quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Despedida OCA março 2011

Podem ter certeza que nunca esquecerei esta Sala


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Slide Brasil físico

slide sobre características físicas do Brasil clique aqui

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PROVA DA FUVEST 2012 COMENTADA... POR MIM!

Olá rapaziada, pela primeira vez resolvi fazer um comentário mas completo sobre uma prova. Vou comentar questão por questão a parte de Geografia da Fuvest. Por falta de tempo e prática para diagramar vou apenas fazer os comentários seguindo a prova V, que está disponível para baixar em vários sites.

Em geral achei a prova tranqüila quando comparada a do ano passado. É a primeira vez que faço comentário assim por escrito, espere que fique bom.

PROVA V

Questão 1: alternativa D

Foi uma questão interpretativa, com duas charges que tinham em comum o tema do desmatamento. Na primeira a parte verde da bandeira está sendo desmatada e na outra o código de barra feito de troncos de árvore. Questão fácil.

Questão 2: alternativa A

Mostra a nova orientação do crescimento urbano, com o surgimento de novos centros. Porém algumas alternativas podiam confundir o aluno, mas lendo com calma dava para eliminar todas as outras alternativas. Não cresce no sentido da conurbação, nem para sudeste.

Questão 3: alternativa D

O texto cita a escravidão por dívida, realidade por imigrantes latinos, principalmente bolivianos e peruanos que vem para o Brasil ilegalmente para trabalhar, concentrando-se no setor têxtil. Eles vêm com a viagem paga e ficam presos as confecções, onde tem uma relação de escravidão por dívida.

Em alguns colégios usei um vídeo que mostrava essa relação.

Questão 4: alternativa C

Questão de analise de gráfico. No primeiro mapa, São Paulo é alto e o Nordeste é baixo, ALFABETIZAÇÃO. No último gráfico a região escura tem q ser a mais alta, IDH.

Questão 5: alternativa B

Analisar as afirmações com base nos mapas de renda per capita e bolsões de pobreza.

Afirmação 1 -> correta, concentração de terra sempre foi e será causador de pobreza.

Afirmação 2 e 4-> corretas, mostram que ter alta renda per capita não exclui a possibilidade de existir bolsões de pobreza já que a renda per capita esconde a concentração de renda.

Afirmação 3 -> biodiversidade não garante renda e muito menos distribuição de renda.

Questão 6: alternativa E

Questão mais específica sobre a União Européia, onde os presidentes questionam o Acordo de Schengen que livre circulação de pessoas. Nível difícil

Questão 7: alternativa C

A afirmação errada é a 2, pois como se trata de um deserto frio é uma área de alta pressão e NÃO de baixa pressão. A única alternativa que não contem a afirmação 2 é a letra C. Assim matava a questão por eliminação.

Questão 8: alternativa E

O mapa mostra as áreas de cultivo, ao analisar o mapa vemos que não é feito este cultivo em nenhuma área equatorial ou tropical, o que já elimina 3 alternativas. Restando a escolha entre arroz e trigo, arroz é plantado em áreas tropicais e equatoriais.

Questão 9: alternativa B

A Índia e seu crescimento astronômico são tema recorrente em questões. Assim como a China a Índia tem como grande atrativo uma enorme disponibilidade de mão-de-obra tanto desqualificada como qualificada. Ela deve se tornar a 6ª maior economia em poucos anos.

Questão 10: alternativa A

Quanto mais antiga é uma formação, mas tempo ela sofreu erosão. Erosão sempre procura uniformizar, aplainar. Por isso as rochas mais antigas tendem a ser mais aplainadas.

Duas questões ainda cobravam algum conhecimento em geografia:

Questão 17: alternativa D -> sai de São Paulo áreas de Floresta tropical e vão para uma área onde predomina o Cerrado. Arbustos esparsos, áreas de campos, e estação seca.

