segunda-feira, 30 de abril de 2012

Metade dos brasileiros não estudou ou não concluiu fundamental

Os resultados do Censo Demográfico de 2010 divulgados nesta sexta-feira mostram que 50,2% da população brasileira não estudou ou não concluiu o ensino fundamental. Enquanto isso, os que têm ensino superior completo ou mais chegam a 8,3%.

O recorte do IBGE foi feito com as pessoas com 10 anos ou mais e, portanto, desconsidera crianças até a idade em que deveriam estar alfabetizadas e pode considerar outras com os estudos em curso. Em outra apresentação de dados, o total de analfabetos já havia sido divulgado em 9,6% da população ou 13,9 milhões de pessoas.
A Região Sudeste foi a que apresentou o nível de instrução mais elevado. Na população de 10 anos ou mais de idade desta região, encontrou-se o menor percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto (44,8%) e o maior de pessoas com o superior completo (10,5%). Os níveis de instrução das Regiões Norte e Nordeste situaram-se em patamar inferior aos das demais, sendo que o percentual de pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto foi 56,5%, na Região Norte, e 59,1%, na Região Nordeste, e o de pessoas com pelo menos o curso superior concluído, de 5,0%, na Região Norte, e 4,9%, na Região Nordeste.
35,8% concluíram o ensino médio
Para medir quantos completaram o ensino médio foi analisada apenas a população com 25 anos ou mais de idade . Entre estas, 35,8% tinham completado a etapa de ensino que deveria ser concluída por volta dos 18 anos. Houve evolução considerável desde 2000, quando 23,1% da população acima de 25 anos estavam neste patamar. Veja abaixo a evolução em 10 anos por Estado.

Foto: .Fonte: IBGE, Censo 2000 e 2010

Um milhão de crianças estão fora da escola
Os dados também mostram que, no País, 3,3% das crianças de 6 a 14 anos não estavam na escola. O porcentual é equivalente a 966 mil pessoas na idade do ensino fundamental ou uma a cada 33 em todo o Brasil.
Nos resultados por Estado observou-se que Acre, Roraima e Amazonas tinham mais de 8% das crianças de 6 a 14 anos de idade fora da escola, vindo em patamar seguinte o percentual do Pará (5,5%).
No contingente de adolescentes de 15 a 17 anos de idade do País, 16,7% não frequentavam escola durante a pesquisa. Conforme adiantou o Todos Pela Educação, somadas as idades, há quase 4 milhões de crianças e adolescentes fora da escola.

SLIDE CLIMA - elementos e fatores

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fuvest, Unicamp, Unesp, Unifesp, ITA e PUC divulgam calendários para vestibular 2013


Unesp (Universidade Estadual Paulista), Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular da USP), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas),  ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e as PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e de Campinas (SP) divulgaram nesta terça-feira (17) as datas de seus vestibulares para ingresso em 2013.

Veja datas do calendário unificado

VESTIBULAR1ª FASE2ª FASE
Fuvest25 de novembro de 20126 a 8 de janeiro de 2013
Unicamp11 de novembro de 201213 a 15 de janeiro de 2013
Unesp18 de novembro de 201216 e 17 de dezembro
UnifespEnem: data a ser divulgada pelo INEP/MEC13 e 14 de dezembro de 2012
ITA11 a 14 de dezembro de 2012 (fase única)--------------
PUC-SP2 de dezembro de 2012 (fase única)--------------
PUC-Campinas30 de novembro e 1º de dezembro de 2012
(fase única)
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Fuvest

As provas do vestibular 2013 da Fuvest, que seleciona alunos para a USP (Universidade de São Paulo) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, serão realizadas nos dias 25 de novembro (1ª fase) e de 6 a 8 de janeiro de 2013 (2ª fase).
As inscrições acontecem entre 24 de agosto e 10 de setembro. Veja mais informações aqui.

Unicamp

A primeira fase do vestibular 2013 da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) será realizada no dia 11 de novembro; a segunda etapa acontece entre os dias 13 e 15 de janeiro de 2013. Os interessados poderão se inscrever entre 20 de agosto e 14 de setembro. Veja mais informaçõesaqui.

