segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Alunos desconhecem como funciona a pontuação do Enem

Pesquisa Ibope mostra que 86% dos estudantes entendem 'mais ou menos' ou não entendem como são pontuados

A maior parte dos estudantes tem dúvidas sobre como funciona a pontuação final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo pesquisa divulgada pelo Ibope, feita pelo painel Conectaí, com 1.953 usuários que navegaram no site do Guia do Estudante, entre 4 e 9 de junho, 86% dos estudantes entendem mais ou menos ou não entendem como são pontuados.
O levantamento mostra que 62% dos estudantes entendem mais ou menos como funciona a pontuação, 24% não entendem e 14% entendem muito bem. A pesquisa mostra também que 23% dos estudantes desconfiam do sistema de correção do exame, 20% não confiam nem desconfiam e pouco mais da metade, 58%, dizem confiar nas correções.
Todos os anos, o Enem é alvo de processos judiciais. Especialistas e estudantes dizem que a desconfiança e o desconhecimento vêm da falta de transparência na divulgação dos resultados.

Bruno Zanardo/Fotoarena
Candidatos com objetivos diferentes chegam para fazer o Enem 2012 na zona oeste de São Paulo

O especialista em Enem e presidente de honra do Cursinho Henfil de São Paulo, Mateus Prado, explica que a nota do Enem é dada por desvio padrão. Dessa forma, mesmo que um estudante acerte o mesmo número de questões que outro estudante, isso não garante que eles tenham a mesma pontuação.
“Primeiro todas as provas são corrigidas, depois verifica-se a porcentagem de estudantes que acertaram uma questão ou outra. Aqueles que erram questões que a maioria acerta têm a pontuação reduzida, pois é esperado que tenham esse conhecimento. O que acontece é que aqueles que acertaram muito ficam com a impressão que tiraram uma nota menor e a grande maioria acredita que tirou mais do que acertou".
Prado diz que o sistema é melhor para que seja avaliado o conhecimento do estudante, mas também mais complexo. Outra dificuldade é a falta de transparência: mesmo que o aluno saiba fazer os cálculos ele não consegue, por não ter disponíveis todas as variáveis.
“Só quem tem conhecimento das questões consideradas fáceis, médias ou difíceis é o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - responsável pelo exame]. Mesmo que os alunos soubessem como é feito o cálculo, não conseguiriam fazer e isso causa muita indignação”, diz uma das diretoras do 3º ano do Pré-Vestibular Charles Darwin, de Vitória e Vila Velha (ES).
Segundo ela, a falta de transparência também na correção das redações faz com que um baixo percentual confie nas correções. “Esse índice deveria ser não 58%, mas 80%, 90%. Levada para um universo mais amplo, a pesquisa mostra que de 6 mil inscritos no exame, pouco mais de 3 mil confiam nas correções”.
A estudante Thais Bastos se sentiu injustiçada com as correções e levou o caso à Justiça no último exame. “Ninguém sabe explicar direito a pontuação”, disse. Ela reclama da “ausência da possibilidade de revisão de qualquer parte da prova”. Segundo a estudante, caso pudessem ser revisitadas questões pontuais poderiam ser aperfeiçoadas, o que não é possível conhecendo-se apenas a nota final.
O também estudante Ricardo Bolelli disse que teve aulas no cursinho sobre como a nota do Enem é calculada. Mesmo assim decepcionou-se quando veio o resultado. Ele obteve uma nota maior no segundo ano, quando fez a prova apenas para treinar. Na ocasião, ele acertou 130 questões. “A nota foi maior do que a do Enem que fiz no meu terceiro ano do ensino médio e acertei 150 questões da prova. Vivemos a realidade da prova. Presenciamos casos que nos fazem perder a fé no exame. Pessoas que acertam 20 questões a menos e mesmo assim tiram notas maiores”.
Thais e Ricardo também reclamaram da correção das redações. “Todo ano o Ministério da Educação (MEC) vem com inovações que teoricamente garantirão correções mais justas, mas não é isso que vemos na prática”, diz Ricardo.
O Inep considera positivo o fato de quase 60% dos estudantes confiarem na correção e apenas 23% desconfiarem. Além disso, a autarquia informa que são disponibilizados vários canais para que os estudantes tenham acesso a informações do exame. O Inep cita o espaço virtual do Enem; o próprio edital, que informa os critérios utilizados na correção da prova objetiva e da redação, assim como esclarecimentos sobre o cálculo da nota final do exame; o site do Inep; além do atendimento pelo telefone 0800 61 61 61 ou pelo espaço virtual da autarquia.
Em relação à correção das redações, o MEC fez vários ajustes para o Enem 2013. A expectativa é que o processo seja mais rigoroso e ainda mais confiável. Entre as medidas, brincadeiras não serão toleradas e os corretores terão mais horas de treinamento.
A pesquisa do Ibope mostra ainda que a maioria dos que responderam à pesquisa, 73% vão usar o Enem para participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) - que seleciona candidatos a vagas de instituições públicas de ensino superior -, 44% usarão o Enem também para concorrer a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) - em instuições particulares de ensino superior - e 27% para obter um financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O Enem de 2013 recebeu número recorde de inscrições, 7.173.574. As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro.