Questão 45: alternativa D -> a única correlação correta é a Serra do Mar com Mata Atlântica.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Slides da aula de Industrialização no Brasil

Slides da aula de Industrialização no Brasil

terça-feira, 22 de novembro de 2011

LISTA REVISÃO FUVEST 2011

Já que teve lista para os principais vestibulares, não podia faltar o da FUVEST

para baixar a lista clique aqui

Para baixar o gabarito clique aqui

uma boa sorte para todos!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

SEMANA mais DE BOA

Olá Rapaziada,

estou meio devagar no blog... fim de ano é correria para professor, mas vai rolar listinha para a fuvest igual rolou para unicamp e unesp.

até mais e bom fim de semana!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LISTA DE REVISÃO UNICAMP

Mais uma batalha pela frente!

lista de revisão clique aqui

Gabarito aqui

boa sorte para todo mundo no domingo!

sábado, 5 de novembro de 2011

Unicamp vai eliminar quem estiver portando celular durante o vestibular

Candidato será expulso da prova mesmo se o aparelho estiver desligado. Universidade divulga em seu site os locais de prova, que será dia 13.

Quem for prestar o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não poderá entrar nos locais de prova portando telefone celular, mesmo que o aparelho esteja desligado.A universidade diz que o candidato que for pego com celular, mesmo desligado, durante a realização das provas, será eliminado do vestibular. É a primeira vez que a Unicamp adota esta medida. Relógios analógicos (de ponteiro) serão permitidos, mas os digitais também estão proibidos, assim como outros aparelhos eletrônicos.

A Unicamp divulgou nesta sexta-feira (4), no site os locais de prova dos candidatos ao vestibular 2012. Para consultar o local de prova, o candidato deve acessar o site da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) e digitar o nome ou o número de inscrição no vestibular.

A prova da primeira fase será realizada no dia 13. Este ano, 61.500 candidatos se inscreveram no processo seletivo da Unicamp, um recorde na história da instituição que completa 45 anos de sua fundação. Eles vão disputar 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.

A Unicamp realiza as provas do em 22 cidades do Brasil: Bauru, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Jundiaí, Limeira, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba e Sumaré

prova da primeira fase tem duas partes: redação, em que o candidato será solicitado a produzir três textos de gêneros diversos, todos de execução obrigatória, e a parte de conhecimentos gerais, com 48 questões de múltipla escolha, baseadas nos conteúdos das diversas áreas do conhecimento desenvolvidas no ensino médio. O candidato deverá completar a prova em até cinco horas e não poderá deixar a sala de provas antes de 3h30 de exame.

Prova começa às 13h no horário local
A prova começa às 13h, e a recomendação é que os candidatos estejam nos locais de prova ao meio-dia. Importante: nos estados onde não há horário de verão, a Unicamp seguirá o horário local e não o horário de Brasília.

Na primeira fase, os candidatos deverão levar o original do documento indicado na inscrição, uma foto 3x4 tirada em 2011 (com nome e número de inscrição anotados no verso), caneta esferográfica de cor preta em material transparente, lápis preto, borracha, uma pequena régua transparente e compasso. É vedada a utilização de aparelhos celulares ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos, relógios digitais, corretivo líquido, lapiseira, bandana/lenço, boné, chapéu, ou outros materiais estranhos à prova. O candidato poderá usar relógio analógico para controlar o tempo.

A lista dos aprovados na primeira fase sairá no dia 20 de dezembro. A segunda fase será realizada nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2012. As provas de habilidades específicas, para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música vão ser realizadas em Campinas entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2012. A primeira chamada será divulgada dia 6 de fevereiro e a matrícula dos convocados em primeira chamada deverá ser feita no dia 9 de fevereiro.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto

Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto

by Nina Crintzs

Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.

Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.

Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais especialistas que os outros. Fui em todos – TODOS – os neurologistas famosos – sim, porque tem disso, médico famoso – e, um por um, eles viam meus exames, confirmavam o diagnóstico, discutiam os mesmos tratamentos e confirmavam que cura, não tem. Minha mãe é uma heroína – mãos dadas comigo o tempo todo, segurando para não chorar. Ela mesma mais destruída do que eu. E os médicos famosos viam os resultados das ressonâncias magnéticas feitas com prata contra seus quadros de luz – mas não olhavam para mim. Alguns dos exames são medievais: agulhas espetadas pelo corpo, eletrodos no córtex cerebral, “estímulos” elétricos para ver se a partes do corpo respondem. Partes do corpo. Pastas e mais pastas sobre mesas com tampos de vidro. Colunas, crânio, córneas. Nos meus olhos, mesmo, ninguém olhava.

