quarta-feira, 27 de julho de 2011

Partido Comunista faz 90 anos, sustentado pelo capitalismo


O Partido Comunista chinês completou 90 anos de fundação no dia 1o de julho. No comando do país mais populoso do planeta, o partido sobreviveu ao colapso dos regimes comunistas do século 20 e continua mais forte do que nunca.

Vive, no entanto, um paradoxo que precisa ser solucionado: uma moderna e dinâmica economia de mercado aliada a um Estado repressor que limita as liberdades individuais e que destoa das democracias em vigor nos demais países desenvolvidos.

Para se adaptar ao mundo globalizado, o PC chinês precisou adotar o modelo econômico capitalista. As reformas começaram em 1978. Em três décadas, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu numa média anual de 10%, tirando 400 milhões de pessoas da pobreza.
O "milagre" chinês transformou um país agrário e analfabeto na atual segunda maior potência econômica do mundo, atrás somente dos Estados Unidos.

Na política, o governo mantém o controle total sobre a vida dos chineses. Não tolera oposição, reprime com violência os dissidentes e censura a imprensa e a internet. O país vivencia uma das maiores ondas de repressão dos últimos anos, tendo como alvo os ativistas pró-democracia (inspirados pelas revoltas no mundo árabe), tibetanos e outras minorias étnicas.

Hoje, o partido gasta mais com segurança interna, na censura e repressão ao povo, do que com a própria segurança externa.

O regime ditatorial é o ponto fraco no domínio do partido, que sofre críticas de países ocidentais. Apesar disso, conta com o apoio da maior parte da população, beneficiada pelos avanços na área econômica.

O PC chinês foi fundado em 1921, numa reunião clandestina em Xangai, com apenas 53 integrantes (hoje possui 80,2 milhões de filiados, segundo dados oficiais). Entre os delegados presentes no primeiro encontro estava o líder revolucionário Mao Tsé-tung, então com 27 anos. O líder é cultuado até hoje naChina.

Massacres

O PC chegou ao poder em 1o de outubro de 1949, com a Revolução Chinesa, depois de combater os nacionalistas e os invasores japoneses. Nas três décadas seguintes, sob a liderança de Mao Tsé-tung, promoveu uma desastrosa campanha para modernizar o país que matou cerca de 20 milhões de pessoas de fome.

Em 4 de junho de 1989, o Exército Chinês tomou a praça da Paz Celestial(Tiananmen), em Pequim, e sufocou o maior protesto pró-democracia já ocorrido no país. Sete mil pessoas morreram, segundo estimativas de órgãos independentes.

Nos eventos de comemoração aos 90 anos, o governo quis deixar esse passado esquecido e divulgar os progressos recentes que tornaram o país rico. A festa foi um imenso esforço de propaganda, com o lançamento de um filme oficial sobre o partido, desfiles patrióticos e inauguração de obras como a mais extensa ponte sobre o mar do mundo, com 41,58 km, na cidade litorânea de Qingdao.

Em discurso na capital, o presidente e secretário-geral do PC, Hu Jintao, disse que o partido aprendeu com os erros do passado e que vai, daqui para a frente, combater a corrupção de membros do governo. A partir do ano que vem, a cúpula do partido começa a se renovar.

Revolução Chinesa

A China foi uma das civilizações mais avançadas do mundo antigo. Na era das dinastias, porém, o sistema feudal do Império deixou o país em desvantagem em relação às nações europeias. Assim, no início do século 19, o território chinês foi ocupado por estrangeiros.

A revolta contra o domínio colonial gerou levantes populares entre os camponeses, que perfaziam 80% da população. Foi nos campos que surgiram o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês), que proclamou a República entre 1911 e 1912, e o partido comunista.

No início, o PC e o Kuomintang eram aliados contra as potências colonialistas. Mas com o golpe militar em 1927, promovido pelos nacionalistas, os comunistas foram para a clandestinidade e adeririam à luta armada.

Sob a liderança de Mao Tsé-tung, o PC chinês derrotou o Partido Nacionalista e proclamou em 1949 a República Popular da China, como apoio da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

A China era então um país pobre, atrasado e destruído por mais de duas décadas de guerras civis. Por isso, Mao promoveu o Grande Salto Adiante (1958-1961), uma campanha de aumento da produção agrícola e industrialização. Os resultados, entretanto, foram catastróficos: milhões de chineses morreram de fome.

Outro período traumático foi a chamada Revolução Cultural, ocorrida entre 1966 e 1977. Nesta época, o exército prendeu, exilou e matou intelectuais e pessoas consideradas inimigas do governo.

Após a morte de Mao, Deng Xiaoping assumiu a liderança e realizou reformas políticas e econômicas, entre 1978 e 1980. As reformas tiveram como maior característica a abertura do mercado. Foram elas que garantiram a permanência do comunismo na China depois da queda dos regimes no Leste Europeu e possibilitaram que o país se tornasse uma das nações mais ricas do planeta.

http://educacao.uol.com.br/atualidades/china-partido-comunista-faz-90-anos-sustentado-pelo-capitalismo.jhtm

finte:

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dica de BLOG

O Blog de hoje é de um velh0 amigo, Lucas Kerr. Pós graduado em Relações Internacionais seu blog é uma ótima pedida;

terça-feira, 19 de julho de 2011

Inscrições para vestibular 2012 da Unesp começam em 5 de setembro; veja outras datas

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) receberá as inscrições para o vestibular 2012 entre os dias 5 de setembro e 7 de outubro. Serão ofertadas 6.629 vagas em 156 opções de cursos. As inscrições serão feitas pela internet, no www.vunesp.com.br.