fonte:IG

sábado, 24 de agosto de 2013

Primeira leva de médicos cubanos chega a Recife em clima de festa

Angela Lacerda - O Estado de S. Paulo
RECIFE - Os primeiros 30 médicos cubanos a desembarcarem na tarde de hoje no Aeroporto de Guararapes, no Recife, foram recebidos com faixas e gritos de boas vindas por 20 integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) e da União de Estudantes Metropolitanos Secundaristas (Ubes). 
Vestidos com jalecos e carregando as bandeiras do Brasil e de Cuba, durante a entrevista, eles disseram felizes com a recepção e afirmaram que querem colaborar pelo benefício da população mais pobre. Distribuíram sorrisos no aeroporto e tremularam as bandeiras de Brasil e de Cuba. “A motivação de nossa vinda é a solidariedade. Somos médicos por vocação. Não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou o médico Nelson Rodrigues, em resposta aos questionamentos dos repórteres sobre o baixo salário.

Na chegada, os jovens brasileiros recepcionaram o grupo cantando a música Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, com modificações na letra. “O abre alas que os cubanos vão passar/ É mais saúde para a população/ Sejam bem-vindos e tenham a nossa gratidão.

Faziam parte do grupo cerca de 200 médicos, que vieram em voo fretado da empresa aérea Cubana. Trinta ficaram em Pernambuco e vão se juntar a outros médicos estrangeiros em alojamentos do Exército. Na segunda-feira, começa curso de treinamento de três semanas sobre legislação sanitária e língua portuguesa. Todos têm experiência em trabalhos em outros países, como Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala e Honduras.

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,primeira-leva-de-medicos-cubanos-chega-a-recife-em-clima-de-festa,1067436,0.htm

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Dica de Filme: MEMÓRIAS DO CHUMBO

Esse é um dos 4 documentários sobre a Operação Condor. Relaciona sempre futebol e ditadura, no youtube tem os 4 episódios (Brasil, Chile, Uruguai e Argentina).

O do Brasil está aqui

terça-feira, 20 de agosto de 2013

10 ideias errôneas que temos sobre a África

Uma jornalista da Namíbia, Christine Vrey, estava revoltada com a ignorância das pessoas com quem já conversou a respeito de seu continente natal, a África. Segundo ela, o mundo ocidental sabe muito menos do que deveria sobre o continente africano, pecando por ignorância e preconceitos. Pensando nisso, Christine elaborou uma lista com dez ideias enganosas sobre o continente. Confira:

10 – A ÁFRICA É UM PAÍS
Africa
Pode parecer inacreditável, mas muitas pessoas, segundo ela, ainda pensam que a África inteira é um país só. Na verdade, o continente africano tem 61 países ou territórios dependentes, e população superior a um bilhão de habitantes (o que faz deles o segundo continente mais populoso, atrás apenas da Ásia).

