segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Site do Sisu 2012 deve entrar no ar nesta segunda; inscrições começam em 7 de janeiro
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
SAI LISTA DE APROVADOS PARA A SEGUNDA FASE DA UNICAMP
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
10 anos de Brics
A força dos emergentes
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Há dez anos o economista inglês Jim O’Neill cunhou o acrônimo Bric para se referir a quatro países de economias em desenvolvimento – Brasil, Rússia, Índiae China – que desempenhariam, nos próximos anos, um papel central nageopolítica e nos negócios internacionais.
O acrônimo ganhou uso corrente entre economistas e se tornou um dos maiores símbolos da nova economia globalizada. Neste quadro, os países emergentes ganharam maior projeção política e econômica, desafiando a hegemonia do grupo de nações industrializadas, o G7 (formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão).
Desde 2009, os líderes dos países membros do Bric realizam conferências anuais. Em abril do ano passado, a África do Sul foi admitida no grupo, adicionando-se um “s” ao acrônimo, que passou a ser Brics.
No grupo estão 42% da população e 30% do território mundiais. Nos últimos dez anos, os países do Bric apresentaram crescimento além da média mundial. Estima-se que, em 2015, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brics corresponda a 22% do PIB mundial; e que, em 2027, ultrapasse as economias do G7.
A China é o “gigante” do grupo. A abertura da economia chinesa, mediante um conjunto de reformas, tornou o país a segunda maior economia do planeta, atrás somente dos Estados Unidos e ultrapassando Japão e países da Europa.
A economia chinesa é maior do que a soma de todas as outras quatro que compõem o grupo. O PIB chinês, em 2010, foi de US$ 5,8 trilhões, superior aos US$ 5,5 da soma de todas as outras – Brasil (US$ 2 trilhões), Rússia (US$ 1,5), Índia (US$ 1,6) e África do Sul (US$ 364 bilhões).
Mas os chineses enfrentam hoje desafios em áreas como meio ambiente e política, alvos da pressão internacional.
Brasil
A inclusão do Brasil no Brics trouxe uma projeção internacional positiva, que dificilmente seria alcançada de outro modo e em um curto período. Como resultado, o país tem hoje representação nas principais cúpulas internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e o G20.
O Brasil entrou no grupo em razão do crescimento econômico, ocorrido principalmente a partir de 2005. Esse crescimento foi possível por causa do controle da inflação, com a implantação do Plano Real, em 1994, e o aumento das exportações para países como China, principal parceiro comercial, a partir de 2001.
Com a estabilidade econômica, veio a confiança do mercado e o aumento do crédito para empresas e consumidores. O setor privado contratou mais gente, gerando mais empregos, e houve aumento de salários, fazendo que, entre 2005 e 2006, 30 milhões de brasileiros migrassem das classes D e E para a C, a classe média. Contribuíam também, para isso, programas sociais como o Bolsa Família. Assim, mais pessoas passaram a consumir, aquecendo o mercado de varejo.
Desigualdade
Os programas do governo Lula também tiveram reflexos no âmbito da justiça social. Na última década e meia, o país foi o único entre os Brics a reduzir a desigualdade, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Porém, mesmo assim, a distância entre ricos e pobres no Brasil ainda é a maior entre os países emergentes.
A desigualdade é medida pelo índice Gini, que caiu de 0,61 para 0,55 entre 1993 e 2008 (quanto menor o valor, melhor o índice). Nos demais países do Brics, houve aumento. Mesmo assim, o Gini do Brasil é o maior entre eles e o dobro da média dos países ricos: no Brasil, 10% dos mais ricos ganham 50 vezes mais do que os 10% mais pobres.
Outro desafio para o país é fazer ajustes na política econômica. A divulgação do resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano, que registrou uma variação zero em relação ao trimestre anterior, apontou a desaceleração da economia. Para sair da estagnação, o governo terá que fazer reformas, inclusive no sistema de tributação, para estimular o investimento por parte do setor privado.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Fuvest 2012 anula questão de matemática da 1ª fase
Prova ficou com 89 questões. Outras duas perguntas contestadas por professores foram mantidas
A Fuvest decidiu anular uma questão da prova daprimeira fase do vestibular que seleciona alunos para a Universidade de São Paulo (USP) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (USP). Com isso, a prova realizada no domingo, dia 27, terá 89 questões objetivas.