Unesp

A primeira fase do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista) acontece no dia 18 de novembro, com os resultados sendo divulgados no dia 4 de dezembro. Os aprovados fazem a segunda fase nos dias 16 e 17 de dezembro. As inscrições para os que não solicitarem isenção de taxa acontecem entre os dias 17 de setembro e 11 de outubro. Mais informações aqui.

Unifesp

As provas de conhecimentos específicos do sistema misto do vestibular 2013 da Unifesp serão aplicadas nos dias 13 e 14 de dezembro. Esse sistema também utiliza a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte da seleção. Veja mais informações aqui.

ITA

As provas do vestibular 2013 do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) serão aplicadas entre os dias 11 e 14 de dezembro, das 8h às 12h (horário de Brasília), em 22 cidades do país. As inscrições acontecem entre os dias 1º de agosto e 15 de setembro. Veja mais informações aqui.

PUC-SP e PUC-Campinas

A PUC-SP aplicará as provas do vestibular 2013 no dia 2 de dezembro. As inscrições para o processo seletivo serão realizadas entre os dias 28 de outubro e 22 de novembro. Veja mais infromações aqui.
No vestibular 2013 da PUC-Campinas, as provas acontecem nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Mais informações aqui.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Xenofobia na Europa: Os padrões atuais de migração internacional

Casos xenofóbicos têm tido repercussão internacional. As mortes por motivo de xenofobia têm se tornado pauta de agências nacionais e supranacionais, as quais buscam reprimir esse tipo de intolerância social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por que na Europa?

Em 2008, foi constatado na Rússia que provavelmente 300 pessoas (em cinco anos) foram mortas por ataques xenofóbicos. Recentemente, os dois filhos de uma advogada sofreram seguidas agressões verbais e físicas de alunos da escola em que estudavam, na Espanha, por serem brasileiros. Em julho de 2011, aproximadamente 80 pessoas morreram em uma explosão de bomba e fuzilamento, realizados por um extremista político com motivos xenofóbicos, na Noruega.
O termo xenofobia se originou na psicologia e é utilizado para designar uma doença: o medo patológico de estrangeiros. Enquanto patologia, a xenofobia se constitui em um medo ou aversão irracional, sem motivos justificáveis. No entanto, atualmente, o termo faz referência a outro fenômeno: os casos de preconceito, discriminação e violência física contra estrangeiros; tudo isso baseado em um discurso não irracional, mas sustentado (principalmente) por ideais de nacionalismo e discussões sobre crise econômica.
Atualmente, houve o aumento de notícias sobre casos de xenofobia, principalmente na Europa. Mas qual seria a causa desse aumento? Por que há uma concentração desses casos na Europa? Qual a relação entre migrantes, nacionalismo e crise econômica?
FLUXOS MIGRATÓRIOS
A proliferação de casos de xenofobia é o reflexo de um padrão e de uma nova intensidade dos fluxos migratórios. Compreender esses fluxos e padrões migratórios ajuda no entendimento da xenofobia enquanto problema social.
Migração é a mudança de residência de um indivíduo ou grupo para outra unidade administrativa (ou seja, outro país, estado ou município). As causas da migração podem ser variadas: busca por novas oportunidades de emprego, busca por melhor qualidade de vida, refugiados por motivos de desastres naturais, guerras, fome ou perseguição (religiosa, étnica, cultural) no seu país de origem. Três fatores caracterizam, atualmente, a migração internacional: (1) padrão de migração, (2) maior facilidade de viajar pelo planeta e se comunicar com pessoas de qualquer parte do mundo, (3) necessidade de países receberem migrantes.