O diagnóstico de uma doença grave e incurável é um abismo no qual você é empurrado sem aviso. E sem pára-quedas. E se você ta esperando um “mas” aqui, sinto lhe informar, não tem. Não no meu caso. Não teve revelação divina. Não teve fé súbita em alguma coisa maior. Não teve uma compreensão mais apurada das dores do mundo. O que dá, assim, de cara, é raiva. Porque a vida já caminha na beirada do insuportável sem essa foice tão perto do pescoço. Porque já é suficientemente difícil estar vivo sem esta sentença se morte lenta e degradante. Dá vontade de acreditar em Deus, sim, mas só se for para encher Ele de porrada.

O problema é que uma raiva desse tamanho cansa, e o tempo passa. A minha doença não me define, porque eu não deixo. Ela gostaria muitíssimo de fazê-lo, mas eu não deixo. Fiz um combinado comigo mesma: essa merda vai ter 30% da atenção que ela demanda. Não mais do que isso. E segue o baile. Mas segue diferente, confesso. Segue com menos energia e mais remédios. Segue com dias bons e dias ruins – e inescapáveis internações hospitalares.

A neurologista que me acompanha foi escolhida a dedo: ela tem exatamente a minha idade, olha nos meus olhos durante as minhas consultas, só ri das minhas piadas boas e já me respondeu “eu não sei” mais de uma vez. Eu acho genial um médico que diz “eu não sei, vou pesquisar”. Eu não troco a minha neurologista por figurão nenhum.

O meu tratamento custaria algo em torno de R$12.000,00 por mês. Isso mesmo: 12 mil reais. “Custaria” porque eu recebo os remédios pelo SUS. Sabe o SUS?! O Sistema Único de Saúde? Aquele lugar nefasto para onde as pessoas econômica e socialmente privilegiadas estão fazendo piada e mandando o ex-presidente Lula ir se tratar do recém descoberto câncer? Pois é, o Brasil é o único país do mundo que distribui gratuitamente o tratamento que eu faço para Esclerose Múltipla. Atenção: o ÚNICO. Se isso implica em uma carga tributária pesada, eu pago o imposto. Eu e as outras 30.000 pessoas que tem o mesmo problema que eu. É pouca gente? Não vale a pena? Todos os remédios para doenças incuráveis no Brasil são distribuídos pelo SUS. E não, corrupção não é exclusividade do Brasil.

O maior especialista em Esclerose Múltipla do Brasil atende no HC, que é do SUS, num ambulatório especial para a doença. De graça, ou melhor, pago pelos impostos que a gente reclama em pagar. Uma vez a cada seis meses, eu me consulto com ele. É no HC que eu pego minhas receitas – para o tratamento propriamente dito e para os remédios que uso para lidar com os efeitos colaterais desse tratamento, que também me são entregues pelo SUS. O que me custaria fácil uns outros R$2.000,00.

Eu acredito em poucas coisas nessa vida. Tenho certeza de que o mundo não é justo, mas é irônico. E também sei que só o humor salva. Mas a única pessoa que pode fazer piada com a minha desgraça sou eu – e faço com regularidade. Afinal, uma doença auto-imune é o cúmulo da auto-sabotagem.

Mas attention shoppers: fazer piada com a tragédia alheia não é humor, é mau gosto. É, talvez, falha de caráter. E falar do que não se conhece é coisa de gente burra. Se você nunca pisou no SUS – se a TV Globo é a referência mais próxima que você tem da saúde pública nacional, talvez esse não seja exatamente o melhor assunto para o seu, digamos, “humor”.

Quem me conhece sabe que eu não voto – não voto nem justifico. Pago lá minha multa de três reais e tals depois de cada eleição porque me nego a ser obrigada a votar. O sistema público de saúde está longe de ser o ideal. E eu adoraria não saber tanto dele quanto sei. O mundo, meus amigos, é mesmo uma merda. Mas nós estamos todos juntos nele, não tem jeito. E é bom lembrar: a ironia é uma certeza. Não comemora a desgraça do amiguinho, não.