A anulada é a 62 da versão V, de matemática. Nas outras provas, a mesma questão aparece como K – 05, Q – 37, X – 73, Z – 51. A pergunta é uma das três que foram contestadas por professores ouvidos pelo iG. No entendimento da Fuvest, houve uma imprecisão apenas na formulação do enunciado da questão 62.
O professor de matemática do cursinho Objetivo Gregório Krikorian havia analisado que havia um problema na pergunta que a tornava incompatível, porque se referia a um polígono convexo e dizia que as somas dos ângulos formam uma progressão algarítmica. "Isso é impossível porque se os ângulos forem os referidos na alternativa dita, o polígono não será convexo", explicou.
Também foram questionadas por professores as perguntas 81 e 89 da versão V, ambas de física.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
PROVA DA FUVEST 2012 COMENTADA... POR MIM!
Olá rapaziada, pela primeira vez resolvi fazer um comentário mas completo sobre uma prova. Vou comentar questão por questão a parte de Geografia da Fuvest. Por falta de tempo e prática para diagramar vou apenas fazer os comentários seguindo a prova V, que está disponível para baixar em vários sites.
Em geral achei a prova tranqüila quando comparada a do ano passado. É a primeira vez que faço comentário assim por escrito, espere que fique bom.
PROVA V
Questão 1: alternativa D
Foi uma questão interpretativa, com duas charges que tinham em comum o tema do desmatamento. Na primeira a parte verde da bandeira está sendo desmatada e na outra o código de barra feito de troncos de árvore. Questão fácil.
Questão 2: alternativa A
Mostra a nova orientação do crescimento urbano, com o surgimento de novos centros. Porém algumas alternativas podiam confundir o aluno, mas lendo com calma dava para eliminar todas as outras alternativas. Não cresce no sentido da conurbação, nem para sudeste.
Questão 3: alternativa D
O texto cita a escravidão por dívida, realidade por imigrantes latinos, principalmente bolivianos e peruanos que vem para o Brasil ilegalmente para trabalhar, concentrando-se no setor têxtil. Eles vêm com a viagem paga e ficam presos as confecções, onde tem uma relação de escravidão por dívida.
Em alguns colégios usei um vídeo que mostrava essa relação.
Questão 4: alternativa C
Questão de analise de gráfico. No primeiro mapa, São Paulo é alto e o Nordeste é baixo, ALFABETIZAÇÃO. No último gráfico a região escura tem q ser a mais alta, IDH.
Questão 5: alternativa B
Analisar as afirmações com base nos mapas de renda per capita e bolsões de pobreza.
Afirmação 1 -> correta, concentração de terra sempre foi e será causador de pobreza.
Afirmação 2 e 4-> corretas, mostram que ter alta renda per capita não exclui a possibilidade de existir bolsões de pobreza já que a renda per capita esconde a concentração de renda.
Afirmação 3 -> biodiversidade não garante renda e muito menos distribuição de renda.
Questão 6: alternativa E
Questão mais específica sobre a União Européia, onde os presidentes questionam o Acordo de Schengen que livre circulação de pessoas. Nível difícil
Questão 7: alternativa C
A afirmação errada é a 2, pois como se trata de um deserto frio é uma área de alta pressão e NÃO de baixa pressão. A única alternativa que não contem a afirmação 2 é a letra C. Assim matava a questão por eliminação.
Questão 8: alternativa E
O mapa mostra as áreas de cultivo, ao analisar o mapa vemos que não é feito este cultivo em nenhuma área equatorial ou tropical, o que já elimina 3 alternativas. Restando a escolha entre arroz e trigo, arroz é plantado em áreas tropicais e equatoriais.
Questão 9: alternativa B
A Índia e seu crescimento astronômico são tema recorrente em questões. Assim como a China a Índia tem como grande atrativo uma enorme disponibilidade de mão-de-obra tanto desqualificada como qualificada. Ela deve se tornar a 6ª maior economia em poucos anos.
Questão 10: alternativa A
Quanto mais antiga é uma formação, mas tempo ela sofreu erosão. Erosão sempre procura uniformizar, aplainar. Por isso as rochas mais antigas tendem a ser mais aplainadas.
Duas questões ainda cobravam algum conhecimento em geografia:
Questão 17: alternativa D -> sai de São Paulo áreas de Floresta tropical e vão para uma área onde predomina o Cerrado. Arbustos esparsos, áreas de campos, e estação seca.