(1) Padrão de migração
Diferentemente do século XIX, quando o fluxo migratório era de pessoas saindo do Velho Mundo (Europa) para o Novo Mundo (Continente Americano), o padrão migratório do século XX e início do século XXI é de grupos saindo de países do sul para residirem em países do norte do planeta. Isso é devido à concentração de países subdesenvolvidos no hemisfério sul de onde saem pessoas que migram para o hemisfério norte (onde se concentram países desenvolvidos, com melhores salários e oportunidade de empregos), buscando melhores condições de vida.
(2) Facilidade de deslocamento e comunicação
Associado a esse padrão dos fluxos migratórios, outro fator que marca a migração atualmente é a globalização (desenvolvimento das tecnologias de transporte e comunicação, que permitem a interação em escala global). Esse fenômeno contemporâneo é responsável por um aumento significativo da facilidade de deslocamentos e comunicação dos migrantes. O avanço dos meios de transportes facilita e difunde meios rápidos de se locomover de um país a outro. A facilidade de comunicação permite, como em nenhuma outra época, que o migrante continue a se comunicar, manter laços e enviar dinheiro para pessoas (geralmente familiares) de seu país de origem. Essas facilidades, possíveis pela globalização, promovem ainda mais a migração contemporânea.
(3) Necessidade de migrantes
O continente europeu apresentou nas últimas décadas dois motivos para precisar de migrantes em seus países. O primeiro motivo é que, depois da reestruturação econômica pós 2ª Guerra Mundial, houve demanda de trabalhadores para empregos que oferecem (relativamente) baixos salários por trabalho braçal, sem exigência de alta escolaridade; foi a massa de migrantes que atendeu a essa demanda do mercado de trabalho. Esse tipo de emprego não interessava aos europeus, os quais apresentam boa escolaridade e preferem empregos com melhores condições de trabalho e salários.
O segundo motivo que fez com que a Europa precisasse de trabalhadores migrantes é a estrutura etária da população. A tendência desse continente é de cada vez nascer um número menor de pessoas ( baixa taxa de natalidade) e de aumento da expectativa de vida. Desse modo, os trabalhadores migrantes são necessários tanto para suprir a quantidade inferior de jovens aptos a trabalhar quanto para pagar os impostos que contribuem para o pagamento do número crescente de aposentados.
baixa taxa de natalidade
Todos os países europeus apresentam taxa de natalidade baixa demais para manter seu atual nível populacional, segundo um estudo abrangente de análise demográfica feita pelo Instituto Max Planck, de Rostock, Alemanha, divulgado na revista alemã Pesquisa Demográfica em Primeira Mão.
Segundo os pesquisadores, nenhum dos Estados europeus atingiu o chamado "nível de substituição" da média de 2,1 filhos por mulher, por meio do qual a geração dos filhos pode substituir a de seus pais. Com vista ao número de nascimentos, a Europa está dividida em dois grupos de países. Os países com taxas acima de 1,7 filho por mulher, que mais se aproximam da média do nível de substituição, são França, Reino Unido, Irlanda e Escandinávia, com médias entre 1,8 e 2,0. As taxas de fecundidade dos demais países europeus, inclusive os de língua alemã, variam entre 1,3 e 1,5 filho por mulher, afirmou o estudo. (fonte: DW- World)
Esses três fatores (padrão de migração, facilidade de deslocamento e comunicação, necessidade de trabalhadores estrangeiros) são responsáveis por um grande fluxo migratório para a Europa. Portanto, nos últimos anos, uma quantidade significativa de migrantes fixou residência em países europeus.
A convivência (na mesma porção espacial) com pessoas de etnia, religião e hábitos diferentes pode causar o estranhamento dos moradores em relação aos estrangeiros. Notar e estranhar a diferença são uma reação humana normal (esse fenômeno de estranhamento do estrangeiro é conhecido também como "choque cultural"). No entanto, o estranhamento evolui para xenofobia quando as pessoas começam a discriminar e culpar os estrangeiros por problemas que acontecem na cidade onde moram ou em seu país.
O nacionalismo é o conjunto de ideias e atitudes para pensar o desenvolvimento e o bem da própria nação. No entanto, diante de crises econômicas recentes nos países europeus, discursos nacionalistas têm se pautado no sentimento xenofóbico para explicar e resolver as más situações em que se encontra a economia de seu país. O principal argumento do discurso nacionalista, baseado na xenofobia, é de que os migrantes "roubam" os empregos do restante da população do país que os abriga. Nesse sentido, para os nacionalistas com tendências xenofóbicas, a solução é a expulsão dos migrantes e a proibição da entrada de estrangeiros no país. Nos casos mais dramáticos, o exacerbamento da xenofobia leva alguns indivíduos ou grupos a ações extremas, como atentados terroristas e assassinatos.
ATUALIDADE: O RECEIO EUROPEU
Devido ao padrão de migrantes em direção à Europa, é este continente que tem apresentado a maior parte dos casos extremos de xenofobia. Como exemplo, só nesta década, tem-se o incêndio criminoso de um edifício onde moravam migrantes turcos, na Alemanha; o caso recente do norueguês que explodiu uma bomba no centro de Olso (capital da Noruega) e fuzilou estudantes de um partido de esquerda (que eram contra o discurso de expulsão de migrantes), totalizando aproximadamente 80 mortos. Além disso, foram observadas manifestações e passeatas contra migrantes na França, Portugal, Espanha e Inglaterra. O alvo da xenofobia são, principalmente, latinos, asiáticos e africanos.
A xenofobia e os consequentes atos contras migrantes são oficialmente considerados como crime e violação dos Direitos Humanos. Com receio de que os casos de xenofobia iniciem uma grande onda de intolerância étnica, religiosa e cultural (tal como a vivida na 2ª Guerra Mundial, qual resultou no genocídio de judeus na Alemanha de Hitler), autoridades da União Europeia e organizações supranacionais como a ONU têm criado projetos para repudiar e evitar o desenvolvimento da xenofobia entre os europeus. Grande parte de cidadãos europeus também fazem questão de se mobilizar em passeatas a fim de expressar que a xenofobia é também repudiada por grande parte das pessoas desse continente.