9 – A ÁFRICA INTEIRA É UM DESERTO
Africa
Dependendo das referências (alguns filmes, por exemplo), um leigo pode imaginar que a África inteira seja um deserto escassamente povoado por beduínos e camelos. Mas apenas as porções norte e sudoeste do continente (desertos do Saara e da Namíbia, respectivamente) são assim; a África apresenta um rico ecossistema com florestas, savanas e até montanhas onde há neve no cume.

8 – TODOS OS AFRICANOS VIVEM EM CABANAS
Africa
A fama de continente atrasado permite, segundo Vrey, que muitas pessoas achem que a população inteira habite cabanas com paredes de terra e teto de palha. A África, no entanto, tem moderníssimos centros urbanos nos quais vive, na realidade, a maior parte da população. As pessoas que habitam tais cabanas geralmente vêm de grupos tribais que conservam suas vilas no mesmo estado há muitas décadas.

7 – OS AFRICANOS TÊM COMIDAS ESTRANHAS
Africa
Uma cidade africana, de acordo com a jornalista, se assemelha a qualquer outra localidade ocidental no quesito alimentação: pode-se encontrar qualquer lanchonete de fast food, por exemplo. Christine explica que os hábitos alimentares dos africanos não diferem muito do nosso, exceto pelo que se come em algumas refeições, como o “braai” (o equivalente ao nosso churrasco).

6 – HÁ ANIMAIS SELVAGENS POR TODA PARTE
Africa
Em uma cidade africana, você verá o mesmo número de leões ou zebras que encontraria nas ruas de qualquer metrópole mundial: zero. Não há absolutamente nenhuma condição favorável para eles nos centros urbanos, é óbvio que vivem apenas em seus habitat naturais. Se você quiser ir à África com o intuito de observar animais selvagens, terá que fazer uma viagem específica para esse fim.

5 – A ÁFRICA É UMA EXCLUÍDA DIGITAL
Africa
A jornalista Christine conta que ainda conversa com pessoas, pela internet, que ficam surpresas pelo simples fato de que ela, uma africana, tem acesso a computadores e internet! Um dos interlocutores da jornalista chegou a perguntar se ela usava um computador movido a vapor. Ela explica que a tecnologia não perde muito tempo em fazer seus produtos mais modernos chegarem até a África, e que eles estão cada vez menos atrasados em relação ao resto do mundo.

4 – EXISTE O “IDIOMA AFRICANO”
Africa
Da mesma forma que ainda há gente que considera a África um único país, também existem pessoas que imaginam todos os habitantes do continente falando a mesma língua. Christine explica que apenas na Namíbia, de onde ela veio, há mais de 20 idiomas usuais, incluindo mais de um “importado” e alguns nativos. Nenhum país do continente tem menos de cinco dialetos correntes.

3 – A ÁFRICA TEM POUCOS HOTÉIS
Africa
Não é uma missão impossível encontrar hospedaria em uma visita ao continente africano. As maiores cidades do continente dispõem de dezenas de hotéis disponíveis para turistas. Só nas oito maiores cidades da África do Sul, segundo Vrey, existem 372 hoteis.

2 – OS AFRICANOS NÃO SABEM O QUE É UM BANHEIRO
Africa
Há quem pense, de acordo com a jornalista, que todos os africanos sejam obrigados a fazer suas necessidades atrás do arbusto ou em latrinas a céu aberto. Isso vale, segundo ela, apenas para as áreas desérticas e vilarejos afastados. No geral, uma casa na África dispõe de um vaso sanitário muito semelhante ao seu.

