
  • Ensaio sobre A Cegueira (Companhia das Letras)
  • As Intermitências da Morte (Companhia das Letras)

    Adaptações para o cinema

  • A jangada de pedra
  • A maior flor do mundo
  • Ensaio sobre a cegueira
  • Embargo