quinta-feira, 27 de junho de 2013

Estudantes têm até hoje para fazer a inscrição no ProUni

Os estudantes têm até as 23h59 desta quinta-feira (27) para fazer a inscrição no ProUni (Programa Universidade para Todos). De acordo com o MEC (Ministério da Educação), os candidatos a bolsas integrais ou parciais em instituições privadas devem fazer a inscrição on-line e consultar número de vagas na página do programa na internet.
Segundo o ministério, até as 18h de ontem (26) o programa registrou 393.405 inscritos. No total, foram registradas 759.549 inscrições, já que cada candidato pode fazer até duas opções de curso e de instituição de ensino.
No processo seletivo deste segundo semestre, o programa oferece 90.045 bolsas - 55.693 integrais - em instituições particulares de educação superior. Para se candidatar, o estudante deve ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e obter no mínimo 450 pontos na média das notas e tirar nota acima de zero na redação.
O processo prevê duas chamadas. O resultado dos candidatos selecionados na primeira chamada será divulgado no domingo (30) pela internet. Dos dias 1 a 8 de julho, o estudante selecionado deve comparecer à respectiva instituição de ensino para providenciar a matrícula e, se for o caso, participar de seleção própria da instituição.
O resultado da segunda chamada está previsto para 16 de julho. O estudante terá de 16 a 22 do mesmo mês para providenciar a matrícula.
LISTA DE ESPERA
Caso pretenda integrar a lista de espera, o candidato terá de fazer a adesão, também on-line, de 26 a 29 de julho. A lista estará disponível no site do Prouni para consulta pelas instituições em 1º de agosto.
No dia seguinte, será feita a primeira convocação. O candidato selecionado terá até o dia 7 do mesmo mês para a comprovação dos documentos e matrícula. Em 12 de agosto, será feita a segunda convocação. O prazo para aferição dos documentos e matrícula vai até o dia 15.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

LISTA - FONTES DE ENERGIA NO BRASIL

Para baixar a lista clique aqui

o gabarito está no mesmo arquivo

Slides Fonte de Energia

Slides sobre fontes de energia usado na turma da noite em SBO no Gênesis Cursos

clique aqui

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Começam as inscrições para o Sisu

Estudantes que fizeram Enem concorrem a vagas em cursos de graduação em universidades e institutos federais de ensino superior. No total, serão oferecidas 39.724 vagas


Estão abertas as inscrições para a segunda edição deste ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) - o prazo vai até a próxima sexta-feira (14). Podem se inscrever os estudantes que tenham participado da edição do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2012 e não tenham zerado a redação. As inscrições devem ser feitas no portal do Sisu .
Pelo Sisu, o estudante concorre a vagas em cursos de graduação em universidades e institutos federais de ensino superior. Nesta edição, serão ofertadas 39.724 vagas em 1.179 cursos de 54 instituições de ensino superior.
Na página do sistema de seleção estão disponíveis as etapas da inscrição para orientar os candidatos. Antes de começar é preciso ter em mãos o número de inscrição e o da senha no Enem 2012. A primeira coisa a fazer é confirmar os dados pessoais – é por eles que o Sisu entra em contato com o candidato.
Em seguida, ele pode escolher até duas opções de curso. Estará disponível um sistema de busca com os detalhes de cada opção. O candidato deve clicar no curso para ver o número de vagas e de modalidades ofertadas. É preciso estar atento também à documentação exigida pelas instituições de ensino no momento da matrícula.
Confirmada a inscrição, é possível alterar as opções apenas até sexta-feira.
As notas de corte dos cursos e a classificação parcial de cada candidato serão divulgadas diariamente, nos dias 11, 12, 13, e 14 deste mês. O candidato poderá acompanhá-las ainda durante o período de inscrição e avaliar as chances de ser aprovado.
A primeira chamada está marcada para o dia 17 deste mês e a segunda, para 1° de julho. As matrículas da primeira chamada poderão ser feitas nos dias 21, 24 e 25 próximos e as da segunda chamada, nos dias 5, 8 e 9 de julho.
Fonte: IG

sábado, 8 de junho de 2013

Série de entraves limita uso da energia eólica no Brasil


De qualquer lado que se olhe, o setor eólico no Brasil é um dos mais promissores na área energética, segundo analistas e levantamentos recentes.