Questão 45: alternativa D -> a única correlação correta é a Serra do Mar com Mata Atlântica.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
LISTA REVISÃO FUVEST 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
SEMANA mais DE BOA
terça-feira, 15 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
LISTA DE REVISÃO UNICAMP
sábado, 5 de novembro de 2011
Unicamp vai eliminar quem estiver portando celular durante o vestibular
Candidato será expulso da prova mesmo se o aparelho estiver desligado. Universidade divulga em seu site os locais de prova, que será dia 13.
Quem for prestar o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não poderá entrar nos locais de prova portando telefone celular, mesmo que o aparelho esteja desligado.A universidade diz que o candidato que for pego com celular, mesmo desligado, durante a realização das provas, será eliminado do vestibular. É a primeira vez que a Unicamp adota esta medida. Relógios analógicos (de ponteiro) serão permitidos, mas os digitais também estão proibidos, assim como outros aparelhos eletrônicos.
A Unicamp divulgou nesta sexta-feira (4), no site os locais de prova dos candidatos ao vestibular 2012. Para consultar o local de prova, o candidato deve acessar o site da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) e digitar o nome ou o número de inscrição no vestibular.
A prova da primeira fase será realizada no dia 13. Este ano, 61.500 candidatos se inscreveram no processo seletivo da Unicamp, um recorde na história da instituição que completa 45 anos de sua fundação. Eles vão disputar 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
A Unicamp realiza as provas do em 22 cidades do Brasil: Bauru, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Jundiaí, Limeira, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba e Sumaré
prova da primeira fase tem duas partes: redação, em que o candidato será solicitado a produzir três textos de gêneros diversos, todos de execução obrigatória, e a parte de conhecimentos gerais, com 48 questões de múltipla escolha, baseadas nos conteúdos das diversas áreas do conhecimento desenvolvidas no ensino médio. O candidato deverá completar a prova em até cinco horas e não poderá deixar a sala de provas antes de 3h30 de exame.
Prova começa às 13h no horário local
A prova começa às 13h, e a recomendação é que os candidatos estejam nos locais de prova ao meio-dia. Importante: nos estados onde não há horário de verão, a Unicamp seguirá o horário local e não o horário de Brasília.
Na primeira fase, os candidatos deverão levar o original do documento indicado na inscrição, uma foto 3x4 tirada em 2011 (com nome e número de inscrição anotados no verso), caneta esferográfica de cor preta em material transparente, lápis preto, borracha, uma pequena régua transparente e compasso. É vedada a utilização de aparelhos celulares ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos, relógios digitais, corretivo líquido, lapiseira, bandana/lenço, boné, chapéu, ou outros materiais estranhos à prova. O candidato poderá usar relógio analógico para controlar o tempo.
A lista dos aprovados na primeira fase sairá no dia 20 de dezembro. A segunda fase será realizada nos dias 15, 16 e 17 de janeiro de 2012. As provas de habilidades específicas, para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música vão ser realizadas em Campinas entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2012. A primeira chamada será divulgada dia 6 de fevereiro e a matrícula dos convocados em primeira chamada deverá ser feita no dia 9 de fevereiro.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto
Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto
by Nina Crintzs
Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.
Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.
Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais especialistas que os outros. Fui em todos – TODOS – os neurologistas famosos – sim, porque tem disso, médico famoso – e, um por um, eles viam meus exames, confirmavam o diagnóstico, discutiam os mesmos tratamentos e confirmavam que cura, não tem. Minha mãe é uma heroína – mãos dadas comigo o tempo todo, segurando para não chorar. Ela mesma mais destruída do que eu. E os médicos famosos viam os resultados das ressonâncias magnéticas feitas com prata contra seus quadros de luz – mas não olhavam para mim. Alguns dos exames são medievais: agulhas espetadas pelo corpo, eletrodos no córtex cerebral, “estímulos” elétricos para ver se a partes do corpo respondem. Partes do corpo. Pastas e mais pastas sobre mesas com tampos de vidro. Colunas, crânio, córneas. Nos meus olhos, mesmo, ninguém olhava.
O diagnóstico de uma doença grave e incurável é um abismo no qual você é empurrado sem aviso. E sem pára-quedas. E se você ta esperando um “mas” aqui, sinto lhe informar, não tem. Não no meu caso. Não teve revelação divina. Não teve fé súbita em alguma coisa maior. Não teve uma compreensão mais apurada das dores do mundo. O que dá, assim, de cara, é raiva. Porque a vida já caminha na beirada do insuportável sem essa foice tão perto do pescoço. Porque já é suficientemente difícil estar vivo sem esta sentença se morte lenta e degradante. Dá vontade de acreditar em Deus, sim, mas só se for para encher Ele de porrada.