1 – TODOS OS AFRICANOS SÃO NEGROS
Africa
Da mesma forma que houve miscigenação de raças na América, devido às intensas migrações de europeus, a África também recebeu essas misturas. Na Namíbia, por exemplo, há famílias africanas brancas descendentes de franceses, holandeses e portugueses. Mas não há apenas isso: o continente também abriga grandes comunidades de indianos, chineses e malaios, de modo que não se pode falar em “raça africana”.
Christine Vrey também explica que não existe uma “raça negra”. Muitas pessoas, de acordo com a jornalista, acham que todos os negros são da mesma raça ou grupo étnico. Ela conta que já ouviu pessoas descreverem a própria descendência como sendo, por exemplo, ¼ britânicos, ¼ hispânicos, ¼ russos e ¼ “negros”.
Isso é um engano: há várias características físicas dissonantes entre os povos de pele escura. As diferenças começam pela própria tonalidade: alguns povos têm a pele mais “avermelhada” ou mais marrom do que outros, e alguns são menos escuros, sem levar em conta a miscigenação. Não é possível falar, portanto, em “negros” simplesmente.
Stephanie D’Ornelas


Estes artigos discutem o mesmo tema: 

Planos de Aula - Africa: Riquezas e Glórias - A história que ninguém contou

“Você não sabe nada sobre minha história” - Dois Africanos

África: Um Continente sem História? Emir Sader

'A África que existe na cabeça das pessoas é folclorizada', diz Mia Couto


Fonte: Kultafro

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Unicamp abre inscrições para vestibular; bônus para aluno de pública dobra

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) abriu as inscrições para o vestibular 2014 da instituição. O cadastro deve ser feito pela internet até o dia 13 de setembro. A taxa de inscrição é de R$ 140. 
Conforme a Unicamp já havia anunciado em junho, a bonificação oferecida através do Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social) será dobrada. 

Os estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas brasileiras terão direito a 60 pontos (antes eram 30) a mais na nota final do vestibular. Já os estudantes que fizeram o ensino médio integralmente em escolas públicas e que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas receberão, além dos 60 pontos, outros 20 (eram 10) pela cor/etnia, totalizando 80 pontos.
No total, são oferecidas 3.460 vagas distribuídas em 69 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp (Faculdade pública de Medicina e Enfermagem de São José do Rio Preto). 
A primeira fase será realizada em 10 de novembro de 2013 e a segunda fase, nos dias 12, 13 e 14 de janeiro de 2014. As provas serão realizadas em 16 cidades do Estado de São Paulo, além de duas capitais: Bauru, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Jundiaí, Limeira, Mogi Guaçu, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba e Sumaré. Este ano, a Unicamp informou que deixará de aplicar as provas em Fortaleza e Salvador. 
O processo seletivo será realizado em duas fases: A primeira fase tem duas partes: a redação (com duas propostas de textos a serem realizadas) e a parte de conhecimentos gerais (com 48 questões de múltipla escolha, baseadas nos conteúdos das diversas áreas do conhecimento desenvolvidas no ensino médio).
Todas as provas da segunda fase serão discursivas. No primeiro dia os candidatos fazem os exames de língua portuguesa e de literaturas da língua portuguesa e prova de matemática; no segundo dia serão aplicadas as provas de ciências humanas e artes e de língua inglesa; já o terceiro dia é destinado para a prova de ciências da natureza.

Isenção e redução

Os candidatos isentos do pagamento da taxa devem realizar a inscrição no vestibular, no mesmo período dos demais candidatos, utilizando o código específico de candidato isento. Segundo a Unicamp, 4.002 candidatos receberam isenção do pagamento.
Entre as 9h de amanhã (20) e as 17h de sexta-feira (23), é possível solicitar a redução parcial (50%) da taxa de inscrição. O resultado será divulgado em 30 de agosto. 