As condições de clima e relevo e os avanços tecnológicos fizeram com que o Global Wind Energy Council, que agrupa organizações e empresas do setor, elegesse o Brasil como um dos países de maior potencial na geração de energia pelo vento.

Sua participação na matriz energética brasileira deve obter o maior crescimento entre as diversas fontes de energia, saltando dos atuais 2% para 8% em oito anos, segundo Maurício Tolmasquim, presidente EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Além disso, o uso do vento para gerar energia no país cresceu 73% em 2012, beneficiando 5 milhões de brasileiros por mês.

E a discussão sobre as fontes eólicas ganharam ainda mais fôlego no início do ano, quando, diante de baixos níveis de reservatórios nas hidrelétricas, o país passou pelo risco de novos apagões ou racionamento. Para lidar com o problema, o governo usou as termoelétricas em caráter emergencial.

No entanto, esse recurso foi criticado por ser uma fonte de energia fóssil, por isso não renovável, poluente e de geração mais cara. Segundo um levantamento feito pela ONG ambiental Greenpeace na época, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia fornecer cinco vezes mais de energia se ela fosse gerada em campos eólicos.

Mas apesar dos argumentos ambientais e econômicos favoráveis, uma série de entraves continuam limitando a expansão da energia eólica e deixam seu aproveitamento no país muito aquém de todo seu potencial.

BRASIL SERÁ O 10º PAÍS DO MUNDO EM CAPACIDADE EÓLICA

Confira alguns dos empecilhos:
Falta de planejamento a longo prazo

Mudanças em cima da hora, medidas imediatas apenas para lidar com problemas emergenciais e falta de transparência para as determinações futuras são alguns dos temores dos envolvidos na área de energia renováveis.

"O setor eólico é uma indústria nascente, precisa de fôlego, não pode ser algo que começa e depois é interrompido, pois isso pode ser fulminante", afirmou Elbia Melo, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) à BBC Brasil.

Para ela, sem sinais claros do governo, o investimento a longo prazo vai arrefecer. "E isso poderia fazer esse indústria morrer antes mesmo de seu nascimento para valer."

Na opinião do professor Ildo Luis Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, o potencial competitivo da energia eólica no Brasil é desperdiçado justamente por uma falta de planejamento e coordenação do governo.

"Um mapeamento eólico detalhado, por exemplo, organizaria melhor os investimentos e se criaria escala", afirma o engenheiro, que foi diretor de Gás e Energia da Petrobras entre 2003 e 2007. "Mas o planejamento hoje é volátil e volúvel, além de termos uma estrutura pouco funcional, como órgãos demais atuando sobre o mesmo setor."

Em nota enviada à BBC Brasil, o Ministério de Minas e Energia afirmou que "O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica tem trabalho na revisão do Atlas Eólico existente".

Insuficiência nas linhas de transmissão

Depois de ser gerada nos campos eólicos, a energia depende de linhas de transmissão para chegar aos consumidores. O que, na prática, parece lógico, na teoria não é tão claro assim. Atualmente, essas redes não são de responsabilidade das mesmas empresas que mantém os parques em si. E isso vem gerando uma falta de sincronia nos prazos de entrega.

"O problema das linhas de acesso é um enorme entrave. O prazo de três anos para um empreendimento (estipulado em muitos leilões) acaba sendo curto, já que com todos os trâmites, o tempo real de construção acaba sendo menor que três anos", afirma Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

Um bom exemplo desse cenário ocorre no Nordeste, onde três usinas estão prontas, mas sem gerar energia há quase um ano por falta de linhas. Essa falta de sincronia na região - que abriga 60 das 92 usinas eólicas - provoca um desperdício de energia que, por sua vez, representa um prejuízo para o governo que já ultrapassou os R$ 260 milhões, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse é o valor que o governo já pagou às empresas, uma vez que elas entregaram o empreendimento no prazo.