O problema é que uma raiva desse tamanho cansa, e o tempo passa. A minha doença não me define, porque eu não deixo. Ela gostaria muitíssimo de fazê-lo, mas eu não deixo. Fiz um combinado comigo mesma: essa merda vai ter 30% da atenção que ela demanda. Não mais do que isso. E segue o baile. Mas segue diferente, confesso. Segue com menos energia e mais remédios. Segue com dias bons e dias ruins – e inescapáveis internações hospitalares.
A neurologista que me acompanha foi escolhida a dedo: ela tem exatamente a minha idade, olha nos meus olhos durante as minhas consultas, só ri das minhas piadas boas e já me respondeu “eu não sei” mais de uma vez. Eu acho genial um médico que diz “eu não sei, vou pesquisar”. Eu não troco a minha neurologista por figurão nenhum.
O meu tratamento custaria algo em torno de R$12.000,00 por mês. Isso mesmo: 12 mil reais. “Custaria” porque eu recebo os remédios pelo SUS. Sabe o SUS?! O Sistema Único de Saúde? Aquele lugar nefasto para onde as pessoas econômica e socialmente privilegiadas estão fazendo piada e mandando o ex-presidente Lula ir se tratar do recém descoberto câncer? Pois é, o Brasil é o único país do mundo que distribui gratuitamente o tratamento que eu faço para Esclerose Múltipla. Atenção: o ÚNICO. Se isso implica em uma carga tributária pesada, eu pago o imposto. Eu e as outras 30.000 pessoas que tem o mesmo problema que eu. É pouca gente? Não vale a pena? Todos os remédios para doenças incuráveis no Brasil são distribuídos pelo SUS. E não, corrupção não é exclusividade do Brasil.
O maior especialista em Esclerose Múltipla do Brasil atende no HC, que é do SUS, num ambulatório especial para a doença. De graça, ou melhor, pago pelos impostos que a gente reclama em pagar. Uma vez a cada seis meses, eu me consulto com ele. É no HC que eu pego minhas receitas – para o tratamento propriamente dito e para os remédios que uso para lidar com os efeitos colaterais desse tratamento, que também me são entregues pelo SUS. O que me custaria fácil uns outros R$2.000,00.
Eu acredito em poucas coisas nessa vida. Tenho certeza de que o mundo não é justo, mas é irônico. E também sei que só o humor salva. Mas a única pessoa que pode fazer piada com a minha desgraça sou eu – e faço com regularidade. Afinal, uma doença auto-imune é o cúmulo da auto-sabotagem.
Mas attention shoppers: fazer piada com a tragédia alheia não é humor, é mau gosto. É, talvez, falha de caráter. E falar do que não se conhece é coisa de gente burra. Se você nunca pisou no SUS – se a TV Globo é a referência mais próxima que você tem da saúde pública nacional, talvez esse não seja exatamente o melhor assunto para o seu, digamos, “humor”.
Quem me conhece sabe que eu não voto – não voto nem justifico. Pago lá minha multa de três reais e tals depois de cada eleição porque me nego a ser obrigada a votar. O sistema público de saúde está longe de ser o ideal. E eu adoraria não saber tanto dele quanto sei. O mundo, meus amigos, é mesmo uma merda. Mas nós estamos todos juntos nele, não tem jeito. E é bom lembrar: a ironia é uma certeza. Não comemora a desgraça do amiguinho, não.
domingo, 30 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Futuro da Palestina

Mesmo que seja aprovada, uma resolução em favor da Palestina não garantirá o fim dos conflitos com os israelenses. As negociações de paz estão paralisadas há um ano devido à resistência de Israel em desocupar territórios árabes.
Mas ser aceito como o 194º. Estado da ONU teria um efeito político importante para os palestinos. Eles teriam acesso, por exemplo, a tribunais internacionais, onde poderiam abrir processos contra o governo israelense por conta das áreas invadidas.
Há décadas árabes e judeus disputam as mesmas terras no Oriente Médio. No século 19, colonos judeus foram incentivados a migrarem da Europa para a Palestina. O objetivo era constituir o Estado de Israel. Os árabes, contudo, já habitavam a região há séculos.