A taxa custará R$ 110. Os pedidos de isenção serão aceitos entre os dias 8 e 14 de agosto. Alunos do último ano de ensino médio de escolas públicas paulistas (Secretaria da Educação do Estado e Centro Paula Souza) terão um desconto de 75% do valor da taxa.

As provas da primeira fase serão aplicadas em 6 de novembro. Os exames de habilidades, destinados aos cursos da capital (arte-teatro, artes visuais e música) e de Bauru (arquitetura e urbanismo, design e educação artística), serão realizados entre os dias 5 e 16 de dezembro, apenas para os candidatos convocados para a segunda fase.

Os exames da segunda fase serão realizados nos dias 18 e 19 de dezembro, e a divulgação dos resultados finais está prevista para 27 de janeiro de 2012. As matrículas dos convocados em primeira chamada acontecerão nos dias 8 e 9 de fevereiro.

Outras informações podem ser obtidas nos sites da Vunesp e da Unesp.

http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2011/07/11/inscricoes-para-vestibular-2012-da-unesp-comecam-em-5-de-setembro-veja-outras-datas.jhtm

fonte:

sábado, 16 de julho de 2011

Hoje é "nozes" no Altas Horas


Alunos do OPÇÃO DE SÃO CARLOS NO ALTAS HORAS

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Economia e baixa natalidade diminuem migração interna no Brasil

Os brasileiros vêm se deslocando menos internamente nos últimos 15 anos e os grandes movimentos migratórios do Nordeste para o Sudeste chegaram ao fim, de acordo com o relatório Deslocamentos Populacionais do Brasil, divulgado nesta sexta feira pelo IBGE. Para uma das condutoras da pesquisa, a economia e a baixa natalidade explicam a tendência. Em 15 das 27 unidades da federação (Estados e o DF) a entrada e a saída de migrantes praticamente se equilibrou entre 2004 e 2009. Nenhum Estado foi classificado como "de forte evasão" nem de "forte absorção migratória".

Segundo a pesquisadora Leda Ervatti, uma das autoras do estudo, que reúne dados do Censo e do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) desde 1994, o fim dos grandes excedentes populacionais e a desconcentração dos polos econômicos ajudam a explicar a tendência. "Nas décadas de 60 e 70, os grandes fluxos incluíam populações rurais migrando para as cidades, com grandes contingentes se deslocando do Nordeste para o Sudeste. Isso também ocorria porque existia um grande excedente populacional, com altas taxas de natalidade e a mortalidade já baixando naquela época", diz.

Segundo dados do IBGE, em 1960 a brasileira tinha em média 6,3 filhos, índice que caiu para 2,3, em 2000. A maior uniformidade no desenvolvimento econômico, hoje não apenas concentrados no Sudeste, também explica o equilíbrio populacional na maioria dos Estados, com poucas exceções.

Para a pesquisadora, a demografia e a economia tiveram papel complementar neste processo. Dados do IBGE mostram que entre 1995 e 2007, a participação do Sudeste no PIB nacional caiu de 59,1% para 56,4%, enquanto a do Nordeste aumentou de 12% para 13,1%.

Novos atrativos

O estudo também indica que metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro não têm mais exclusividade na atração dos migrantes, que agora buscam cidades de economia dinâmica, nos arredores das capitais. É o caso de Sorocaba, destino da cearense Natália Mendonça, de 23 anos.

Nascida em Fortaleza, ela se mudou há três anos para a cidade paulista de 586 mil habitantes, para se juntar aos tios, que haviam deixado o Estado natal havia 25 anos. "Eu completei o ensino médio e vim passar férias. Como aqui tem mais oportunidades, resolvi ficar", conta Natália, que trabalha como auxiliar administrativa e aguarda o resultado de uma bolsa para cursar publicidade em uma universidade local.

O caso de Natália, no entanto, é muito diferente do dos tios com quem vive hoje. Seus parentes deixaram o Ceará há 25 anos, quando o contingente de nordestinos que se dirigiam para o Sudeste ainda era intenso.

Em números absolutos, o Sudeste ainda continua a ser a região que mais absorve brasileiros que decidem mudar de Estado. O Nordeste também é a região que mais expulsa seus habitantes. Nos nos dois casos, no entanto, os números são menores que no passado. E nas duas regiões, o fluxo de entrada e saída de pessoas também atingiu o equilíbrio, a chamada "rotatividade migratória". Entre 2004 e 2009, 656,3 mil pessoas chegaram ao Sudeste e 668,8 mil saíram. Ou seja, os brasileiros ainda estão se movendo, mas já não deixam a terra natal esvaziada nem encontram o novo destino abarrotado de novos habitantes.

