quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Zelaya completa hoje 4 meses na Embaixada do Brasil e pode deixar Honduras na semana que vem

Do UOL Notícias*
Em São Paulo
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, completa hoje (21) quatro meses refugiado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Zelaya está a menos de uma semana do final dos quatro anos de seu mandato previsto na Constituição, mas interrompido pelo golpe de Estado de 28 de junho.

O governo eleito de Honduras, que assumirá na próxima semana, e a República Dominicana chegaram a um acordo nesta quarta-feira (20) para que Zelaya se abrigue no país caribenho após a posse do novo presidente, Porfirio Lobo. Contudo, Zelaya disse que estudaria a proposta. "É um bom gesto de Lobo para a reconciliação nacional, à qual estou disposto a ajudar", afirmou Zelaya sobre a possibilidade do asilo.

"Se estabelece o acordo de que o presidente José Manuel Zelaya, seus familiares e os integrantes de seu círculo íntimo poderão sair em direção à República Dominicana no próximo 27 de janeiro de 2010 na qualidade de hóspedes desta nação irmã", diz o documento assinado por Lobo e Leonel Fernández, presidente da República Dominicana.

Zelaya assumiu o poder em 27 de janeiro de 2006 após ganhar as eleições de novembro de 2005 como candidato do Partido Liberal. Então, ele venceu o aspirante do Partido Nacional, Porfirio Lobo, que foi o vencedor na eleição presidencial de 2009 e assumirá o poder no próximo dia 27.

No mesmo dia 27, Porfirio Lobo promete que vai assinar o salvo-conduto para liberar a viagem do deposto Manuel Zelaya à República Dominicana.

Na semana passada, seu porta-voz e assessor, Rasel Tomé, disse à Agência Efe que Zelaya anunciará no dia 27, data da posse de Lobo, se fica em Honduras ou se deixa o país.

Zelaya foi expulso do poder e de Honduras em 28 de junho do ano passado, quando foi substituído no Congresso por Roberto Micheletti, que até o dia do golpe de Estado era o presidente do Legislativo.

Na terça-feira, Micheletti disse que o futuro de Zelaya dependerá do presidente deposto e reiterou que, caso fique no país, terá que responder na Justiça por acusações de abuso de autoridade e traição à pátria, entre outras.

*Com informãções das agências internacionais e da Agência Brasil

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