CALENDÁRIO DO VESTIBULAR 2014 DA UNICAMP

Inscrições e Pagamento da Taxa de Inscrição19/08 a 13/09/2013
Provas de Habilidades Específicas para os cursos de Música3/10 a 7/10/2013
1ª fase10/11/2013
Divulgação da lista de aprovados para a 2ª fase e locais de prova20/12/2013
2ª fase12, 13 e 14/01/2014
Provas de Habilidades Específicas (exceto para os cursos de Música)20 a 23/01/2014
Divulgação da chamada para matrícula virtual3/02/2014
Matrícula virtual4 e 5/02/2014
Divulgação da 1ª chamada para matrícula presencial7/02/2014
Matrícula da 1ª chamada12/02/2014

Enem 

Sobre o uso da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na composição do resultado do vestibular, a Unicamp informa que: 
  • só serão utilizadas as notas do Enem para fins de classificação para a segunda fase do vestibular caso o Ministério da Educação disponibilize o cadastro e as notas relativas ao Enem 2013 até o dia 29 de novembro de 2013. Caso contrário, as notas do Enem, de 2012 ou de 2013, não serão consideradas para nenhum candidato nessa fase do vestibular;
  • só serão utilizadas as notas do Enem para compor a nota da primeira fase no cálculo da nota final do vestibular caso o Ministério da Educação disponibilize o cadastro e as notas relativas ao Enem 2013 até o dia 21 de janeiro de 2014. Caso contrário, as notas do Enem, de 2012 ou de 2013, não serão consideradas para nenhum candidato do vestibular.

Mudanças

O vestibular 2014 da Unicamp oferece dois novos cursos de graduação: administração, com 180 vagas, no período noturno, e administração pública, com 60 vagas, também no período noturno. Os cursos serão ministrados na Faculdade de Ciências Aplicadas de Limeira.
O curso de Medicina da Famerp passa a ter 80 vagas - antes eram 64.
Os cursos de gestão do agronegócio, gestão de comércio internacional, gestão de empresas e gestão de políticas públicas deixam de ser ofertados. 

domingo, 18 de agosto de 2013

10 temas essenciais de geografia

Guia de estudos: confira 10 temas essenciais de geografia

Lucas Rodrigues
Do UOL, em São Paulo
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Confira dez temas importantes de geografia para o vestibular10 fotos

8 / 10
Relevo: processos de formação, principais formas no Brasil e placas tectônicas. "Nesse tema, é comum ser abordada a relação da ocupação do espaço geomorfológico e suas consequências", afirma Silvanio Fortini, professor do Colégio Magnum, de Belo Horizonte. Na foto, vista aérea do Pantanal, maior planície de inundação do planeta, nas proximidades do rio Negro, no Mato Grosso Luciano Candisani/CI/Divulgação
Conceitos que envolvem mudanças no clima, fontes alternativas de energia e globalização devem estar na ponta da língua dos estudantes que irão encarar a maratona de vestibulares no final deste ano. Para ajudá-los, o UOL preparou uma lista com dez temas essenciais de geografia.