Tendência

Tradicionalmente um Estado de absorção de migrantes, São Paulo viu o seu fluxo migratório (a diferença entre os que chegam e os que saem) entrar em equilíbrio. Mas há ainda regiões que "expulsam" suas populações, embora num volume muitíssimo menor que antes.

Alagoas é o único Estado classificado como área de "média evasão migratória". Entre os de baixa evasão estão a Bahia, o Maranhão, o Piauí, o Pará e o Tocantins, nos dados de 2009. No outro lado da estatística, recebendo gente, estão Espírito Santo e Goiás, os dois únicos Estados classificados como área de média absorção, além de Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Amapá e Amazonas, considerados de baixa absorção.

Leila ressalta, no entanto, que os números de 2009 aprofundam uma tendência que começa a se observar ainda na década de 1980 e ganharam força nos últimos 15 anos.

Curta distância

Segundo a pesquisadora do IBGE, "enquanto diminui os deslocamentos de grande distância, há indícios de que aumenta a migração de curta distância", entre municípios de um mesmo Estado e cidades da mesma região. Os dados também mostram o aumento na chamada migração pendular – ou seja, de pessoas que estudam ou trabalham em outra cidade.

Chama a atenção ainda, em vários Estados, o percentual de "retornados" no contingente de migrantes que se estabelecem no local. O Rio Grande do Sul é o que relativamente mais recebeu os antigos moradores de volta, ou 23,98% dos 90,6 mil habitantes que se estabeleceram no Estado entre 2004 e 2009.

Na sequência vêm Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paraíba. A pesquisadora do IBGE lembra, no entanto, que "este percentual já foi maior". De forma geral, diz Leila, "os dados apontam para uma situação de equilíbrio", tendência que deve se sedimentar nos próximos anos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

CLIPE: Classe Média - Max Gonzaga

Vídeo de animaçãoo da música "Classe Média", do cantor brasileiro Max Gonzaga, feito a pedido da revista CartaCapital


A sempre reacionária e individualista classe média.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mais de 3 milhões de brasileiros vivem hoje no exterior



O iG teve acesso exclusivo a levantamento do Itamaraty que mostra onde estão os cidadãos que vivem em outros países

Mais de 3,1 milhões de brasileiros vivem no exterior, segundo levantamento do Ministério das Relações Exteriores obtido com exclusividade pelo iG (veja gráfico abaixo). Os números têm como base a apuração feita por consulados e embaixadas em 2010. Do total, quase a metade dos brasileiros fora do país está nos Estados Unidos. O estudo é usado pelo Itamaraty para definir melhor suas políticas públicas e formas de atendimento aos brasileiros fora do país. O entendimento oficial é de que, onde quer que estejam, trata-se de cidadãos e é responsabilidade do Itamaraty receber bem esses brasileiros e atender suas demandas consulares. Segundo Sueli Siqueira, professora do Núcleo de Estudos Interdisciplinar sobre Desenvolvimento Regional (Neder) da Universidade Vale do Rio Doce, em Governador Valadares (MG), historicamente, os consulados brasileiros não atendem bem quem os procura, mas, nos últimos anos, essa situação melhorou bastante. Matrícula consular Recentemente, os consulados já aprenderam a lidar melhor com presos ou deportados, exemplifica Sueli. “Hoje o tratamento é muito bom, com diplomatas treinados a receber bem”, diz ela. Recentemente, o Itamaraty divulgou, por exemplo, uma cartilha de orientação jurídica a brasileiros no exterior.
O histórico, porém, faz com que Sueli acredite serem subestimadas as estimativas do governo. “O receio ainda é muito grande em procurar os consulados e dar informação, principalmente aos ilegais.” O núcleo Brasileiros no Mundo, do Itamaraty, informa que os consulados jamais denunciam um cidadão brasileiro em situação de ilegalidade no exterior e recomenda que, todo brasileiro vivendo fora do país, procure as representações do Brasil na região onde está para apresentar a chamada “matrícula consular”. Com essas informações apresentadas assim que chegar no local e s
ua devida atualização, fica mais fácil, por exemplo, para o governo saber quantos brasileiros foram atingidos por tragédias, como as que atingiram o Japão neste ano, ou pelos conflitos recentes na Líbia. No 11 de setembro, por exemplo, o governo brasileiro tinha uma estimativa inicial de centenas de brasileiros atingidos pelos ataques, mas, após as apurações, foram três os falecidos. Novas tendências Com informações melhor apuradas, ano após ano, o Itamaraty quer poder identificar também tendências e fluxos migratórios. Com o crescimento econômico vigoroso do Brasil nos últimos anos e a crise mundo afora, por exemplo, alguns brasileiros no exterior começaram a retornar ao país, em busca de melhores condições de vida. Para Sueli, do Neder, a migração entre países é motivada principalmente pelo desejo de consumo, que é cada vez mais disseminado no Brasil. “As pessoas hoje emigram para conseguir uma casa grande e um carro bom, diferente dos europeus que vieram para cá (no começo do século passado). Vivemos hoje a era da civilização global.”