* Fernanda Cristina de Paula
Géografa/Mestre em Geografia (IG/UNICAMP), professora da Rede Municipal de Ensino de Jaguariúna (SP)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Artigo: O NOVO CÓDIGO FLORESTAL: A PEDAGOGIA DA IMPUNIDADE

O presente artigo é fruto de um Projeto de Extensão que desenvolvemos na UFMS – Campus de Três Lagoas.
O projeto é composto por 15 professores e 50 alunos. Tem como título:"DESMISTIFICANDO OS PROBLEMAS DA SOCIEDADE ATUAL: DEBATENDO E CONSTRUINDO UMA REFLEXÃO CRÍTICA - SEGUNDA EDIÇÃO".
Artigo: O NOVO CÓDIGO FLORESTAL: A PEDAGOGIA DA IMPUNIDADE

Por Yasmin Teodoro Gasparini e Cláudio Ribeiro Lopes

            O Novo Código Florestal foi aprovado ao final do ano de 2011, pelo Senado, com 59 votos a favor e 7 contra, no entanto, mesmo passando por esse trâmite de votação, tanto na Câmara quanto no Senado, esse código retornará para análise dos deputados federais, pois foi alterado pelos senadores. Caso não sofra modificações na Câmara, deverá seguir para sanção ou veto parcial ou total da presidente Dilma Rousseff. Se for rejeitado, o projeto do novo código florestal terá que reiniciar todo o percurso legislativo.
O Código tem como objetivo regulamentar a maneira como a terra pode ser explorada, determinando onde a vegetação nativa deve ser mantida e onde pode haver diferentes tipos de produção rural. Atualmente, o que está em vigor é o de 1965 e, por essa razão, houve a necessidade de elaborar um código que melhor se adeque à atual realidade brasileira.
A aprovação desse diploma normativo gerou discussões. A medida foi bem recebida por muitos produtores rurais, mas desagradou aos ambientalistas. Para determinados produtores, ela proporciona a oportunidade de sair da irregularidade, além de pressupor leis que irão favorecer esse setor. Já os ambientalistas defendem que esse código ficou pior do que aquele que está vigorando hoje. Segundo a organização não governamental ECOA, a efetivação é um retrocesso ao desenvolvimento ambiental e sustentável do País.
Alguns pontos geraram polêmica, como é o caso da suspensão de multas ambientais para desmatamentos que ocorreram antes de julho de 2008. Além disso, o Conselho Nacional de Meio Ambiente reduzirá para 50% a parcela da reserva legal, caso ela esteja com 65% do território ocupado por área indígena ou de conservação.
A área de preservação permanente (APP) é caracterizada como local frágil e nela se enquadram: beira de rios, topos de morros e encostas. Logo, essas regiões não devem ser desmatadas para evitar erosão, deslizamentos e destruições de nascentes, visto que astas precisam de uma camada vegetal para sua proteção e preservação. Não obstante, no código consta que alguns tipos de cultivos serão permitidos dentro das APP, como em encostas de até 45 graus e até 15 metros de faixa de mata para os cursos d’água mais estreitos. Mesmo que essa medida colabore com o setor produtivo, contribuindo para a expansão deste, ela fará, no entanto, que o objetivo principal do código, que é a garantia de proteção da natureza, seja violado.
A respeito dessas questões inscritas no Código, Márcio Astrini, responsável pela Campanha de Florestas do Greenpeace, afirmou: “O antipedagógico que é a anistia desmedida vai gerar uma circunstância de impunidade do campo”. Dessa forma, é fácil perceber a indignação dos ambientalistas em relação ao novo texto aprovado, já que este, de acordo eles, não prioriza o próprio meio ambiente em questão; ao contrário, traz lacunas que estimulam ainda mais o desmatamento e não a preservação.