Além disso, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) essa produção desperdiçada seria suficiente para abastecer, por mês, cerca de 3,3 milhões de habitantes.

Questionado, o Ministério de Minas e Energia afirmou que vai implementar alterações nesse modelo no próximo leilão do setor, que está marcado para agosto. "No intuito de promover a redução de incertezas quanto ao escoamento da geração eólica contratada no Ambiente Regulado, o Leilão de Reserva apresentará consideráveis mudanças na sistemática adotada", afirma a nota do ministério, esclarecendo que o trâmite agora será feito em duas fases, atrelando às concessões à capacidade de distribuição.

Baixo investimento em pesquisas e desenvolvimento tecnológico

"Depois da descoberta do pré-sal, o investimento não apenas em eólica, mas em todas as outras energias renováveis diminuiu no país", afirma o professor do departamento de energia da Unesp José Luz Silveira. "Também não há subsídio do governo, especialmente aos pequenos produtores, como acontece na Europa."

Baitelo, do Greenpeace, concorda que a prioridade é para o petróleo, se compararmos como qualquer outra área do campo energético.

"Na academia, se vê uma produção maior em temas ligados ao pré-sal do que à energia eólica ou fotovoltaica", afirma, acrescentando que mais investimentos nesse setor poderia, por exemplo, desenvolver turbinas mais apropriadas para os ventos brasileiros.

Escolha por carvão

De acordo com os especialistas ouvidos pela BBC, o governo indicou no início do ano que gostaria de ter mais termoelétricas para complementar sua matriz e garantir o abastecimento.

"Pudemos ver que o lobby do carvão se organizou e nessa ocasião acabou conseguindo o que queria", afirma Baitelo.

"Esse é o momento de equilibrarmos a matriz e darmos mais espaço para as térmicas", disse Tolmasquim, da EPE, ao anunciar no mês passado a contratação de usinas termoelétricas no leilão que contratará a demanda das distribuidoras a partir de 2018.

O anúncio causou euforia no setor das carvoarias. Uma das empresas líderes neste mercado, a Tractebel, do empresário Eike Batista, divulgou que estudaria incluir seus projetos no leilão.
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Instalação de aerogeradores em dunas causa polêmica no Rio Grande do Norte12 fotos

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8.set.2012 - Uma das mais belas paisagens de Rio Grande do Norte, as dunas de Galinhos, a 160 km de Natal, está tendo sua paisagem modificada com a construção de arque de um energia eólica Leia mais Paulo Francisco/U

terça-feira, 4 de junho de 2013

Unicamp anuncia 240 vagas em dois novos cursos em Limeira

Unicamp anuncia 240 vagas em dois novos cursos em Limeira

  FCA terá cursos de administração e administração pública em 2014



O Consu (Conselho Universitário) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aprovou nesta terça-feira (28) a criação de dois novos cursos de graduação, que serão oferecidos pela FCA (Faculdade de Ciências Aplicadas), em Limeira.
Serão 180 vagas em período noturno para o curso de bacharelado em administração e outras 60 vagas em período noturno para bacharelado em administração pública. O ingresso nas duas carreiras ocorrerá já a partir do Vestibular 2014.
Com a criação dos dois novos cursos, serão extintos os de gestão do agronegócio, gestão de comércio internacional, gestão de empresas e gestão de políticas públicas. Antes de ser analisada pelo Consu, a matéria foi amplamente discutida e aprovada por outras instâncias tanto da FCA quanto da Unicamp.
De acordo com a Comissão de Especialistas designada pelo Consu para analisar a proposta, que levou em consideração experiências nacionais e internacionais, a transformação de quatro cursos de gestão em dois de administração traz vantagens acadêmicas.
De acordo com o diretor da FCA, professor Peter Schulz, as discussões acerca da criação dos cursos de administração tiveram início em 2011, quando a unidade era dirigida pelo professor Sérgio Salles Filho. “A proposta surgiu de um trabalho coletivo, que contou com a participação de docentes, estudantes e funcionários”, diz.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