GUIA DE ESTUDOS

  • AFP
    10 temas essenciais de química
  • Rodrigo Capote/Folhapress
    10 temas de matemática
Esse é o terceiro roteiro de uma série que trará o guia de estudos de uma disciplina por dia.
O compilado foi feito com a ajuda dos professores dos cursinhos Anglo, Paulo Moraes, CPV, Adriano Baroni, e Oficina do Estudante, Bruno Saneti. Confira a seguir:
  • Globalização: Processo de internacionalização das relações econômicas capitalistas, apoiado em novas tecnologias de transporte e telecomunicações e na ampliação da capacidade produtiva
Para Bruno Saneti, da Oficina do Estudante, a globalização está relacionada com a economia entre os países. "Se você pega questões sobre movimentos migratórios, você está falando de globalização", analisa. 
Alexandre Gobbis, professor do Cursinho do XI, aposta em questões envolvendo a crise de 2008 e a então saída do Paraguai do bloco liderado pelo Brasil. "O que estamos vendo agora são os blocos em crise, a zona do euro, o Mercosul."
"Esta revolução científica está relacionada com a segunda globalização, como a gente conhece, que só aconteceu por causa desse desenvolvimento da tecnologia originada principalmente durante o período da Guerra Fria", diz Saneti.
  • .Potências emergentes: A sigla Brics dá nome a um grupo formado por potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A importância do grupo ultrapassou a área econômica e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em discussões políticas. Para Adriano Baroni, do CPV, o aluno deve ter em mente que são países de diversas origens (ex-colônias, ex-socialistas, "socialismo de mercado" no caso da China, por exemplo) que irão apresentar significativos níveis de desenvolvimento econômico
É importante estar atento ao fortalecimento do setor industrial e tecnológico, aumento da capacidade exportadora (principalmente das commodities, no caso do Brasil e África do Sul) e expansão dos mercados consumidores internos (com significativa melhoria das condições de vida de seus cidadãos).
  • Clima: elementos climáticos, como a umidade, pressão atmosférica e temperatura; fatores de determinação do clima; e as mudanças do clima e suas consequências.
O professor Saneti acredita que o estudante deve saber a diferença entre fatores e elementos climáticos e entre clima e tempo. Assuntos como o aquecimento global, camada de ozônio e até mesmo o frio que a região centro-sul do país teve no mês de julho podem ser abordados.
  • Teorias demográficas: Teoria Malthusiana (a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado a uma progressão geométrica, e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética); Neomalthusiana; e Reformista 
Saneti acredita que o tema é muito importante e lembra que o recente livro de Dan Brown "Inferno" discorre sobre população, podendo ser um "gancho" para alguma questão.
"É bom saber sobre os erros da teoria malthusiana, a volta dela no pós-Segunda guerra por causa do 'baby boom'. Eles tentam usar a teoria novamente sem os erros do século 18, mas mesmo assim continuam os problemas. Sabemos que a dificuldade não é a falta de recursos, mas sim a distribuição", analisa. 

  • Fontes de energia: Alteração da matriz energética, fontes convencionais ou alternativas
"Assunto recorrente, principalmente com relação à queima de combustíveis fósseis", diz Saneti. O professor lembra ainda que o petróleo é ainda o combustível mais usado no planeta, e questões envolvendo problemas ambientais, diminuição desses recursos e busca por novas alternativas são corriqueiras também. 
O assunto inclusive já foi abordado na redação do Enem do ano passado. "Podemos afirmar que o Brasil se considera, de maneira errada, um país que aceita muito bem as diferenças, os imigrantes, e não é bem assim. Em São Paulo, por exemplo, a gente vê o preconceito que o nordestino sofre. Então temos de certa forma o crescimento da xenofobia por aqui", analisa o professor da Oficina.
Para Baroni, do CPV, os alunos devem reconhecer os agentes internos (criadores do relevo) e os agentes externos (modeladores do relevo). Partindo desta relação, estabelecer o dinamismo do processo de formação das unidades do relevo no Brasil e identificar as diferenças entre as depressões (predominantes), os planaltos e as planícies.
"O processo de formação dos solos deve ser entendido no contexto da ação do intemperismo [físico e químico] da formação do relevo. Desgaste e decomposição das rochas são fundamentais para a formação dos solos. Quanto ao seu uso e degradação, deve ser diferenciado o agronegócio [agressivo e impactante] das diversas formas sustentáveis de produção agrícola, principalmente aquelas que envolvem a agricultura familiar", diz Baroni.
  • Recursos hídricos: potencial e aproveitamento (hidroeletricidade, irrigação e transporte)
Regiões tropicais, áreas sedimentares e as grandes bacias hidrográficas passam a ser vistas como áreas estratégicas na produção energética renovável, no aproveitamento agrícola de áreas secas (irrigação) e como modalidade de transporte capaz de reduzir de forma significativa o custo de produção e aumentar a competitividade dos produtos. 
O Brasil, com seu gigantesco potencial hídrico, passa a se destacar como detentor de um dos maiores potenciais do mundo.

domingo, 11 de agosto de 2013

ESTUDO DO MEIO: CIDADES HISTÓRICAS COLÉGIO FUNDAMENTUM

Muitas... muitas... muitas horas de estrada, mas sempre vale a pena.