quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Enem 2010 será única forma de seleção em pelo menos 23 universidades federais

Pelo menos 23 universidades federais irão realizar a seleção para ingresso em 2011 exclusivamente com a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Em 20 destas instituições será utilizado o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do MEC (Ministério da Educação) – e o candidato desembolsa apenas a taxa de inscrição para o Enem, que foi de R$ 35. Nas outras três, as próprias universidades vão organizar os processos seletivos. Na UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) o vestibulando terá que pagar inscrição em separado para concorrer às vagas. A Ufopa (Universidade Federal do Pará) e a Unilab (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira) ainda não divulgaram se cobrarão pela inscrição.

Dentre as 59 universidades federais, 18 vão escolher apenas uma parcela de seus novos alunos por meio do Sisu, com nota do Enem – e vão manter seus vestibulares tradicionais paralelamente.. A porcentagem de vagas destinadas ao Sisu varia de 10 a 60%.

Algumas das instituições, como a Ufla (Universidade Federal de Lavras), em Minas Gerais, a UFPI (Universidade Federal do Piauí) e a UFPB (Universidade Federal da Paraíba), ainda estão em fase de transição – estão terminando processos de avaliação seriada, em que os estudantes fazem provas no decorrer do ensino médio, antes de adotarem o Enem como seleção única.

Enem como parte da nota

Outras, como a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), usam o Enem para alguns cursos. A UFBA realiza seleção própria para os cursos tradicionais e oferta todas as vagas dos bacharelados interdisciplinares e dos cursos superiores de tecnologia pelo Sisu. Já a Unifesp utiliza a nota do Enem como primeira fase em sete cursos incluindo a concorridíssima graduação de medicina; os demais disponibilizam vagas pela seleção pelo Enem.

Há, ainda, instituições que irão substituir a primeira fase do processo seletivo pela nota do Enem. São elas: UFPA (Universidade Federal do Pará), Unir (Universidade Federal de Rondônia), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), UFU (Universidade Federal de Uberlândia), Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

Na Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), na UFV (Universidade Federal de Viçosa), na UFSJ Universidade Federal de São João Del Rei), na UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e na UFPR (Universidade Federal do Paraná) o resultado do exame será utilizado para complementar a nota final do candidato.

Somente a Unifap (Universidade Federal do Amapá), UFG (Universidade Federal do Goiás) e Unifal (Universidade Federal de Alfenas) não definiram a forma de utilização da nota do exame. Em outras quatro instituições, o Enem será usado apenas para preencher vagas remanescentes, como na UnB (Universidade de Brasília).

O primeiro levantamento do uso da nota do Enem nas universidades federais em 2011, feito pelo UOL Vestibular, foi divulgado em 8 de julho. Nesta data, algumas faculdades apenas recomendavam a inscrição no exame, mas não indicavam como usariam a nota. Foi o caso da Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) e da Furg (Fundação Universidade Federal do Rio Grande) que aderiram integralmente ao Sisu. E, também, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que decidiu disponibilizar 60% das vagas pelo sistema unificado: 20% para cotas sociais e 40% pelo sistema universal.

O que é o Enem
O Enem é organizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Mais de 4,6 milhões de estudantes se inscreveram para participar exame esse ano. Exatamente 4.611.441 candidatos são esperados para fazer as provas nos dias 6 e 7 de novembro.

As provas terão a mesma estrutura do ano passado. Vão abranger as áreas de linguagens e códigos, ciências da natureza, matemática e ciências humanas. O exame terá quatro provas objetivas de múltipla escolha, com 45 questões cada uma, e redação. A novidade este ano serão as questões de língua estrangeira (inglês ou espanhol) na área de linguagens e códigos.

No primeiro dia do exame, um sábado, serão aplicadas as questões de ciências da natureza e ciências humanas. A prova começa às 13h e vai até as 17h30. No domingo, das 13h às 18h30, será a vez de matemática, linguagens e códigos e da redação.

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