BRASILEIRA CONTA COMO É SER PROFESSORA NA FINLÂNDIA

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Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
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Luciana Pölönen dá aulas de português em Espoo, na Finlândia (Foto: Arquivo pessoal)Luciana Pölönen dá aulas de português em Espoo, na Finlândia (Foto: Arquivo pessoal)
País com a melhor educação do mundo, a Finlândia tem entre os seus professores da rede pública uma brasileira. Luciana Pölönen, de 26 anos, nasceu em Salvador (BA), é formada em letras pela Universidade Federal de Bahia (UFBA) e se mudou para Finlândia em 2008, com objetivo de fazer mestrado. Desde 2010, compõe o corpo docente finlandês. No país do Norte da Europa, mais do que emprego, ela encontrou a valorização da profissão de lecionar.

A comparação com sua experiência escolar no Brasil é inevitável. "No Brasil só dei aulas em cursos, mas estudei em escola pública, sei como é. Sofria bullying, apanhava porque falava o que via de errado e os professores não tinham o respeito dos pais", diz Luciana.
"Eu me sinto como uma rainha ensinando aqui. Ser professor na Finlândia é ser respeitado diariamente, tanto quanto qualquer outro profissional!", afirma a brasileira, que se casou com um finlandês, tem uma filha de três anos, Eeva Cecilia, e está grávida à espera de um menino. "Aqui na Finlândia o sistema é outro, o professor é o pilar da sociedade."
A professora Luciana com seu diário de classe finlandês (Foto: Arquivo pessoal/Luciana Pölönen)A professora Luciana com seu diário de classe
finlandês (Foto: Arquivo pessoal/Luciana Pölönen)
Por quatro anos consecutivos, a Finlândia ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino. Durante visita em São Paulo, na semana passada, a diretora do Ministério da Educação e Cultura, Jaana Palojärvi, disse que o segredo do sucesso do sistema finlandês de ensino não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou avaliações nacionais. O lema é treinar o professor e dar liberdade para ele trabalhar.
Luciana aprova o método. Há dois anos dá aulas na Escola Europeia de Helsinque, capital da Finlândia, de nível fundamental e médio e há um ano leciona português em uma escola de ensino fundamental em Espoo, cidade próxima à capital. "Dou aula de português porque toda criança falante de duas línguas tem o direito ao ensino de uma língua estrangeira na escola. Ou seja, todos os filhos de brasileiros têm direito ao ensino de português como língua mãe."
Para conseguir a vaga, a brasileira passou por avaliação do histórico escolar da universidade, enviou uma carta pessoal em que expôs suas intenções, e enfrentou uma entrevista, uma espécie de prova oral feita em inglês.
Tenho total liberdade para avaliar meu aluno, tenho a lista de coisas de que ele tem de aprender até o fim do ano, mas como vou fazer fica a meu critério"
Luciana Pölönen,
professora na Finlândia
Com o trabalho nas duas escolas, Luciana ganha 2.500 euros, o equivalente a R$ 6.500. Luciana tem contrato temporário porque ainda não finalizou o mestrado, termina a dissertação no fim do ano, por isso há uma redução no salário de 15% e de tarefas extras.
"Tenho total liberdade para avaliar meu aluno, tenho a lista de coisas de que ele tem de aprender até o fim do ano, mas como vou fazer fica a meu critério. Não preciso aplicar prova a toda hora, nem justificar nada para o coordenador", afirma. "Temos cursos de aperfeiçoamento sem custo, descontos em vários lugares com o cartão de professor, seguro viagem, entre outros."
