quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comentários sobre a prova da UNESP

Veja os comentários dos professores para cada uma das disciplinas:

Matemática

A prova de matemática trouxe questões complicadas e, em seu conjunto, foi pouco abrangente. "Exigiu assuntos muito específicos, como números complexos e elipses, para uma primeira fase", opina Nobilioni. A equipe do Anglo concorda e acrescenta: "a prova do ano passado foi melhor", conta Nicolau Marmo.

Física

Para o professor Eduardo Figueiredo, do Objetivo, a prova de física "era mais simples que se esperava, mas adequada a uma prova de conhecimentos gerais". As questões tinham enunciados claros e precisos e os alunos bem preparados acertariam todas.

Química

"Classifico a prova como de nível médio, o que é algo positivo para uma primeira fase", avalia Antonio Mario Salles, do Objetivo. No entanto, faltou abrangência nos temas abordados. "Não houve nenhuma questão de química orgânica, que é uma parte extensa e importante da disciplina", explica Salles. Ele chama a atenção também para o fato de as questões terem tido enunciados mais longos. "É tendência porque os examinadores querem perguntas contextualizadas", diz observando que em alguns casos eles perderam a mão. "Exemplo disso é a questão 77, que é de tabela periódica e conta uma historinha que não seria utilizada para respondê-la", diz.

Biologia

O teste de biologia estava "bom para classificar candidatos de várias áreas" na opinião de Marcelo Alex Leal, do Objetivo. Os temas estavam bem distribuídos entre botânica, zoologia e citologia. Outra aspecto a acrescentar era que a prova trouxe assuntos ligados ao cotidiano, como uma questão que tratava do mecanismo de funcionamento da pílula anticoncepcional.

Inglês

Para a professora do Objetivo, Cristina Armaganijan, a prova teve nível "médio" e seguiu a tradição da Unesp de exigir do aluno que tenha hábito de ler em inglês e domine um bom vocabulário. Os professores do Anglo fizeram apenas uma crítica ao exame: "escolheram um texto muito supérfulo [que se referia ao futebol americano]".

Português

Segundo Nicolau Marmo, do Anglo, a prova foi "muito bem elaborada, com textos simples e bem escolhidos". O professor Nelson Dutra, do Objetivo, achou que a prova estava "um pouco mais fácil que o esperado". Ambos fizeram menção à questão relacionada ao parnasianismo, ancorada em um poema de Júlio César da Silva. Para eles, o texto era o mais exigente em termos de compreensão, mas a questão poderia ser respondida pelo candidato que soubesse reconhecer as características do movimento literário.

História

Chamou a atenção do professor Robson Santiago da Silva, do Objetivo, a inclusão do conteúdo de história da américa entre as questões da disciplina. "A prova foi abrangente e equilibrada", comenta. O professor Nicolau Marmo aponta falta de homogeneidade na cobrança de história geral: "algumas questões pediam conteúdo muito específico e outras eram superficiais".

Geografia

Marmo acha que geografia contrastou com história na prova. "Foi abrangente e adequada para uma primeira fase", disse. Na área de ciências humanas, ele sentiu falta de conteúdo de filosofia.

A prova deste ano superou o nível de dificuldade das edições anteriores do vestibular da Unesp, na opinião da professora Vera Lúcia. "A prova exigiu conhecimento de conceitos e correlação entre eles, não dá para fazer [a prova] como paraquedista", diz. Ela chama a atenção para um tema que surgiu em duas questões, a situação da Coreia. "É um assunto que vai pontuar em outros vestibulares", opina.

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