Além disso, um ponto nevrálgico parece estar sendo esquecido pelo legislador e diz respeito ao princípio da publicidade. Toda norma “oferecida” à sociedade em geral, deve ser amplamente divulgada. As anistias, perdões, afrouxamentos na proteção jurídica de qualquer bem devem estar sempre alicerçadas em sólidos argumentos, pesquisas científicas e contar com uma aceitação comunitária bastante ampla. Pois bem, o texto do novo Código Florestal padece de vícios insanáveis, entre os quais o “processo legislativo”: a sociedade, como um todo, foi deixada à margem das discussões, limitando-se os parlamentares a manter o tema enclausurado com o fito de evitar confronto significativo com a opinião pública. Não fosse o papel intransigente de determinados ambientalistas e a força das redes sociais certamente, a bancada ruralista, muito interessada em preservar seus interesses imediatos, já teria obtido o êxito final no que se pode denominar de “trem da alegria e da impunidade ambientais”.
Em face das controvérsias geradas pelo conteúdo relatado no texto do novo Código Florestal até então aprovado nas casas de leis, é de valia ressaltar que, apesar dos conflitos o que deve ser levado em consideração não são apenas as mudanças que ocorrerão, mas também – e sobretudo – se medidas como essas manter consigo a capacidade para conscientizar a população de que o ambiente clama por  proteção, porque o ser humano também se encontra nessa relação de interdependência. Para que realmente se concretize esse amparo, isto é, a efetividade da tutela jurídica ambiental no que se refere ao patrimônio florestal brasileiro, não podemos, entretanto, limitarmo-nos apenas às normas formuladas para melhor contribuir para a sobrevivência de todos; é preciso agir, ainda que isso implique contrariar determinados interesses que colidem contra o bem maior da sociedade.

Yasmin Teodoro Gasparini: Acadêmica do curso de Direito da UFMS – Campus de Três Lagoas. E-mail:yasmin_gasparini@hotmail.com

Cláudio Ribeiro Lopes: Professor Mestre do curso de Direito da UFMS – Campus de Três Lagoas. E-mail:clopes@stetnet.com.br

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Unicamp recebe pedidos de isenção de taxa do vestibular 2013 a partir de 23 de abril

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) abre no dia 23 de abril as inscrições para isenção de taxa do vestibular de 2013. Os interessados poderão realizar o cadastro até dia 31 de maio, no site da Comvest.
As isenções são oferecidas em três modalidades:
1. para candidatos com renda líquida máxima de R$ 700 por morador do domicílio;
2. para funcionários da Unicamp/Funcamp;
3. para aqueles que se candidatarem aos cursos de licenciatura em período noturno (ciências biológicas, física, letras, licenciatura integrada química/física, matemática e pedagogia).
Segundo a assessoria de imprensa, serão oferecidas 6.640 isenções na modalidade 1; 100 na modalidade 2 e um número ilimitado de isenções na modalidade 3.
São pré-requisitos para todas as modalidades: ter cursado da 5ª a 8ª série (ou 6º ao 9º ano) do ensino fundamental e o ensino médio integralmente em instituições da rede pública de educação; ser residente e domiciliado no Estado de São Paulo e já ter concluído ou concluir em 2012 o ensino médio.
O resultado dos pedidos de isenção será divulgado no dia 17 de agosto. Os estudantes beneficiados deverão realizar a inscrição no vestibular posteriormente. De acordo com a assessoria de imprensa, o calendário completo do processo seletivo será divulgado em breve.
Outras informações podem ser obtidas na página da Comvest.
As informaçoes foram fornecidas pela instituiçao e podem ser alteradas por ela sem aviso prévio. É recomendável confirmar datas e horários no site oficial.

segunda-feira, 2 de abril de 2012