Durante a perseguição nazista, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo migratório de judeus se intensificou. Em 1947, a ONU propôs a divisão da Palestina, formando dois Estados independentes. Jerusalém, cidade considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos, foi colocada sob controle internacional, para evitar conflitos. Os árabes não aceitaram o acordo e, no ano seguinte, Israel se tornou um Estado independente.
A tensão entre Israel e países árabes culminou na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Ao fim dos combates, os israelenses assumiram o controle da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, então pertencentes à Jordânia; da Faixa de Gaza e da Península do Sinai, domínios do Egito; e das Colinas de Golã, território da Síria.
Os árabes que viviam nessas terras foram expulsos ou se retiraram para campos de refugiados. Os judeus, estimulados pelo governo, começaram a criar assentamentos em Gaza e na Cisjordânia. Nos anos seguintes, ocorreram guerras, massacres e atentados terroristas. A Península do Sinai foi finalmente devolvida ao Egito em 1982, e a Faixa de Gaza, entregue aos árabes em 2005.

Em 23 de setembro, o presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, entregou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, uma carta com o pedido de inclusão da Palestina como membro pleno da organização, nas fronteiras definidas antes das ocupações. Países como o Brasil já reconheceram o Estado Palestino.
A reivindicação tem respaldo na Resolução 242 da ONU, de 1967, que determina a desocupação das áreas palestinas. O documento, contudo, nunca foi seguido por Israel.
Votação
Israel não aceita a proposta, pois ela significaria a dissolução dos assentamentos da Cisjordânia, onde vivem cerca de 300 mil judeus (e 2,5 milhões de palestinos), além de abrir mão de Jerusalém Oriental, dividindo novamente a capital. Haveria riscos, de acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de expor o país à ação de radicais islâmicos.
Em maio, quando o presidente americano, Barack Obama, pediu para que as negociações de paz se pautassem pelas fronteiras traçadas em 1967, Netanyahu considerou o pedido "irreal" e "indefensável".
Agora, o governo americano, principal aliado de Israel, deve ser o maior obstáculo para a admissão do Estado Palestino na ONU. Isso porque a proposta deve ser antes aprovada por nove dos 15 países membros do Conselho de Segurança, sem sofrer nenhum veto. Cinco membros permanentes têm poder de veto: Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússiae China. Washington sinalizou que, se preciso, vetará a medida para pressionar os palestinos a retomarem as negociações com Israel.
Por outro lado, se a candidatura palestina receber aprovação do Conselho, deverá ser votada na Assembleia Geral, onde precisará do voto de dois terços dos 193 países membros.Uma decisão da ONU como esta poderá isolar ainda mais Israel no cenário internacional. Hoje, revoltas em curso em países como Síria e Egito, junto com o apoio de países ocidentais à causa palestina, fortalecem os árabes na geopolítica do Oriente Médio.
José Renato Salatiel*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
sábado, 22 de outubro de 2011
Unesp publica locais de prova da 1ª fase do vestibular 2012
A Unesp (Universidade Estadual Paulista) divulgou nesta sexta-feira (21) os locais de prova da primeira fase do vestibular 2012. A consulta pode ser realizada pelo site da Vunesp. Foram recebidas 91.884 inscrições e são oferecidas 6.629 vagas. O número de inscritos é 14,4% superior ao do ano passado.
As provas da primeira fase serão aplicadas em 6 de novembro. Os exames de habilidades, destinados aos cursos da capital (arte-teatro, artes visuais e música) e de Bauru (arquitetura e urbanismo, design e educação artística), acontecem entre os dias 5 e 16 de dezembro, apenas para os candidatos convocados para a segunda fase.
Os exames da segunda fase serão realizados nos dias 18 e 19 de dezembro, e a divulgação do resultado final está prevista para 27 de janeiro de 2012. As matrículas dos convocados em primeira chamada acontecerão nos dias 8 e 9 de fevereiro.
O candidato poderá optar pela utilização da nota da parte objetiva da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2010 ou 2011 para composição da nota do exame de conhecimentos gerais.