Para Luciana, os alunos aprendem porque há um comprometimento deles, dos pais e da comunidade. "Eles aprendem o respeito desde pequenos, a honestidade vem em primeiro lugar. As pessoas acreditam umas nas outras e não é necessário mentir. Um professor quando adoece pode se ausentar até três dias. Funciona muito bem."
Mapa da Finlândia (Foto: Editoria de arte/G1)
Tradução e aula particular
Logo chegou à Finlândia, Luciana trabalhou como analista de mídia. Depois, em 2010, antes de atuar na rede de ensino pública, conciliava trabalhos de tradução e de professora particular. "Se aparecesse um trabalho para fazer limpeza, eu toparia sem problemas, desde que fosse honesto. Mandava currículo para algumas empresas, mas nunca era chamada. Pensei em omitir minha formação [em letras, pela UFBA], caso não arrumasse nada."
Luciana voltou a trabalhar quando a filha tinha apenas um mês. Era um trabalho de tradução que às vezes fazia de casa ou ia até a empresa que ficava próxima à sua casa. Escapava para amamentar no intervalo do café. "Aqui a licença maternidade dura três anos, as pessoas achavam um absurdo eu trabalhar com uma filha de um mês. Na verdade faz parte da educação deles, hoje eu entendo mais."
O respeito pelo próximo também é algo muito enraizado na cultura do finlandês. Luciana diz que diferente do Brasil, nunca sentiu preconceito na Finlândia por ser negra ou estrangeira. "Aqui as pessoas não parecem notar a cor de pele do outro contanto que exista respeito mútuo."
Casos de violência ou bullying são muito raros nas escolas. "Foram cinco casos de violência no ano, mas para eles é um absurdo, não deveria acontecer. Eles sempre têm um plano para cada tipo de aluno, não é uma única forma para a classe inteira. No final, todos alcançam o mesmo objetivo."
Luciana Pölönen se mudou para a Finlândia em 2008 e se tornou professora; país tem a melhor educação do mundo (Foto: Arquivo pessoal)Luciana Pölönen se mudou para a Finlândia em
2008 e se tornou professora (Foto: Arquivo pessoal)
Diferenças
Na Finlândia, o professor é proibido por lei de encostar no aluno. Nem mesmo para dar um abraço. Luciana soube disso durante a aula de inglês, no estágio, em uma atividade onde alunos precisam demonstrar sentimentos numa espécie de encenação teatral e ela "relou" em uma aluna. A classe toda ficou estática, espantada.
Hoje, Luciana se acostumou à cultura.  "Acho que acostumei, nunca gostei muito de abraçar as pessoas se não houvesse um motivo muito importante para isso. Talvez esse seja o motivo de eu ter me acostumado aqui." O frio também não lhe causa incômodo, nem mesmo a temperatura de 25 graus negativos que já encarou. Para a baiana, não há problemas desde que esteja com a roupa apropriada para manter o corpo aquecido.
Planos para o Brasil
No fim do ano, Luciana vai aproveitar as férias para voltar ao Brasil para visitar a família. Durante a temporada de dois meses pretende fazer workshops em escolas sobre o sistema de educação finlandês. “Gostaria de ajudar os professores de alguma forma, com treinamento, é o que eu devo para o meu país. Minha parte é tentar ajudar da maneira que eu posso.”
Para ela, a receita da Finlândia para ter uma educação nota 10, baseada na simplicidade, daria certo no Brasil se "as pessoas parassem de esperar ações do governo e agissem com as próprias mãos." "Gostaria que minha filha visse meu país diferente e eu não tivesse de pagar uma mensalidade de 2 a 3 mil reais [caso morasse no Brasil] em uma escola particular para oferecer a ela uma educação de qualidade."
Se o abraço tão habitual no Brasil não lhe faz falta e o frio não a incomoda, Luciana sente saudades de gargalhar com os amigos, de se deliciar com a comida da minha mãe, conversar a avó, escutar músicas com a tia e assistir Fórmula 1 com o pai. "Matamos as saudades via Skype ou quando alguns parentes visitam a Finlândia."