No país, os efeitos da desertificação podem ser mais visíveis nas ASDs (Áreas Suscetíveis à Desertificação) localizadas no Nordeste e em uma pequena área do Sudeste. Atualmente mais de 1.480 municípios dos nove Estados que compõem o Nordeste já são atingidos por este fenômeno segundo o Ministério do Meio Ambiente. E não é somente nesta região que o fenômeno ocorre, já que algumas cidades do norte de Minas e do Espírito Santo também são atingidas.
Dentre essas áreas há outras em que a situação é mais grave. São os chamados núcleos de desertificação, onde o processo está bem mais avançado, como Seridó (RN), Irauçuba (CE), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). Em alguns Estados do Nordeste, o modelo de produção baseado em intenso desmatamento, provocou mudanças climáticas que evoluíram para um tipo de desertificação somente visto no continente africano. O problema avança também para os entornos das regiões semi-áridas e subúmidas secas.
Problema aumenta
No Brasil temos a também a presença de grandes espaços aparentemente sem sinal de vida ou água, mas que não se enquadram na categoria de deserto, embora sejam denominados como áreas de atenção especial. São os chamados areais ou regiões de arenização, que aparecem no Rio Grande do Sul e na região Centro-Oeste, área conhecida geologicamente como formação Botucatu - um solo pobre, com muita areia em sua composição. Embora um fenômeno já bastante antigo nessa área, foi agravado pelo uso inadequado do solo.
Atualmente, vêm sendo desenvolvidos estudos e ações que estão ajudando a mudar a realidade das regiões atingidas pelo problema. Mas sociedade e dirigentes ainda não se perguntaram o quanto e o que é efetivamente necessário para garantir o suprimento de alimentos, tendo em vista evitar os crescentes desastres causados ao meio ambiente e a necessidade de garantir uma população longe da miséria e da fome.
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