Vagas
No total, são oferecidas 6.629 vagas em 156 opções de cursos. Os cursos da Unesp são ministrados em 19 cidades; confira:
- Araçatuba (155 vagas);
- Araraquara (775 vagas);
- Assis (405 vagas);
- Bauru (995 vagas);
- Botucatu (550 vagas);
- Franca (400 vagas);
- Guaratinguetá (310 vagas);
- Ilha Solteira (270 vagas);
- Itapeva (40 vagas);
- Jaboticabal (280 vagas);
- Marília (475 vagas);
- Presidente Prudente (640 vagas);
- Rio Claro (490 vagas);
- Rosana (40 vagas);
- São José do Rio Preto (460 vagas);
- São José dos Campos (80 vagas);
- São Paulo (144 vagas);
- São Vicente (40 vagas);
- Tupã (80 vagas).
Outras informações podem ser obtidas no manual do candidatos ou pelos sites da Vunesp e daUnesp.
http://vestibular.uol.com.br/fonte
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Fatecs de São Paulo recebem inscrições para o vestibular
São oferecidas 11.360 vagas em cursos de graduação tecnológica. Lista de beneficiados com isenção ou redução da taxa é divulgada
As Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo abriram nesta segunda-feira o período para inscrições em seu vestibular, que selecionará estudantes para o primeiro semestre de 2012. Os interessados podem se cadastrar até as 15h do dia 8 de novembro, exclusivamente pela internet, no site do processo seletivo.
Nesta segunda-feira, o Centro Paula Souza, mantenedor das Fatecs, divulgou a lista dos beneficiados com isenção ou redução da taxa de inscrição do vestibular, que é de R$ 70. Os nomes dos candidatos que tiveram o benefício podem ser consultados em página do site do processo seletivo das Fatec.
Nesta edição do vestibular, são oferecidas 11.360 vagas, em 52 unidades que oferecem 61 cursos de graduação tecnológica gratuitos. Houve um crescimento de 1.110 vagas em relação ao mesmo período do ano anterior (10.250).
O Sistema de Pontuação Acrescida concede bônus de 3% a estudantes afrodescendentes e de 10% a oriundos da rede pública. Caso o aluno esteja nas duas situações, recebe 13% de bônus. O manual do candidato com todas as informações sobre o processo seletivo está disponível no site do vestibular das Fatecs.
A prova está agendada para o dia 4 de dezembro e terá duração de quatro horas.
Unesp 2012 tem 91.884 inscritos; número aumentou 14,4% em relação ao ano passado
A Unesp (Universidade Estadual Paulista) registrou 91.884 inscrições para as 6.629 vagas do vestibular 2012 - são 13,9 candidatos para cada vaga. Esse número é 14,4% superior ao do ano passado. As inscrições terminaram na última sexta-feira (7).
Antes do término das inscrições, a assessoria de imprensa divulgou que o processo seletivo já havia recebido mais de 121 mil cadastros. No entanto, até quinta-feira (6), 51.371 candidatos já tinham efetuado o pagamento da taxa, requisito para continuar no processo.
No total, são oferecidas 6.629 vagas em 156 opções de cursos. Os cursos da Unesp são ministrados em 19 cidades; confira:
- Araçatuba (155 vagas);
- Araraquara (775 vagas);
- Assis (405 vagas);
- Bauru (995 vagas);
- Botucatu (550 vagas);
- Franca (400 vagas);
- Guaratinguetá (310 vagas);
- Ilha Solteira (270 vagas);
- Itapeva (40 vagas);
- Jaboticabal (280 vagas);
- Marília (475 vagas);
- Presidente Prudente (640 vagas);
- Rio Claro (490 vagas);
- Rosana (40 vagas);
- São José do Rio Preto (460 vagas);
- São José dos Campos (80 vagas);
- São Paulo (144 vagas);
- São Vicente (40 vagas);
- Tupã (80 vagas).
Provas
As provas da primeira fase serão aplicadas em 6 de novembro. Os exames de habilidades, destinados aos cursos da capital (arte-teatro, artes visuais e música) e de Bauru (arquitetura e urbanismo, design e educação artística), acontecem entre os dias 5 e 16 de dezembro, apenas para os candidatos convocados para a segunda fase.
Os exames da segunda fase serão realizados nos dias 18 e 19 de dezembro, e a divulgação do resultado final está prevista para 27 de janeiro de 2012. As matrículas dos convocados em primeira chamada acontecerão nos dias 8 e 9 de fevereiro.
O candidato poderá optar pela utilização da nota da parte objetiva da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2010 ou 2011 para composição da nota do exame de conhecimentos gerais.
Outras informações podem ser obtidas no manual do candidatos ou pelos sites da Vunesp e daUnesp.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Dica para o ENEM
Para fazer uma boa redação no Enem é preciso estar atento ao noticiário, afirmam professores
Faltando menos de um mês para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011, ainda é possível se preparar para fazer uma boa redação no exame. Professores ouvidos pelo UOL Vestibular destacam a importância da leitura, da atenção ao noticiário e do treino com temas pedidos nas edições anteriores da prova.
"O candidato deve estar atento a tudo que acontece. Deve manter-se informado, ler principalmente os editoriais dos jornais, pois eles dissertam sobre os temas atuais. É sempre bom dar uma olhada nos temas que já cairam no Enem, porque o exame tem se mantido fiel a assuntos atuais", afirmou Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo.
A professora orienta que a leitura das atualidades não deve ser feita somente com o objetivo de se manter informado, mas também de desenvolver uma posição e argumentação sobre os temas. "É preciso analisar criticamente a informação, não recebê-la de forma passiva. O estudante deve ser contestador, isso que ajuda a formar um texto crítico", disse. Ela lembra que o candidato deverá ter uma opinião formada sobre o assunto, para poder se posicionar como cidadão e sugerir uma intervenção para o problema apresentado.
Para Francisco Platão Savioli, supervisor de gramática, texto e redação do Anglo Vestibulares, os estudantes devem treinar com os temas dos anos anteriores e pedir para alguém de casa ler a redação e apontar possíveis erros e falhas. Ele também orienta seus alunos a analisar artigos de jornal da seguinte maneira: "Peço que os alunos tentem perceber qual é a questão posta em debate, qual é o posionamento do articulista ou do redator, que argumentos ele usa para sustentar a posição dele e rebater os argumentos contrários. Com isso, ele vai se familiarizando com o texto dissertativo, aumenta o repertório de informações e aumenta a capacidade de argumentar e raciocinar".
Outro método que pode ajudar o candidato nessa etapa final de estudos é proposto pela professora do Objetivo: "Acho interessante pegar editoriais de jornal e ler atentamente. Depois, o aluno deve fazer uma cópia integral do texto e conferir se ele não deixou nada de fora. Tem que ser uma cópia atenta, tem que se envolver no assunto. Não existem bons escritores que não sejam leitores atentos. Também é um exercício excelente para aprender a pontuar. Ele programa o cérebro para aplicar aquilo que ele leu".
No dia do exame
Para Maria Aparecida, é importante lembrar que no dia do exame o candidato terá que responder 90 questões, além de elaborar a redação. Segundo ela, o ideal é ler pelo menos o tema proposto primeiro e depois fazer as questões. "O estudante vai para as questões já pensando no que ele pode fazer no texto. Pensando em como aproveitar as próprias questões para fazer a redação", orientou.
fonte: UOL vestibulares
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Cartões de confirmação do Enem começam a ser entregues
Os cartões de confirmação de inscrição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), de 2011 começam a ser entregues aos 5,3 milhões de candidatos a partir desta semana.
Média nacional no Enem 2010 sobe 2%
Enem 2011 terá 5,3 milhões de candidatos em todo o país
A operação de distribuição pelas cidades do interior teve início nesta terça-feira e, na próxima semana, chegará às capitais, segundo informou os Correios.
O cartão de confirmação traz as informações sobre o local onde o candidato irá fazer a prova e os horários. O documento precisa ser, obrigatoriamente, apresentado no dia do exame.
As provas serão aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro.
Segundo os Correios, a entrega dos cartões não será afetada pela greve dos funcionários porque, no caso do Enem, foi preparada uma "operação especial" com logística específica.
Além dos cartões, os Correios são responsáveis pela distribuição das provas do Enem, com apoio das polícias estaduais e das Forças Armadas.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
MUDANÇAS EM CUBA
Pacote deve permitir compra de casa própria e viagens ao exterior
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Casa própria, carro e viagens ao exterior fazem parte do sonho de consumo de trabalhadores de todo o mundo. Em Cuba, desde a revolução socialista de 1959, bens e turismo eram restritos ou inacessíveis à população. Agora, um conjunto de medidas anunciadas pelo governo deve mudar o cotidiano dos cubanos.
As reformas econômicas em Cuba são as primeiras em mais de meio século de socialismo. Elas não significam, entretanto, uma abertura política e econômica do mesmo tipo realizado na antiga União Soviética, em 1991.
As propostas do Partido Comunista, que governa a ilha, foram aprovadas pela Assembleia Nacional no dia 1º. de agosto. O objetivo das Diretrizes da Política Econômica e Social do Partido e da Revolução é estimular a economia do país, afetada pela crise de 2008.
O plano possui 313 itens que tiveram o aval do presidente Raúl Castro em abril, no congresso partidário. Raúl substituiu o irmão, Fidel Castro, no cargo. Fidel foi afastado em fevereiro de 2008 depois de 49 anos no poder, por causa de problemas de saúde.
As medidas devem reduzir a interferência do Estado na economia – um dos pilares do socialismo – e estimular a iniciativa privada.
Elas incluem um “enxugamento” na máquina estatal, com a demissão de mais de um milhão de funcionários públicos e o corte gradual de subsídios, como alimentos e energia elétrica. Atualmente, 85% do contingente de trabalhadores estão na folha de pagamento do governo cubano.
O Estado, que hoje controla quase que totalmente a economia do país, também deve diminuir a participação em áreas como agricultura, transporte, construção civil e comércio, abrindo espaço para empresas. A previsão é de que as medidas sejam implantadas no prazo de cinco anos.
Viagens
As primeiras intervenções na economia já foram feitas no sistema de câmbio. Cuba possui duas moedas: o peso, com o qual são pagos os salários dos cubanos, e o peso conversível, usado principalmente por estrangeiros.
O peso conversível foi criado em 1994 e atrelado ao dólar até 2005. Em abril, o governo desvalorizou em 8% a moeda, que retornou à taxa original. Dessa forma, ficará mais barato viajar a Cuba, reaquecendo o turismo.
As mudanças mais emblemáticas, porém, devem afetar a vida do cidadão comum. Pela primeira vez, será permitido ao cubano comercializar imóveis e carros. Em Cuba, a propriedade privada, base do capitalismo, foi abolida pela revolução. Tudo pertence ao Estado. As famílias vivem por gerações na mesma casa: quando uma pessoa se casa, vai morar com a família do noivo ou da noiva. Somente é permitida a troca de imóveis, não a comercialização, fato que alimenta um comércio paralelo.
Também devem ser facilitadas as viagens ao exterior, que hoje dependem de uma difícil e burocrática aprovação do governo. O custo de tirar um passaporte e pagar as despesas de todo o processo é proibitivo para um trabalhador comum. Além disso, opositores do regime têm as autorizações para deixar o país sistematicamente negadas. É o caso do dissidente Guillermo Fariñas e da blogueira Yoani Sanchéz, que não puderam viajar para receber prêmios internacionais.
Socialismo
A Revolução Cubana depôs em 1º. de janeiro de 1959 o ditador Fulgencio Batista, que ocupava o cargo de presidente há 25 anos com o apoio dos Estados Unidos. No auge da Guerra Fria, nos anos 1960, a ilha passou a sofrer embargos do governo americano.
A situação econômica de Cuba começou a se deteriorar no começo dos anos 1990 com o fim da União Soviética, principal parceiro comercial. Nos anos seguintes, houve uma melhora, graças a intercâmbios com a China e aVenezuela.
Cuba é o único Estado socialista da América Latina, e um dos poucos que restam no mundo, ao lado da China e da Coreia do Norte. O país possui 11,4 milhões de habitantes e ocupa a 51ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que mede o grau de desenvolvimento dos países (à frente do Brasil, por exemplo, que está em 73º lugar).
Os serviços cubanos são conhecidos pela qualidade nas áreas de saúde e educação (a taxa de analfabetismo é quase zero). Por outro lado, a população sofre com a perseguição política, a falta de direitos civis e a censura.
A Assembleia Nacional cubana aprovou no começo do mês uma série de medidas econômicas que visam estimular a economia no país, diminuindo a participação do Estado e incentivando a iniciativa privada. Entre as principais mudanças está a permissão para que os cubanos comprem casa própria e carro e façam viagens ao exterior, algo inédito em mais de meio século de comunismo. Atualmente, é quase impossível para um cidadão comum sair do país como turista – as despesas com a emissão de vistos são caras e as autorizações são negadas aos opositores do regime. O Estado também irá cortar gradualmente subsídios como alimentos e energia elétrica, e realizar demissões no setor público, que emprega 85% dos trabalhadores. A situação econômica de Cuba começou a complicar com o fim da União Soviética, principal parceiro comercial da ilha. As reformas não significam, entretanto, uma abertura política e econômica do mesmo tipo realizado na antiga União Soviética em 1991. Cuba é um dos poucos países socialistas que restam no mundo. |